Aqui vou expor fatos corriqueiros de meu dia a dia.
Notícias e textos de cunho religioso.
Espero que algum destes possa de alguma forma lhe ajudar. Ou pelo menos, auxiliar em boas gargalhadas.
"Para entender os atuais escândalos, é preciso compreender o funcionamento do Vaticano". O constitucionalista italiano Francesco Clementi, professor de direito público comparado da Universidade de Perugia e colunista da revista Il Mulino, dedicou à Santa Sé inúmeros ensaios.
Papa, o Soberano do Estado do Vaticano
Professor, em nível constitucional, o Vaticano é uma monarquia absoluta?
Se considerarmos a teoria sobre as formas de Estado e de governo, e os critérios e as características que, ao longo do tempo, a doutrina e o constitucionalismo delinearam, o Estado da Cidade do Vaticano certamente se enquadra no âmbito das chamadas monarquias absolutas, ou seja, daquelas formas político-jurídicas que se caracterizam por uma centralização inconteste, isto é, justamente, "absoluta" do poder, sem limites e garantias pré-constituídas. Tecnicamente, não há pesos e contrapesos que possam vincular juridicamente o poder e as ações do papa O papa é, sob todos os efeitos, um monarca absoluto: livre para decidir, sem limites.
Qual a importância do secretário de Estado?
Os limites de operatividade do secretário de Estado vaticano estão estritamente definidos pelo mandato que ele recebe do papa e, obviamente, pela sua capacidade, dentro daquele perímetro de ação, para realizar ao máximo as vontades do papa. Nesse sentido, é realmente uma relação fiduciária de grande responsabilidade, baseada na máximo atenção, cuidado e proteção das vontades do pontífice. Por essa razão, a discricionalidade do papa na seleção e na remoção do secretário de Estado é máxima: como seu primeiro fiduciário e colaborador, o papa tem todo o direito de removê-lo quando quiser, livremente e de modo totalmente unilateral, ou seja, sem tem que envolver de jure nenhum sujeito, nem mesmo o Colégio Cardinalício. O melhor sistema de pesos e contrapesos continua sendo a capacidade (que um papa não pode não ter) de escuta e de atenta reflexão antes de decidir, com mais razão, se as escolhas papais são ajudadas e acompanhadas por conselhos adequados e desinteressados.
No episódio da demissão de Gotti Tedeschi do IOR, Bertone exerceu poderes que lhe competiam?
A minha avaliação a respeito nasce da leitura dos jornais e não se baseia, como conviria e seria de obrigação, na leitura dos documentos que depois levaram à demissão de Gotti Tedeschi. No entanto, também alinhado com o que eu dizia, a medida do comportamento do secretário de Estado, mesmo nesse caso, pode ser identificada exclusivamente no respeito ou não ao mandato recebido pelo papa. Só será possível entender melhor o episódio, que indubitavelmente fez muito mal para favorecer uma nova credibilidade internacional do Instituto para as Obras de Religião (IOR), lendo a documentação. O papa quis com grande força o compromisso de Gotti Tedeschi para favorecer o pleno e consensual ingresso do IOR no circuito bancário internacional, baseado, cada vez mais, em regras de transparência e de certificação, como indicam as características do Moneyval delineadas pelo comitê de especialistas do Conselho da Europa para a avaliação das medidas de luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, por exemplo.
O Vaticano está realmente se adequando às normas antilavagem de dinheiro?
A escolha do papa de favorecer a introdução no Vaticano de normas antilavagem de dinheiro nos moldes das normativas internacionais para favorecer a inserção do IOR na "lista branca" dos países "virtuosos" é um claro sinal da vontade do pontífice de superar as muitas resistências, presentes também na própria Igreja, que se aninham em muitas partes para apagar as regiões cinzentas do passado. O IOR não é um banco, mas sim um instituto privado, criado em 1942 pelo Papa Pio XII, que, com sede na Cidade do Vaticano, tem a tarefa de "prover a custódia e a administração dos bens móveis e imóveis transferidos ou confiados ao próprio IOR por pessoas físicas ou jurídicas e destinados a obras de religião e caridade". Nesse sentido, o Instituto pode aceitar depósitos de bens por parte de entidades e de pessoas da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano, conforme o que estabelece o seu estatuto. Para o ordenamento canônico, o IOR é considerado uma pessoa jurídica que desenvolve atividades financeiras e, portanto, é uma entidade pontifícia.
A quem o pontífice responde?
Na sua qualidade de soberano do Estado da Cidade do Vaticano, o papa não responde a ninguém. Em sua qualidade, ao contrário, de cúpula do credo católico, além de Deus, ele responde naturalmente a todos os fiéis, isto é, ao povo de Deus. A "máquina", tanto a do Estado da Cidade do Vaticano, quanto a da Santa Sé, pode frear e retardar decisões que não compartilha, colocando um pouco de areia no motor. É um modo totalmente fraudulento de trair a confiança papal e a obediência cega às suas decisões. Tais comportamentos não são improdutivos em termos de efeitos para os transgressores das vontades papais, tanto no plano do direito canônico, quanto no plano do direito interno vaticano. Ao mesmo tempo – é esta é a práxis usual –, a estrutura institucional, e em primeiro os cardeais, pode dar a conhecer ao papa o seu próprio pensamento, mesmo discordante. É bem conhecido o uso de cartas privadas dirigidas ao papa para assinalar o próprio ponto de vista, com mais razão se ele tem como objetivo um problema grave que, na ótica do remetente, depende diretamente do papa. Do ponto de vista jurídico, ninguém tem poderes de controle com relação ao que é operado pelo papa. Do ponto de vista religioso, todos os cardeais, além de todos os fiéis, podem exercer uma espécie de "persuasão moral" com relação ao seu agir. Mas nada mais.
A entrevista é de Giacomo Galeazzi, publicada no sítio Vatican Insider, 29-07-2012.
Então Jesus deixou a multidão e voltou para casa. Os discípulos chegaram perto dele e perguntaram:
- Conte para nós o que quer dizer a parábola do joio.
Jesus respondeu: - Quem semeia as sementes boas é o Filho do Homem. O terreno é o mundo. As sementes boas são as pessoas que pertencem ao Reino; e o joio, as que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeia o joio é o próprio Diabo. A colheita é o fim dos tempos, e os que fazem a colheita são os anjos. Assim como o joio é ajuntado e jogado no fogo, assim também será no fim dos tempos. O Filho do Homem mandará os seus anjos, e eles ajuntarão e tirarão do seu Reino todos os que fazem com que os outros pequem e também todos os que praticam o mal. Depois os anjos jogarão essas pessoas na fornalha de fogo, onde vão chorar e ranger os dentes de desespero. Então o povo de Deus brilhará como o sol no Reino do seu Pai. Se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam.
Oração
Pai, que as pressões dos filhos do Maligno jamais sejam suficientemente fortes para me levar a renunciar à minha condição de filho do Reino. Quero estar sempre a teu serviço.
Comentário do Evangelho
O sentido das parábolas.
Na sua coleção de sete parábolas, reunidas no capítulo 13 de seu evangelho, Mateus apresenta a parábola do joio semeado entre o trigo. A seguir, no texto de evangelho de hoje, ele apresenta a sua explicação, como já havia feito para a parábola das sementes lançadas em diferentes tipos de terreno (cf. Mt 13,18-23). A explicação é feita de modo alegórico, isto é, a cada imagem da parábola é dada uma interpretação.
Nesta interpretação alegórica de Mateus, a parábola tem um sentido escatológico, de julgamento no fim dos tempos com a trágica condenação dos que praticam o mal e a salvação dos justos. O dualismo discriminatório na parábola e as imagens cruéis deste julgamento são muito características de Mateus, com o que fica obscurecida a mensagem e o testemunho de amor e misericórdia de Jesus.
Contudo, na parábola podemos encontrar um sentido atual, na medida em que remove as pretensões de se julgar e condenar alguém.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
DUAS SORTES DISTINTAS
A explicação da parábola do joio e do trigo ofereceu a Jesus a ocasião para explicitar o destino final de quem se identifica com a má semente, e de quem se identifica com a boa semente.
Os primeiros são chamados de escandalosos, pois praticam a iniqüidade, ou seja, recusam-se a pautar suas vidas pelos parâmetros do Reino. São indivíduos sem lei, e só fazem o que mais lhes convém. Como só lhes convém a maldade, seu destino será a condenação eterna.
Os segundos são chamados de justos. Sua justiça corresponde, exatamente, em optarem pelo Reino como projeto de vida, sem se desviarem do caminho certo. Os justos norteiam suas vidas pelo amor, e acreditam na força do bem e da verdade. Jamais pactuam com a injustiça, nem empregam a violência para fazer valer seus direitos. Eis por que fulgirão como o Sol, no Reino do Pai.
A exortação de Jesus - "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" - soa como uma espécie de advertência para os discípulos em vista de uma escolha a ser feita. A sorte de cada opção já está traçada. Cabe ao discípulo agir com inteligência.
