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terça-feira, 15 de outubro de 2013

TIM é condenada a pagar R$ 5 milhões

A TIM interrompia as ligações da consumidora que receberá R$ 6 mil de indenização;
 instituições receberão R$ 5 milhões
Uma empresa de telecomunicações, a TIM, foi condenada a pagar R$ 6 mil a uma consumidora, a título de danos morais, por propaganda enganosa de um dos serviços oferecidos pela companhia. Comprovado o prejuízo à coletividade, a ré foi condenada, ainda, à reparação pelo dano social causado – o valor, R$ 5 milhões, deverá ser repartido entre a Santa Casa (R$ 3,5 milhões) e o Hospital do Câncer do município (R$ 1,5 milhão). A TIM interrompia ligações da consumidora quando se tratava de chamadas cobertas pelo plano contratado.

A cliente contratou um plano pré-pago para telefone celular, ao custo de R$ 0,25 em cada ligação a outros números da operadora. De acordo com o relatório de fiscalização da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), constatou-se que a empresa se utilizava de interrupções constantes e forçava o consumidor a fazer mais ligações e despender mais tarifas, o que não ocorria quando a chamada era para outra operadora. Comprovou-se que algumas ligações duraram apenas 5, 8 e 10 segundos.

O juiz Fernando Antonio de Lima, do Juizado Especial Cível e Criminal de Jales, disse em sua decisão que “a publicidade sobre o plano é falsa, induz o consumidor a erro, omite sobre a qualidade e preço do serviço. O consumidor acaba pagando várias tarifas de R$ 0,25, quando quer entabular uma conversa. Em vez de pagar uma só tarifa, é obrigado a refazer, várias vezes, a ligação, e, assim, acaba despendendo o valor de mais de uma tarifa”.

Ele também destacou que os danos morais estão caracterizados, não sendo hipótese, somente, de prejuízos materiais ao consumidor. “É que o direito à transparência nas relações de consumo não é um direito restrito à simplicidade das teias contratuais. Quando se age sem transparência, engana-se o outro. E, quando se engana o outro, produz-se-lhe não apenas um dano material. Também um dano moral.”

“A violação não atinge apenas a parte-autora, mas também toda a coletividade”, frisou. “Nestes tempos de globalização, é comum às grandes corporações econômicas repetir condutas ilícitas que alcançam grupos sociais ou mesmo toda a coletividade.”

O juiz sustentou que “as decisões judiciais têm de ser efetivas, para que os conflitos sociais cessem, mormente os que tocam a toda a coletividade. Para quem ostenta um capital social de quase R$ 10 bilhões, uma indenização menor do que R$ 5 milhões permitiria ao Judiciário pôr-se de joelhos ao grande capital econômico, como se o reinado das decisões judiciais fosse o cortiço da decrepitude e da frouxidão, em desprestígio ao interesse legítimo e justo da população brasileira”. 

Ainda cabe recurso da decisão.
Última Instância/Redação domTotal

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