Oração
Espírito de eqüidade, conduze-me pelos caminhos da justiça, que são os caminhos do Reino, sem me deixar desviar do rumo certo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE)
Grande parte do dinheiro repassado pelo governo federal aos municípios não contribui para tornar o ensino fundamental mais eficiente. É o que mostra a tese de doutorado Eficiência das transferências intergovernamentais para a educação fundamental de municípios brasileiros, defendida pelo professor Josedilton Alves Diniz, na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP.
A pesquisa estudou quatro programas de transferência de verbas. Deles, apenas um contribui com a eficiência escolar: o Programa Nacional de Alimentação Escolar. Já os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) — dos quais 60% são destinados à valorização do magistério —, do Programa Dinheiro Direto na Escola e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar não contribuem para tornar os investimentos em educação mais eficientes.
O trabalho também mostra que os municípios em que o gasto por aluno é maior são muito mais eficientes que aqueles em que esse gasto é pequeno. Um pequeno acréscimo na quantia gasta para cada estudante reflete num acréscimo considerável no desempenho. Nesse sentido, para a validação da qualidade desses gastos, foram testadas algumas hipóteses, chegando-se a conclusão que municípios mais eficientes são aqueles em que os alunos permanecem mais tempo na escola, a quantidade de alunos por sala de aula é menor e o número de alunos por professor é menor.
Diálogo
Para Diniz, a política educacional precisa ser repensada para inserir os municípios nesse diálogo, uma vez que eles conhecem melhor o que cada comunidade precisa. Atualmente, todas as medidas educacionais são adotadas de cima para baixo e o gestor municipal se torna um mero executor de políticas pré-definidas pelo governo federal. Mesmo a discussão sobre os 10% do PIB para a educação está concentrada na esfera federal.
O pesquisador também ressalta a necessidade de rever a política de valorização do magistério, já que, mesmo com a maioria dos recursos do Fundeb destinados a esse fim, ela não tem sido capaz de tornar a educação mais eficiente. Diniz indica que essa valorização tem que ser acompanhada de outras políticas e pensada a longo prazo.
Jesus contou outra parábola. Ele disse ao povo:
- O Reino do Céu é como uma semente de mostarda, que um homem pega e semeia na sua terra. Ela é a menor de todas as sementes; mas, quando cresce, torna-se a maior de todas as plantas. Ela até chega a ser uma árvore, de modo que os passarinhos vêm e fazem ninhos nos seus ramos.
Jesus contou mais esta parábola para o povo:
- O Reino do Céu é como o fermento que uma mulher pega e mistura em três medidas de farinha, até que ele se espalhe por toda a massa. Jesus usava parábolas para dizer tudo isso ao povo. Ele não dizia nada a eles sem ser por meio de parábolas. Isso aconteceu para se cumprir o que o profeta tinha dito:
"Usarei parábolas quando falar com esse povo e explicarei coisas desconhecidas desde a criação do mundo."
Oração
Pai, livra-me de desprezar os pequeninos e declará-los. Livra-me, também, do perigo de me subestimar. Faze-me compreender que o Reino se constrói pela ação dos pequenos.
Comentário do Evangelho
O Reino de Deus é como o fermento
O Reino dos Céus é comparado como algo que, de início, pouco se percebe, mas, depois, produz efeitos evidentes. A pregação de João Batista e a de Jesus mobilizaram as multidões que vinham a eles, com uma evidência que chamava a atenção das autoridades políticas e religiosas. Contudo, continuava pouco perceptível o sentido último do Reino, muitos tendo confundido Jesus com um messias em busca do poder e da glória.
A exuberância das instituições religiosas ao longo do tempo também destoa da discrição da semente de mostarda. O país mais rico e poderoso do mundo fala em nome da civilização cristã, porém no seu culto ao dinheiro e em suas ações bélicas não se vislumbra o Reino de Deus.
Compreender o grão de mostarda da parábola significa contemplar já a árvore que abriga as aves dos céus. Significa perceber a presença do Reino nas multidões dos empobrecidos e excluídos, onde o amor, como um fermento na massa, está presente em milhões de lares humildes e sofridos.
Comentário do Evangelho
DA PEQUENEZ À GRANDEZA
A parábola do grão de mostarda semeado no campo, vindo a tornar-se uma árvore frondosa, revela um aspecto importante na dinâmica do Reino. Este aparece pequeno e frágil ao despontar na história humana. Entretanto, seu destino é tornar-se grande na sua definitiva manifestação. A precariedade e a imperfeição do momento presente são etapas necessárias de um processo mais amplo. Só na escatologia despontará o Reino em sua real grandeza.
O discípulo sabe conjugar pequenez e grandeza, sem se deixar iludir por imagens destorcidas do Reino. E não correrá o risco de se enganar, identificando com o Reino certas manifestações retumbantes de religiosidade, nem ficará iludido quando for incapaz de perceber o Reino lançando suas raízes, tamanha é sua pequenez. No primeiro caso, terá suficiente senso crítico para perceber a incompatibilidade de certos fenômenos com o projeto do Reino; no segundo, será capaz de detectar, ali onde parece que nada acontece, sinais evidentes do Reino, fermentando a existência humana.
Historicamente, o Reino tende a manifestar-se em sua fragilidade. Caso contrário, correria o risco de impor-se aos seres humanos, prescindindo de uma opção livre. Quem for capaz de reconhecer a presença ativa de Deus no que há de mais fraco e pequenino, terá compreendido por que caminhos o Reino atua na História.
Oração
Espírito que se manifesta na pequenez e na fragilidade, dá-me inteligência para compreender os caminhos pelos quais o Reino se faz presente em nossa história.
(O comentário litúrgico é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Tocha olímpica passa pela praça do Parlamento durante os Jogos Olímpicos
Todos os sinos do Reino Unido, incluindo o famoso Big Ben no centro de Londres, soaram nesta sexta-feira às 8H12 (4H12 de Brasília) para celebrar a abertura dos Jogos Olímpicos na capital britânica.
Sinos de igrejas e edifícios da Royal Navy, assim como pequenos sinos agitados por pessoas comuns e ciclistas se uniram à iniciativa idealizada pelo artista e músico Martin Creed, vencedor do Turner Prize.
Para o Big Ben, o grande sino de mais de 13 toneladas que fica na torre do relógio ao lado do Parlamento de Westminster, junto ao rio Tâmisa, participar da homenagem foi necessária uma autorização do Parlamento.
O Big Ben saiu assim de seu horário habitual pela primeira vez desde 1952, quando morreu o rei George VI, o pai de Elizabeth II.
O sino famoso badalou 40 vezes durante três minutos.
A obra de Martin Creed "Todos os Sinos", ou "Trabalho Nº 1197", convidava todo o país a participar na alegre cacofonia.
De fato, o fervor popular só aumenta no Reino Unido desde o início do percurso da tocha olímpica pelo país, há 70 dias.
Os Jogos Olímpicos serão oficialmente declarados abertos nesta sexta-feira à noite durante uma cerimônia no Estádio Olímpico.
O uso dessas substâncias nas lavouras e o desaparecimento
de abelhas começou a ser identificada há pouco mais de quatro anos (Foto: Divulgação)
Mesmo na ausência de levantamentos oficiais, alguns registros sobre a redução do número de abelhas em várias partes do país, em decorrência de quatro tipos de agrotóxico, levaram o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a restringir o uso de importantes inseticidas na agropecuária brasileira, principalmente para as culturas de algodão, soja e trigo.
Além de reduzir as formas de aplicação desses produtos, que não podem ser mais disseminados via aérea, o órgão ambiental iniciou o processo de reavaliação das substâncias imidacloprido, tiametoxam, clotianidina e fipronil. Esses ingredientes ativos foram apontados em estudos e pesquisas realizadas nos últimos dois anos pelo Ibama como nocivos às abelhas.
Segundo o engenheiro Márcio Rodrigues de Freitas, coordenador-geral de Avaliação e Controle de Substâncias Químicas do Ibama, a decisão não foi baseada apenas na preocupação com a prática apícola, mas, principalmente, com os impactos sobre a produção agrícola e o meio ambiente.
Estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), publicado em 2004, mostrou que as abelhas são responsáveis por pelo menos 73% da polinização das culturas e plantas. “Algumas culturas, como a do café, poderiam ter perdas de até 60% na ausência de agentes polinizadores”, explicou o engenheiro.
A primeira substância a passar pelo processo de reavaliação será o imidacloprido, que responde por cerca de 60% do total comercializado dos quatro ingredientes sob monitoramento. A medida afeta, neste primeiro momento, quase 60 empresas que usam a substância em suas fórmulas. Dados divulgados pelo Ibama revelam que, em 2010, praticamente 2 mil toneladas do ingrediente foram comercializadas no país.
A reavaliação é consequência das pesquisas que mostraram a relação entre o uso desses agrotóxicos e a mortandade das abelhas. De acordo com Freitas, nos casos de mortandade identificados, o agente causal era uma das substâncias que estão sendo reavaliadas. Além disso, em 80% das ocorrências, havia sido feita a aplicação aérea.
O engenheiro explicou que a reavaliação deve durar, pelo menos, 120 dias, e vai apontar o nível de nocividade e onde está o problema. “É o processo de reavaliação que vai dizer quais medidas precisaremos adotar para reduzir riscos. Podemos chegar à conclusão de que precisa banir o produto totalmente, para algumas culturas ou apenas as formas de aplicação ou a época em que é aplicado e até a dose usada”, acrescentou.
Mesmo com as restrições de uso, já em vigor, tais como a proibição da aplicação aérea e o uso das substâncias durante a florada, os produtos continuam no mercado. Juntos, os agrotóxicos sob a mira do Ibama respondem por cerca de 10% do mercado de inseticidas no país. Mas existem culturas e pragas que dependem exclusivamente dessas fórmulas, como o caso do trigo, que não tem substituto para a aplicação aérea.
Hoje (25), o órgão ambiental já sentiu as primeiras pressões por parte de fabricantes e produtores que alertaram os técnicos sobre os impactos econômicos que a medida pode causar, tanto do ponto de vista da produção quanto de contratos já firmados com empresas que fazem a aplicação aérea.
Freitas disse que as reações da indústria são naturais e, em tom tranquilizador, explicou que o trabalho de reavaliação é feito em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com o Ministério da Agricultura – órgãos que também são responsáveis pela autorização e registro de agrotóxicos no país. “Por isso vamos levar em consideração todas as variáveis que dizem respeito à saúde pública e ao impacto econômico sobre o agronegócio, sobre substitutos e ver se há resistência de pragas a esses substitutos e seus custos”, explicou o engenheiro.
No Brasil, a relação entre o uso dessas substâncias nas lavouras e o desaparecimento de abelhas começou a ser identificada há pouco mais de quatro anos. O diagnóstico foi feito em outros continentes, mas, até hoje, nenhum país proibiu totalmente o uso dos produtos, mesmo com alguns mantendo restrições rígidas.
Na Europa, de forma geral, não é permitida a aplicação aérea desses produtos. Na Alemanha, esse tipo de aplicação só pode ser feito com autorização especial. Nos Estados Unidos a aplicação é permitida, mas com restrição na época de floração. Os norte-americanos também estão reavaliando os agrotóxicos compostos por uma das quatro substâncias.
- Então escutem e aprendam o que a parábola do semeador quer dizer. As pessoas que ouvem a mensagem do Reino, mas não a entendem, são como as sementes que foram semeadas na beira do caminho. O Maligno vem e tira o que foi semeado no coração delas. As sementes que foram semeadas onde havia muitas pedras são as pessoas que ouvem a mensagem e a aceitam logo com alegria, mas duram pouco porque não têm raiz. E, quando por causa da mensagem chegam os sofrimentos e as perseguições, elas logo abandonam a sua fé. Outras pessoas são parecidas com as sementes que foram semeadas no meio dos espinhos. Elas ouvem a mensagem, mas as preocupações deste mundo e a ilusão das riquezas sufocam a mensagem, e essas pessoas não produzem frutos. E as sementes que foram semeadas em terra boa são aquelas pessoas que ouvem, e entendem a mensagem, e produzem uma grande colheita: umas, cem; outras, sessenta; e ainda outras, trinta vezes mais do que foi semeado.
Oração
Pai, enche de misericórdia o meu coração para que, como Jesus, eu me solidarize com os pecadores, e procure atraí-los para ti.
Comentário do Evangelho
A eficácia da Palavra de Deus
Esta explicação da parábola do semeador parece ter sido elaborada entre as primeiras comunidades. É uma interpretação alegórica aplicada aos seus contextos atuais, fugindo ao estilo de Jesus.
A ênfase é a maneira como é acolhida a palavra de Jesus. Descrevem-se os resultados da missão: aquele ouve a palavra sem entendê-la, pois o sistema religioso das sinagogas o retém nas malhas de sua tradição, roubando a palavra semeada em seu coração; outro recebe a palavra com alegria, como discípulo, porém defronta-se com a perseguição às comunidades e desiste logo; outro ouve a palavra, porém não quer ir contra o sistema que seduz, ilude e promete riquezas; contudo, há quem ouve a palavra, a entende e insere-se na comunidade dando frutos abundantes. Nestes últimos a Palavra de Deus foi eficaz. O sucesso da missão não está na adesão imediata das multidões, mas no anúncio do Reino, que dia e noite cresce sem parar.
Comentário ao Evangelho
OUVIR E COMPREENDER
A Palavra de Deus exige, além da audição, uma correta compreensão. Ouvir a Palavra, mas sem entendê-la, ou melhor, sem perceber suas implicações práticas, nem sentir-se questionado por ela, é inútil. Assim acontece com quem permite que o Maligno lhe arrebate do coração a palavra semeada. O mesmo se dá com quem sucumbe diante das tribulações e perseguições, ou se deixa sufocar pelas preocupações deste mundo e pela fascinação das riquezas. Todas estas circunstâncias são indício seguro de que a Palavra se deteve nos limites da audição, sem chegar a ser compreendida.
Quem ouve a palavra e a entende, certamente, viverá de acordo com ela. Trata-se de uma compreensão prática, explicitada no nível existencial. É no dia-a-dia, nas circunstâncias mais simples da vida, que se revelam os níveis desta compreensão. Mantendo-se imune às investidas do Maligno, o discípulo segue firme no caminho traçado pela Palavra. Nada é suficientemente forte para demovê-lo de seu projeto de vida, pois ele deixou-se seduzir pelo Reino, não por mundanismos efêmeros.
Portanto, a passagem da audição à compreensão existencial é um movimento que exige do discípulo um exercício de conversão e disponibilidade para a ação de Deus. Sem isto, a Palavra permanece estéril.
Oração
Espírito de compreensão da Palavra, ajuda-me a explicitar, no dia-a-dia, meu entendimento prático da mensagem do Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Atualmente 34% dos acidentes em rodovias
tem envolvimento de caminhões.
Brasília - O Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) fizeram hoje (25), em todo o país, a Operação Jornada Legal, que tem como objetivo orientar e conscientizar os motoristas que trabalham no transporte rodoviário de cargas e passageiros. De acordo com a diretora-geral da PRF, Maria Alice Nascimento, no primeiro semestre deste ano, o número de acidentes que envolveram caminhoneiros sonolentos foi superior a 500.
No ano passado, cerca de 2.000 acidentes em estradas federais tinham envolvimento de caminhoneiros que declararam cansaço. Desses, 221 foram fatais. "Aproximadamente 30% dos acidentes têm envolvimento de caminhões e os motoristas alegam o sono como principal motivo", disse Maria Alice. Para se manter acordados durante o trabalho, motoristas optam pelo consumo de cocaína. Ainda segundo dados da PRF, a mortalidade dobra nos acidentes do período noturno.
Para o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho, Luís Camargo, o cumprimento da Lei n° 12.619/2012, que regulamenta a profissão de motoristas rodoviários, irá impedir jornada de trabalho excessivas. A jornada de trabalho dos motoristas é oito horas por dia e 44 horas por semana. O intervalo para refeições é uma hora e, a cada quatro horas ininterruptas de direção, o intervalo é 30 minutos. O descanso semanal é 35 horas e o repouso diário é 11 horas a cada 24 horas de trabalho.
De acordo com o diretor administrativo do Sindicato dos Caminhoneiros do Distrito Federal, Edmar Rosa, os motoristas não têm condições de fazer paradas a cada quatro horas de direção por causa da jornada de trabalho que deve ser cumprida e pela falta de lugares para descansar. "Os caminhoneiros vão parar aonde? Mal tem acostamento nas estradas e os postos só deixam o caminhão ficar se for abastecer. A construção de estacionamento foi incluída na lei, mas a presidenta Dilma tirou", disse o diretor.
Para o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho, Luís Camargo, o questionamento em relação a falta de lugar para descanso é normal, mas o poder público não é responsável por esse tipo de espaço. "A empresa é responsável pela construção desses espaços e não o poder público", disse o procurador. Para ele, a legislação define as responsabilidades e é benéfica para a sociedade.
A PRF usará o tacógrafo, medidor que controla tempo e velocidade desenvolvida pelo motorista, na fiscalização. " O tacógrafo será o instrumento para prevenção de acidentes. O objetivo da lei é salvar a vida do caminhoneiro e a fiscalização ajudará no cumprimento das obrigações dos motoristas", disse o inspetor da PRF, Jerry Adriane Dias.
A Operação Jornada Legal acontecerá até as 24 horas de hoje. A expectativa é que, depois de um ano, os acidentes com envolvimento de caminhões reduza entre 10% e 20%. Atualmente, 34% dos acidentes em rodovias tem envolvimento de caminhões. A partir de segunda-feira (30), o descumprimento dos intervalos de descanso será considerado infração grave e o motorista estará sujeito à multa e à retenção de veículo.
O princípio é simples: você dá 10 euros (à sua Igreja, aos pobres...), proclama a sua fé e receberá mil (ou será curado do câncer). Nestes tempos de crise, pode-se entender que esse investimento interesse mais do que uma pessoa. Ainda mais que seria garantido por Jesus em pessoa, que no Evangelho de Marcos (10, 29-30) afirma que "quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e da Boa Notícia, vai receber cem vezes mais, agora, durante esta vida […] E, no mundo futuro, vai receber a vida eterna".
Essa "lei do cêntuplo" é uma das bases bíblicas da teologia da prosperidade, sobre a qual se baseiam algumas Igrejas evangélicas independentes nascidas da influência pentecostal. O movimento, em que se reconheceria cerca de 20% dos cristãos norte-americanos, nasceu nos EUA nos anos 1950 e se desenvolveu ao longo dos anos 1970, graças a alguns pastores carismáticos, muitas vezes fundadores das suas próprias Igrejas independentes.
Pouco a pouco, ela se espalhou por todo o mundo, particularmente na Ásia (especialmente na Coreia do Sul) e na África, e preocupa seriamente os primeiros interessados, isto é, os próprios evangélicos. Na França, certas Igrejas ou "missões" ligadas a representantes da teologia da prosperidade vão pregar em "cruzadas-relâmpago", como o norte-americano Benny Hinn, que promete milagres e curas em quantidade.
Idolatria do dinheiro
Nos EUA, pastores-estrela de tendência evangélica como Rick Warren ou Jerry Falwell (1933-2007) sempre falaram muito claramente para denunciar aquilo que consideram, juntamente com muitos outros, como uma verdadeira idolatria do dinheiro. Ao elaborar e divulgar, no mês passado, um estudo sério sobre o assunto, o Conselho Nacional dos Evangélicos Franceses (CNEF) definitivamente se distanciou dessa teologia, falando de "ingenuidade assombrosa com relação ao pecado e à sua ação na vida do fiel", de "uma forma moderna de idolatria", de "um pensamento mágico" ou ainda de "uma paganização da fé"...
O texto, de cerca de 30 páginas, é fruto do trabalho do comitê teológico do CNEF, no qual estão representadas todas as suas correntes teológicas, dos batistas às Assembleias de Deus, dos "biblistas" aos pentecostais... Ele foi aprovado por unanimidade pelos delegados das uniões das Igrejas e das obras, reunidos em assembleia plenária no dia 22 de maio passado.
"É um trabalho em equipe", explica Thierry Le Gall, diretor de comunicação do CNEF. "Absolutamente não se visa a dar instruções – não somos um Vaticano evangélico! – mas sim a expor um ponto de vista teológico de fundo que, sem dúvida, merecia ser tornado público".
A teologia da prosperidade, explicam os teólogos do CNEF, está em perfeito acordo com uma ideologia contemporânea ao mesmo tempo hedonista e antropocêntrica. Tudo, de algum modo, é "instrumentalizado ao serviço da prosperidade, incluindo a obediência a Deus e a generosidade cristã. [...] A concepção do ser humano o torna um pequeno deus, que age como lhe agrada".
Por exemplo, encontram-se relacionadas com o documento algumas citações desarmantes retiradas de teologias da prosperidade, como aqueles "Vocês são deuses!" de Robert Tilton, um célebre tele-evangelista norte-americano. Essa busca pela eficiência a todo custo pode ter consequências psicológicas pesadas: "Todo o peso do eventual fracasso dessas promessas recai sobre o fiel que nelas esperou, rezou, doou", lembra o CNEF. "É impossível, nesse sistema, pôr em questão as promessas de partida. Culpa-se quem ´não recebeu´ por causa da sua falta de fé, de quem serão descobertas as menores falhas".
Acima de tudo, a teologia da prosperidade proporia uma "concepção errônea da fé". E o texto do CNEF afirma: "Toda concepção da fé que imporia a Deus a sua própria decisão ou ação [...] é semelhante à ´oração dos pagãos´, que conta não com Deus, mas com a própria eficácia da oração humana, da sua formulação ou da sua repetição".
A reportagem é de Jérôme Anciberro, publicada na revista Témoignage Chrétien, 23-07-2012, reproduzida pelo IHU-Unisinos.
Jesus continuou, dizendo:
- Mas vocês, como são felizes! Pois os seus olhos vêem, e os seus ouvidos ouvem. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: muitos profetas e muitas outras pessoas do povo de Deus gostariam de ver o que vocês estão vendo, mas não puderam; e gostariam de ouvir o que vocês estão ouvindo, mas não ouviram.
Oração
Pai, dobra a dureza do meu coração que me impede de ouvir e compreender a palavra de teu Filho. Faze-me penetrar nos mistérios do Reino escondido nas parábolas.
Comentário do Evangelho
Felizes os que ouvem a Boa-Nova de Jesus
Esta proclamação da bem-aventurança daqueles que vêm e ouvem a Boa-Nova de Jesus é encontrada também no evangelho de Lucas. Aqui, em Mateus, ela está inserida na explicação da parábola do semeador; em Lucas ela vem após o retorno dos setenta e dois discípulos enviados em missão na Samaria, complementando a exultação de alegria de Jesus seguida do louvor ao Pai, pelas coisas que são reveladas aos pequeninos (cf. 4 dez.).
A palavra "bem-aventurado" é uma tradução do grego makários, frequentemente traduzido também por "felizes". O conteúdo do termo é o de um estado de felicidade decorrente da comunhão com Deus. Mateus reúne oito bem-aventuranças no início de seu Sermão da Montanha e Lucas reúne quatro no sermão da planície. Várias outras bem-aventuranças estão espalhadas ao longo de seus evangelhos, destacando-se, particularmente, aquelas que contemplam Maria como mãe de Jesus. Marcos, em seu evangelho, não usa esta palavra. João a usa apenas por duas vezes: "Sabendo destas coisas, vós sereis bem-aventurados se as praticardes" (Jo 13,17) e "...bem-aventurados aqueles que não viram e creram" (Jo 20,29). Esta bem-aventurança de João completa a bem-aventurança de hoje, em Mateus: se os que conviveram com Jesus, o viram e ouviram, são bem-aventurados, os que vieram depois, no decorrer do tempo, também são bem-aventurados pela fé com que reconhecem a presença de Jesus vivo entre eles, no próximo e na comunidade.
José Raimundo Oliva
Comentário ao Evangelho
Temos aqui uma proclamação de bem-aventurança aos olhos e ouvidos que vêm e ouvem a Boa Nova de Jesus. Ela é encontrada, também, em Lc 10,23-24. Enquanto que em Mateus ela está inserida na explicação da parábola do semeador, em Lucas ela vem complementando a exultação de alegria de Jesus, seguida do louvor ao Pai, pelas coisas que são reveladas aos pequeninos. Encontramos este tipo de exortação no Antigo e no Novo Testamento, bem como na literatura grega. A palavra "bem-aventurado" é uma tradução do grego "makários", freqüentemente traduzido também por "felizes". O conteúdo do termo é o de um estado de felicidade divina. Marcos em seu evangelho, não usa esta palavra. João a usa apenas por duas vezes: "Sabendo destas coisas, vós sereis bem-aventurados se as praticardes" (Jo 13,17) e "... bem-aventurados aqueles que não viram e creram" (Jo 20,29). Esta bem-aventurança de João completa a bem-aventurança de hoje: se os que conviveram com Jesus, o viram e ouviram, são bem-aventurados, os que vieram depois também são bem-aventurados pela fé com que reconhecem a presença de Jesus vivo entre eles, no próximo e na comunidade. Mateus reúne oito bem-aventuranças no início de seu Sermão da Montanha e Lucas reúne quatro no sermão da planície. Várias outras bem-aventuranças estão espalhadas em seus evangelhos. Joaquim e Ana, pai e mãe de Maria segundo a tradição, são bem-aventurados por sua filha
Esqueleto humano desenterrado num túmulo do
Convento Medieval de Santa Úrsula, em Florença
Uma equipe de arqueólogos italianos desenterrou nesta terça-feira (24) em um convento abandonado de Florença um esqueleto muito bem conservado que pode ser de La Gioconda, a mulher do sorriso misterioso que Leonardo Da Vinci imortalizou no célebre quadro da Mona Lisa.
Até agora foram descobertos vários corpos na busca pelos restos mortais de Lisa Gherardini, a nobre florentina que pode ter sido o modelo do retrato que Da Vinci pintou entre 1503 e 1506.
Segundo Silvano Vinceti, diretor da equipe de arqueólogos, este esqueleto em particular é muito promissor, mas ainda será preciso fazer testes pra comprovar sua identidade.
"Creio que chegamos à parte realmente emocionante para os investigadores, a conclusão de nosso trabalho no qual nos aproximamos da pergunta-chave: encontraremos ou não os restos de Lisa Gherardini?", afirmou Vinceti, especialista na solução de mistérios da História da Arte.
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Os arqueólogos começaram a cavar no ano passado, quando novos documentos confirmaram que Gherardini, a esposa de um rico negociante de seda florentino chamado Francesco del Giocondo, viveu no convento depois da morte de seu marido, onde suas duas filhas freiras cuidaram dele e onde, em seguida, ela foi enterrada.
Acredita-se que Del Giocondo encomendou o retrato a Da Vinci e, apesar de não existirem provas tangíveis, a maioria dos historiadores está de acordo que Lisa Gherardini serviu de modelo para o retrato que hoje pode ser admirado no Louvre de Paris.
Os pesquisadores submeterão agora os restos do esqueleto conservado a uma série de testes para confirmar se pertencem a Gherardini, na esperança de reconstruir seu rosto e compará-lo com os traços faciais da pintura de Da Vinci.
"Os testes com carbono-14 nos permitem datar o período para saber se os restos são de meados do século XVI. Depois faremos testes para conhecer a idade da pessoa quando morreu. Sabemos que Gherardini tinha 62 ou 63 anos quando morreu", afirmou Vinceti.
"Depois vem o teste mais importante, o do DNA, porque temos os restos mortais de suas filhas. Se corresponderem, saberemos que são os restos da modelo que inspirou a Mona Lisa", acrescentou o arqueólogo, que também preside o Comitê Nacional Italiano para o Legado Cultural.
Se for confirmada a identidade do esqueleto, os investigadores iniciarão um processo de dois meses para reconstruir o rosto.
"Os traços fundamentais serão claramente visíveis. Já tentamos com Dante Alighieri, quando reconstruímos seu rosto. Seremos capazes de deixar para trás as hipóteses e comparar realmente o rosto reconstituído da musa que inspirou o artista", explica o especialista.
A identidade da Mona Lisa e de seu enigmático sorriso são um dos grandes mistérios da História da Arte e os arqueólogos da equipe italiana asseguram que é emocionante estar tão perto de desvendá-lo.
Então a mãe dos filhos de Zebedeu chegou com os seus filhos perto de Jesus, curvou-se e pediu a ele um favor.
- O que é que você quer? - perguntou Jesus. Ela respondeu:
- Prometa que, quando o senhor se tornar Rei, estes meus dois filhos sentarão à sua direita e à sua esquerda.
Jesus disse aos dois filhos dela: - Vocês não sabem o que estão pedindo. Por acaso vocês podem beber o cálice que eu vou beber? - Podemos! - responderam eles.
Então Jesus disse: - De fato, vocês beberão o cálice que eu vou beber, mas eu não tenho o direito de escolher quem vai sentar à minha direita e à minha esquerda. Pois foi o meu Pai quem preparou esses lugares e ele os dará a quem quiser.
Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram zangados com os dois irmãos. Então Jesus chamou todos para perto de si e disse: - Como vocês sabem, os governadores dos povos pagãos têm autoridade sobre eles, e os poderosos mandam neles. Mas entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário, quem quiser ser importante, que sirva os outros, e quem quiser ser o primeiro, que seja o escravo de vocês. Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente.
Oração
Pai, transforma-me em servidor de meus semelhantes, fazendo-me sempre pronto a doar minha vida para que o teu amor chegue até eles.
Comentário do Evangelho
A novidade do Reino
Tiago e João são os filhos de Zebedeu. Eles são a segunda dupla a ser chamada por Jesus no início de seu ministério, conforme os evangelhos sinóticos. Eles aparecem, ainda, com frequência, junto com Pedro, como um trio mais próximo a Jesus. O evangelho de João não menciona o nome de Tiago. Tiago foi decapitado por Herodes Agripa em 42 d.C.
Há uma menção do apóstolo Paulo a "Tiago, irmão do Senhor" (Gl 1,19). Trata-se de Tiago "Menor", parente de Jesus, que foi chefe da Igreja de Jerusalém e foi martirizado por apedrejamento em 62 d.C.
Neste evangelho evidencia-se como até os discípulos mais próximos de Jesus se equivocavam quanto à novidade do seu anúncio. Eles pensam no Reino de Jesus como a tomada do poder em Jerusalém, e querem lugares de honra. Jesus repudia o domínio dos chefes das nações e reafirma aos seus discípulos que é no serviço e no dom da vida, no amor, que se constitui o Reino dos Céus.
José Raimundo Oliva
Comentário ao Evangelho
Mateus 20,20-28
Tiago e João são os filhos de Zebedeu. O Evangelho de Marcos nomeia os dois, explicitamente, nesta cena; porém, Mateus menciona a mãe deles como sendo quem faz o pedido a Jesus. Talvez Mateus queira eximir os homens de tal pedido equivocado, que reflete a ambição do poder, quando Jesus dá pleno testemunho de que veio para servir humildemente, com amor. Em resposta, ele rejeita o comum abuso de poder em vigor nas sociedades, propondo um novo relacionamento entre as pessoas. Além de Tiago, irmão de João, identificado como "Tiago Maior", no Segundo Testamento é mencionado outro Tiago, "o irmão do Senhor", ou "Tiago Menor", que foi o chefe da Igreja de Jerusalém.
(O comentário litúrgico é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
O trânsito pesado na cidade chinesa de Ningbo, um dos portos mais antigos da China, não pareceu intimidar uma mulher, que avançou o sinal vermelho pilotando uma motocicleta elétrica. Veja o vídeo. Ela escapou da morte por muito pouco, após ser atingida por um caminhão.
A mulher conseguiu saltar da motocicleta e evitou ser atingida. Mas foi salva principalmente pela destreza do caminhoneiro, que apos a colisão saltou do veiculo e aparentemente reclamou por ela ter avançado o sinal. Já a motocicleta que ela pilotava foi esmagada pelo caminhão.
Os problemas para as monarcas começam no México,
onde passam o inverno (Foto: Divulgação)
Devido à perda de habitats e ao aquecimento global, as populações das borboletas-monarca têm caído anualmente e a espécie pode muito em breve entrar na lista das ameaçadas. Mas não é só pelas monarcas que isso é preocupante; pesquisadores destacam que o sumiço das borboletas é um sinal da crise que afeta todos os ecossistemas.
“As borboletas-monarca estão para o clima e conservação como o canário está para as minas de carvão. São as primeiras a morrer e servem de sinal para um problema grave”, afirmou Maxim Larrivée, professor da universidade de Ottawa e criador do ebutterfly.ca, portal lançado neste ano para a observação de borboletas.
Larrivée alerta que o desaparecimento das monarcas é um claro sintoma de que algo vai mal na biodiversidade. “As borboletas estão entre as espécies mais vulneráveis à mudanças, seja no clima ou no meio ambiente”, explicou.
Os problemas para as monarcas começam no México, onde passam o inverno. Mesmo com o desmatamento causado pela ocupação humana tendo caído, graças a ações de preservação, as borboletas não estão sobrevivendo ao clima extremo mais frequente.
“Não vemos mais o mesmo número de borboletas que víamos a cada ano no México”, afirmou Jorge Rickards, diretor do WWF.
Rickards atua em um programa com proprietários de terras na região das Montanhas Michoacan e tem conseguido frear o desmatamento, mas mesmo assim as monarcas não estão conseguindo se recuperar. Ele cobra mais atuação dos governos da América do Norte.
“Estados Unidos, Canadá e México sabem da importância das monarcas, mas quase todos os esforços de proteção são realizados por organizações não governamentais e cientistas”, disse.
Os padrões de migração das borboletas também estariam se alterando. Monarcas foram avistadas na cidade de Edmonton neste ano, muito mais ao norte do que o limite registrado na história. A população local está plantando flores para ajudar as borboletas a completarem seu ciclo para que possam realizar a viagem de volta ao sul.
“Foi uma grande surpresa. Mas estamos preocupados se será possível para as monarcas retornarem, pois precisam de locais para desenvolver suas larvas”, afirmou John Acorn, da Universidade de Alberta.
Em janeiro, um estudo publicado na Nature com 2.130 comunidades de borboletas e 9.490 de aves na Europa já alertava que os animais não estavam conseguindo acompanhar as mudanças climáticas.
Os pesquisadores consideraram os resultados alarmantes, pois aves e borboletas estão entre os animais que têm mais facilidade para se deslocarem e se adaptarem, e isso pode significar que outras espécies sofrerão ainda mais com o aquecimento global. Além disso, acreditam que a análise revela a importância das previsões do impacto das mudanças climáticas sobre os ecossistemas.
Quando Jesus ainda estava falando ao povo, a mãe e os irmãos dele chegaram. Ficaram do lado de fora e pediram para falar com ele. Então alguém disse a Jesus:
- Escute! A sua mãe e os seus irmãos estão lá fora e querem falar com o senhor.
Jesus perguntou:
- Quem é a minha mãe? E quem são os meus irmãos?
Então apontou para os seus discípulos e disse:
- Vejam! Aqui estão a minha mãe e os meus irmãos. 50Pois quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu, é meu irmão, minha irmã e minha mãe.
Oração
Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu.
Comentário do Evangelho
A verdadeira família de Jesus
Encontramos esta narrativa de Mateus, também, nos evangelhos de Marcos e Lucas. A figura central é a "mãe". No processo de geração a mulher-mãe tem um papel fundamental. A própria Terra é tida como "mãe" em relação à vida que, sem cessar, desabrocha em sua superfície.
Na narrativa há um confronto entre as multidões às quais Jesus fala e sua família, mãe e irmãos, que ficam de fora e procuram falar com Jesus. A família, tendo a mãe como geradora, está na base do conceito de Israel e é o elo fundamental da continuidade da tradição do judaísmo. Abraão e sua descendência, a partir de Sara, constituem o povo eleito. Em continuidade, Davi e sua descendência constituem a dinastia real escolhida por Javé. O sacerdote hereditário é a base do poder do Templo. Daí as genealogias que confirmavam as purezas racial e funcional, com seus privilégios e poder.
Enquanto a pureza religiosa exigia o afastamento das multidões, Jesus se põe em íntimo contato com elas. Removendo a prioridade dos laços consanguíneos familiares, que garantiam o privilégio da eleição, Jesus, sem exclusões, constitui a grande família unida no cumprimento da vontade do Pai, que deseja vida plena para todos. A própria família de Jesus é chamada a esta conversão.
Comentário ao Evangelho
QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?
A ruptura com os laços familiares foi uma das exigências do serviço ao Reino, com as quais Jesus se defrontou. Também por exigência do Reino, foi levado a constituir, sobre novas bases, uma comunidade cujo relacionamento interpessoal deveria ter a profundidade do relacionamento familiar. A comunidade dos discípulos de Jesus pode ser definida como a família do Reino, cuja característica são os laços fraternos que unem seus membros.
Nesta perspectiva, fica em segundo plano a consangüinidade. Doravante, ser mãe ou irmão de sangue não tem importância. O critério de pertença à família do Reino consiste em submeter-se à vontade do Pai, sendo-lhe obediente em tudo. Importa mostrar, com ações concretas, esta submissão. Aí o agir do discípulo identifica-se com o agir do Mestre, a ponto de Jesus poder considerá-lo como irmão: a vontade do Pai é o imperativo na vida de ambos.
Assim, a ligação entre Jesus e os seus discípulos era muito mais profunda do que a sua convivência física com eles. Havia algo de superior que os unia, sem estar na dependência de elementos conjunturais, quais sejam, a pertença a uma determinada família, raça ou cultura. Basta alguém viver um projeto de vida fundado na vontade do Pai, para que Jesus o reconheça como pertencente à sua família. Para ele, estes são seus irmãos, suas irmãs, suas mães. São irrelevantes outros títulos de relação com Jesus, quando falta este pré-requisito.
Oração
Espírito de adesão à vontade do Pai, faze-me sentir sempre mais membro da família do Reino, levando-me à perfeita submissão ao querer divino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
O número de mortes causadas pelas chuvas torrenciais mais fortes registradas em Pequim em 61 anos chegou a 39 neste domingo, anunciou a agência oficial Nova China.
A agência indicou também que as chuvas que caem sem parar desde sábado na capital chinesa causaram a retirada de mais de 50.000 pessoas de suas casas.
O governo municipal de Pequim informou que 25 vítimas se afogaram nas correntezas formadas pelo grande volume de água. Outras seis perderam a vida no desabamento de suas casas, uma pessoa morreu atingida por um raio, e cinco foram eletrocutadas.
A Rádio Nacional Chinesa informou que na região de Fangshan, no subúrbio de Pequim, foram registrados deslizamentos nas áreas montanhosas.
Várias estradas da capital chinesa estavam bloqueadas na manhã deste domingo e pelo menos 500 voos comerciais foram cancelados.
A meteorologia prevê que mais tempestades atingirão o nordeste e o sudoeste da China, onde dez pessoas morreram desde sexta-feira em razão das intempéries.
Então alguns mestres da Lei e alguns fariseus disseram a Jesus:
- Mestre, queremos ver o senhor fazer um milagre. Jesus respondeu:
- Como as pessoas de hoje são más e sem fé! Vocês estão me pedindo que faça um milagre, mas o milagre do profeta Jonas é o único sinal que lhes será dado. Porque assim como Jonas ficou três dias e três noites dentro de um grande peixe, assim também o Filho do Homem ficará três dias e três noites no fundo da terra. No Dia do Juízo o povo de Nínive vai se levantar e acusar vocês, pois eles se arrependeram dos seus pecados quando ouviram a pregação de Jonas. E eu afirmo que o que está aqui é mais importante do que Jonas. No Dia do Juízo a Rainha de Sabá vai se levantar e acusar vocês, pois ela veio de muito longe para ouvir os sábios ensinamentos de Salomão. E eu afirmo que o que está aqui é mais importante do que Salomão.
Oração
Pai, dá-me simplicidade de coração para reconhecer que Jesus é teu Filho, enviado ao mundo para nos salvar. E que jamais eu exija sinais além dos que ele já realizou.
Comentário do Evangelho
A fé na presença de Jesus
Esta passagem foi apresentada de maneira mais breve pelo evangelho de Marcos, antes de Mateus. Lá é feita a referência ao judaísmo, simplesmente, como "esta geração", e Jesus, sumariamente, nega o pedido de sinal. Em Mateus a referência é feita com a expressão "uma geração perversa e adúltera". Aos escribas e fariseus que lhe falam, Jesus apresenta o "sinal do profeta Jonas". E, em seguida explica o sinal: "o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra". A tradição judaica sabia que depois de três dias e três noites nas entranhas de um peixe grande, Jonas foi vomitado por ele em terra firme. Temos aqui uma interpretação pós-pascal, da tradição de discípulos de origem judaica, aplicando esta imagem à sepultura e ressurreição de Jesus.
A fé na presença de Jesus ressuscitado nas comunidades que vivem o amor dispensa quaisquer outros sinais.
José Raimundo Oliva
Comentário ao Evangelho
A RECUSA DO MESSIAS
O pedido dos escribas e fariseus tinha como objetivo exigir de Jesus as credenciais da condição divina de sua missão. Que sinais haveriam de convencê-los, considerando os inúmeros milagres já realizados? Existiria um, diante do qual os adversários do Mestre deveriam curvar-se e reconhecer sua condição messiânica? Não!
Sendo uma "geração má e adúltera", eles careciam das disposições mínimas para captar os apelos de Deus, expressos nas palavras e gestos do Messias Jesus. Faltava-lhes sintonia com o projeto divino. Portanto, não estavam em condições de interpretar, de maneira conveniente, os milagres de Jesus, e deles tirar as devidas conseqüências.
Embora se defrontassem com quem era "maior do que Jonas" e "maior do que Salomão", mostravam-se inferiores aos habitantes de Nínive e à rainha do Sul. Estes, apesar de pagãos, tiveram sensibilidade para perceber a veracidade da pregação do profeta, e a sublimidade da sabedoria do grande rei, e dar ouvido a um e a outro.
Os escribas e fariseus, ao invés, mesmo presenciando feitos superiores àqueles do passado, permaneciam fechados em sua incredulidade, recusando-se a acolher o Messias Jesus. Seu destino seria um julgamento severo, por serem, evidentemente, responsáveis por essa obstinada falta de fé. Eles mesmos se fechavam para a salvação!
Oração
Espírito de bondade e fidelidade, tira do meu coração tudo quanto me impede de reconhecer, no testemunho de Jesus, os sinais de sua condição divina.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Poucos dias depois, num sábado, Jesus estava atravessando uma plantação de trigo. Os seus discípulos estavam com fome e por isso começaram a colher espigas e a comer os grãos de trigo. Quando alguns fariseus viram aquilo, disseram a Jesus:
- Veja! Os seus discípulos estão fazendo uma coisa que a nossa Lei proíbe fazer no sábado!
Então Jesus respondeu:
- Vocês não leram o que Davi fez, quando ele e os seus companheiros estavam com fome? Davi entrou na casa de Deus, e ele e os seus companheiros comeram os pães oferecidos a Deus, embora isso fosse contra a Lei. Pois somente os sacerdotes tinham o direito de comer esses pães. Ou vocês não leram na Lei de Moisés que, nos sábados, os sacerdotes quebram a Lei, no Templo, e não são culpados? Eu afirmo a vocês que o que está aqui é mais importante do que o Templo. Se vocês soubessem o que as Escrituras Sagradas querem dizer quando afirmam: "Eu quero que as pessoas sejam bondosas e não que me ofereçam sacrifícios de animais", vocês não condenariam os que não têm culpa. Pois o Filho do Homem tem autoridade sobre o sábado.
Oração
Senhor Jesus, livra-me de todo rigor no trato com os demais e dá-me um coração que coloque a misericórdia acima de tudo.
Comentário do Evangelho
Deus quer misericórdia
Jesus, agindo com liberdade em relação à Lei de Moisés, suscitava a repressão dos chefes religiosos de Israel. Entre rabinos e doutores da lei discutia-se sobre qual seria a principal observância da Lei. A opinião majoritária inclinava-se para o repouso sabático. Ao sábado vinculava-se o culto nas sinagogas, espalhadas na diáspora, garantindo-se, assim, a frequência ao culto àqueles que estavam longe de Jerusalém, impossibilitados da assídua frequência ao Templo.
A observância do sábado decorria de um texto tardio do livro do Êxodo que afirmava: "Todo aquele que trabalhar neste dia será punido com a morte" (Ex 31,15; 35,2). É a expressão do sagrado acima e contra a vida.
O Templo e as observâncias legais estão superados por Jesus. A vontade de Deus é a prática da misericórdia que consolida o amor, promove a vida e gera a paz.
Comentário ao Evangelho
O IMPERATIVO DA VIDA
Jesus foi firme ao rebater as críticas dos fariseus quando viram os discípulos colhendo espigas de trigo e comendo-as, em dia de sábado. Para os fariseus, este fato configurava-se como um aberto desrespeito à Lei. E, pior ainda, praticado com a anuência do Mestre Jesus. Algo de errado estava acontecendo: alguém, pensando ensinar em nome de Deus, mostrava-se incapaz de respeitar uma Lei dada pelo mesmo Deus. Daí podia-se concluir, sem perigo de errar, que Jesus não vinha da parte de Deus.
Entretanto, este desrespeito à Lei de Deus era só aparente. Jesus estava em perfeita comunhão com Deus ao concordar que, quem estivesse com fome, podia encontrar um meio de saciá-la, mesmo atropelando uma Lei religiosa. O imperativo da vida estava perfeitamente de acordo com a vontade de Deus. Errado seria obrigar os discípulos do Mestre a desfalecer pelo caminho, embora tivessem alimento à mão, só porque a colheita estava no rol das atividades proibidas em dia de sábado.
O gesto de Jesus teve um antecedente no Antigo Testamento, na pessoa de Davi. Fugindo da perseguição de Saul, chegara faminto a um santuário, cujo sacerdote, na falta de outro pão, ofereceu ao fugitivo o pão consagrado, que só aos sacerdotes era permitido comer. Gesto sensato, pois o pão consagrado destinava-se a garantir a vida de um ser humano. Portanto, a atitude do sacerdote foi plenamente agradável a Deus. O mesmo aconteceu com Jesus!
Oração
Espírito de flexibilidade, que eu não seja contaminado pela subserviência à Lei, sabendo que, para Deus, o imperativo da vida é mais importante.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Fazer com que cem alunos de 12 a 14 anos, que frequentam os 46 CEUs (Centro Educacional Unificado) de São Paulo, possam se deslocar à escola em comboios de bicicleta, acompanhados por monitores, até o fim de 2012, é uma das metas do projeto Escolas de Bicicletas. Detalhe: as bikes são feitas de bambu pelos próprios estudantes - um grupo de 12 jovens do CEU Jardim Paulistano, Zona Norte da capital paulista.
Segundo matéria do Estadão publicada na terça-feira, 17 de julho, com uma cola natural, feita ali mesmo, os jovens juntam os pedaços, formando quadros triangulares. Três horas de secagem e outras peças são acopladas. Rodas, câmbio, catracas, guidão e aí está: uma bicicleta novinha, para um dos 4,6 mil alunos da rede municipal ir e voltar da escola pedalando. Hoje, cerca de 500 crianças já pedalam nesse esquema.
A fábrica tem capacidade de produção de cerca de 50 bicicletas por dia e, desde o início da operação, em março, já construiu 1,5 mil. Serão 4.680 até novembro.
De acordo com o coordenador do projeto, Daniel Guth, a opção pelo bambu não é à toa. "Nossa ideia não é apenas colocar bicicletas na rua, mas também conscientizar as crianças sobre conceitos como sustentabilidade e ambientalismo. O bambu gasta muito menos energia do que o alumínio e é produzido bem perto daqui, em Bragança Paulista, o que diminui os custos com transporte. A pegada de carbono é muito pequena."
Guth também garantiu que o material é resistente. Segundo ele, testes de resistência foram feitos a pedido da Prefeitura antes do início do projeto e cada bicicleta aguentou, em média, 1,6 tonelada antes do bambu começar a rachar. "Essas bicicletas podem durar até 20 anos", ressaltou o designer carioca Flávio Deslandes, que concebeu a bicicleta. Ele mora na Dinamarca há mais de uma década, projeta bikes de bambu desde 1995, e desenhou o modelo do CEU especialmente para o programa municipal.
Toda a fabricação das bicicletas e dos bicicletários nos CEUs, além do treinamento dos alunos, está orçada em R$ 3,1 milhões. Os jovens recebem salário do Instituto Parada Vital, entidade contratada para o projeto.
A bicicleta é um dos veículos autorizados a circular sobre as vias urbanas e rurais pelo Código de Trânsito Brasileiro. A legislação federal diz que os ciclistas têm preferência sobre os veículos automotores e estipula dois tipos de multas diferentes para os motoristas que não respeitam a bicicleta: deixar de guardar a distância lateral de 1,5 m ao passar ou ultrapassar bicicleta (infração média) e deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito ao ultrapassar ciclista (infração grave).
Essa mesma lei diz que é dever dos órgãos do poder Executivo, incluindo os estaduais, planejar e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas.
Em muitos casos, o dano emocional e psicológico nas vítimas da pedofilia pode ser irreparável.
Por Marco Lacerda*
A pedofilia é a perversão sexual na qual a atração sexual de um indivíduo adulto ou adolescente está dirigida primariamente para crianças pré-púberes (ou seja, antes da idade em que a criança entra na puberdade) ou no início da puberdade. A palavra pedofilia vem do grego (paidophilia).
Segundo o critério da Organização Mundial de Saúde (OMS), adolescentes de 16 ou 17 anos também podem ser classificados como pedófilos, se eles tiverem uma preferência sexual persistente ou predominante por crianças pré-púberes pelo menos cinco anos mais novas do que eles.
A pedofilia é classificada como uma desordem mental e de personalidade do adulto, e também como um desvio sexual, pela OMS. Os atos sexuais entre adultos e crianças (resultantes em coito ou não) é um crime na legislação de inúmeros países. Em alguns países, o assédio sexual a tais crianças, por meio da Internet, também constitui crime. Outras práticas correlatas, como divulgar a pornografia infantil ou fazer sua apologia, também configuram atos ilícitos classificados por muitos países como crime.
A criança abusada
Devido ao fato da criança muito nova não ser preparada psicologicamente para o estímulo sexual, portanto, sem noção da conotação ética, religiosa e moral da atividade sexual, quase invariavelmente acaba desenvolvendo problemas emocionais depois da violência sexual, exatamente por não ter habilidade diante desse tipo de estimulação.
A maioria desses casos não é reportada, tendo em vista que as crianças têm medo de dizer a alguém o que se passou com elas. E o dano emocional e psicológico, a longo prazo, decorrente dessas experiências pode ser devastador. O abuso às crianças pode ocorrer na família, através do pai, do padrasto, do irmão ou outro parente qualquer. Outras vezes ocorre fora de casa, como por exemplo, na casa de um amigo da família, na casa da pessoa que toma conta da criança, na casa do vizinho, de um professor ou mesmo por um desconhecido.
A criança de cinco anos ou pouco mais, mesmo conhecendo e apreciando a pessoa que o abusa, se sente profundamente conflitante entre a lealdade para com essa pessoa e a percepção de que essas atividades sexuais estão sendo terrivelmente más. Para aumentar ainda mais esse conflito, pode experimentar profunda sensação de solidão e abandono.
Quando os abusos sexuais ocorrem na família, a criança pode ter muito medo da ira do parente abusador, medo das possibilidades de vingança ou da vergonha dos outros membros da família ou pode temer que a família se desintegre ao descobrir seu segredo. A criança que é vítima de abuso prolongado, usualmente desenvolve uma perda violenta da auto-estima, tem a sensação de que não vale nada e adquire uma representação anormal da sexualidade. A criança pode tornar-se muito retraída, perder a confiança em todos adultos e pode até chegar a considerar o suicídio, principalmente quando existe a possibilidade da pessoa que abusa ameaçar de violência se a criança a denunciar ou negar-se aos seus desejos.
Algumas crianças abusadas podem ter dificuldades para estabelecer relações harmônicas com outras pessoas, podem se transformar em adultos que também abusam de outras crianças, podem se inclinar para a prostituição ou podem ter outros problemas sérios quando adultos. Comumente as crianças abusadas estão aterrorizadas, confusas e muito temerosas de contar sobre o incidente. Com freqüência elas permanecem silenciosas por não desejarem prejudicar o abusador ou provocar uma desagregação familiar ou por receio de serem consideradas culpadas ou castigadas.
Crianças maiores podem sentir-se envergonhadas com o incidente, principalmente se o abusador é alguém da família. Mudanças bruscas no comportamento, apetite ou no sono pode ser um indício de que alguma coisa está acontecendo, principalmente se a criança se mostrar curiosamente isolada, muito perturbada quando deixada só ou quando o abusador estiver perto.
O termo "crime de pedofilia" é frequentemente utilizado de forma equivocada pelos meios de comunicação. A lei brasileira não possui o tipo penal "pedofilia". A pedofilia, como contato sexual entre crianças e adultos, se enquadra juridicamente no crime de estupro de vulnerável com pena de oito a quinze anos de reclusão e considerados crimes hediondos. Os meios de comunicação de forma insistente invocam como verdade a equiparação de uma condição psicológica com um ato criminoso.
A partir de 2007 os Conselhos Estaduais da Criança e do Adolescente, com a coordenação nacional da Secretaria dos Direitos Humanos, lançou uma ampla campanha para coibir a prática de crimes contra menores, através de denúncias anônimas feitas através do telefone 100. Em todo o país este número serve para receber as denúncias de abusos de toda a ordem - e os sexuais são a maioria dos casos.
Em 20 de dezembro de 2007 a Polícia Federal do Brasil, em conjunto com a Interpol, o FBI e outras agências de investigação desvendou o uso da Internet como meio para divulgação de material - para tanto valendo-se da identificação dos IPs anônimos - tendo efetuado três prisões em flagrante e mais de quatrocentas apreensões pelo país - sendo esta a primeira operação onde foi possível identificar usuários da rede mundial de computadores para a prática pedófila no Brasil.
Na Igreja
Dois advogados norte-americanos, John Aretakis, de Nova Iorque e Jeff Anderson, de Minnesota, recordistas de clientes vítimas de abusos sexuais, tendo o primeiro patrocinado 250 ações, com indenizações no valor de um milhão de dólares obtidas da Igreja Católica e o segundo patrocinado mil ações, com indenizações no valor de 150 milhões de dólares, também obtidas da mesma instituição religiosa.
O caso mais famoso foi o do padre Mark Haight, de Albany, que estuprou um menino, diariamente, durante seis anos. Seguem-se os casos do padre James Porter, que molestou 28 crianças e foi condenado em 1993 a 28 anos de prisão, do padre Paul Shanley, que molestou uma menina durante três anos e foi condenado a doze anos de cadeia, do padre John Geoghan, molestador de mais de cem crianças, condenado a dez anos de prisão e do padre Rudolph Kos, que molestou onze crianças e sua diocese pagou indenizações no valor de trinta milhões de dólares às vítimas.
O advogado Jeff Anderson afirmou em entrevista à revista Veja: "Luteranos, mórmons, testemunhas de Jeová, evangélicos…Diga-me o nome de qualquer grupo religioso e eu provavelmente já o processei".
Pedofilia - "Segredos de família". Veja o vídeo:
*Marco Lacerda é jornalista, escritor e Editor Especial do DomTotal
- Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso. Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso. Os deveres que eu exijo de vocês são fáceis, e a carga que eu ponho sobre vocês é leve.
Oração
Pai, dá-me um coração manso e humildade, a exemplo de teu Filho Jesus, cujo testemunho de vida deve inspirar toda a minha ação.
Comentário do Evangelho
A ternura de Jesus
Estas palavras de Jesus são um dos mais belos, suaves e persuasivos convites ao seu seguimento. Elas são dirigidas a todas as pessoas em todos os tempos. Elas revelam seu coração compassivo e acolhedor a todos, comunicando vida e alegria. Os pequeninos, cansados e carregados de fardos são o povo oprimido e explorado pela tirania e ambição econômica do Templo e do império romano, e hoje pelo império estadunidense com seus aliados e comparsas.
"Vinde a mim, todos vós..." é um amplo chamado ao seguimento de Jesus, assim como foram chamados os primeiros discípulos. A adesão ao chamado é dada por todos aqueles que transformam seus corações na mansidão e na humildade. O jugo suave de Jesus é a renúncia à realização pessoal segundo os padrões de sucesso deste mundo, e a adesão às bem-aventuranças proclamadas no Sermão da Montanha, tais como a pobreza, a mansidão, a misericórdia, a paz e a fome e sede de justiça.
Este homem, manso e humilde de coração, é o próprio Deus conosco. É Deus que se faz homem e assim eleva a humanidade à condição divina, inserida na eternidade do amor de Deus. Este Jesus, manso e humilde de coração, é o Jesus do encontro, vem a nós e vamos a ele, no dia a dia. É o Jesus presente em nossa vida familiar, em nossa vida no mundo do trabalho, em nossa vida comunitária e na missão, comunicando alegria, conforto e paz a todos.
José Raimundo Oliva
Comentário ao Evangelho
O REPOUSO PROMETIDO
O Mestre Jesus propôs-se a romper um certo esquema religioso de sua época, no qual as pessoas viviam assoberbadas em cumprir uma enorme quantidade de minuciosas prescrições religiosas, não tendo tempo para as coisas essenciais. Evidentemente, quem penava, carregando pesados fardos, era o povo simples, ao passo que fariseus e doutores da Lei adaptavam as exigências legais às suas comodidades.
O jugo suave e o fardo leve anunciados por Jesus não consistiam na abolição pura e simples das exigências religiosas, mas sim, na sua substituição por uma outra pauta de ação: seguir o Mestre no caminho do amor compassivo e misericordioso ao próximo. Nada de preocupação com coisas secundárias, nem neurotização para cumprir, nos mínimos detalhes, as coisas prescritas. A libertação disto tudo aconteceria, ao se buscar viver o amor misericordioso como exigência fundamental, no processo de comunhão com Deus.
Por isso, existe uma profunda diferença entre os discípulos dos mestres da Lei e os discípulos de Jesus. Os primeiros penam, sob o pesado fardo das exigências da Lei. Os segundos fazem a experiência da paz e do repouso, ao se submeterem somente à lei do amor. Os primeiros são orientados por espíritos arrogantes e prepotentes. Os segundos experimentam a mansidão e a humildade de Jesus.
"Vinde a mim" é o apelo de Jesus a quem é escravizado pela religião.
Oração
Espírito de paz e de repouso, liberta-me do pesado jugo do legalismo, e faze-me abraçar o jugo suave e leve, que me leva a ser misericordioso para com o meu próximo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
O Cavaleiro das Trevas chega aos cinemas com grande antecipação para o último filme da trilogia "Batman" do diretor Christopher Nolan, mas existe um homem que mantém a calma diante do frenesi da mídia, o ator que interpreta o superherói, Christian Bale.
Bale veste o traje do herói morcego de Gotham City pela última vez em "Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge", que, assim como seus antecessores, recebeu boas críticas iniciais.
Escolhido pelo diretor britânico Nolan para o reinício da franquia, que começou em 2005 com "Batman Begins", a representação de Bale do bilionário em conflito Bruce Wayne, também conhecido como Batman, foi fundamental para o sucesso do filme.
A sequência de 2008, "O Cavaleiro das Trevas", solidificou o status de Bale como ator principal, e "O Cavaleiro das Trevas Ressurge" será o seu canto do cisne no papel.
"Estou muito orgulhoso de ter conseguido o que tínhamos a intenção de fazer", disse ele a repórteres em uma coletiva de imprensa promovendo o filme. "Foi um momento muito importante para mim. Era um personagem importante."
"É a única vez que eu interpretei um personagem três vezes seguidas e os próprios filmes mudaram a minha vida e mudaram a minha carreira."
Ambos os filmes ganharam elogios de fãs e críticos. O primeiro arrecadou 372 milhões dólares nas bilheterias mundiais, e o segundo, 1 bilhão de dólares. Bale interpretou outros papéis e chegou a ganhar um Oscar por sua interpretação de um ex-boxeador drogado em "O Lutador".
"O Cavaleiro das Trevas Ressurge" começa oito anos depois de "Cavaleiro das Trevas". O super-herói desapareceu da vista do público e é um fugitivo que seria responsável pela morte do promotor público de Gotham City Harvey Dent. O homem por trás da máscara, Bruce Wayne, tornou-se um recluso e raramente é visto em público.
Mas ambos são forçados a sair do esconderijo quando a mulher-gato ladra Selina Kyle, interpretada por Anne Hathaway, chega a Gotham e um terrorista mascarado chamado Bane, interpretado por Tom Hardy, aparece para tomar a cidade. Batman sai de seu esconderijo para detê-los.
O filme teve uma classificação positiva de 83 por cento nas sete primeiras críticas no site moviereviewintelligence.com. Richard Corliss, da revista Time, chamou de "um filme de grandes ambições e conquistas épicas".
Reprisando seus papéis estão Michael Caine como o mordomo Alfred, Gary Oldman como o comissário Gordon e Morgan Freeman como Lucius Fox. Os recém-chegados incluem Marion Cotillard, Joseph Gordon-Levitt e Hardy --todos os três trabalharam com Nolan em seu filme vencedor do Oscar em 2010, "A Origem".
Também no novo grupo está Hathaway, que essencialmente faz o papel de Mulher-Gato, embora esse nome da personagem de quadrinhos nunca seja mencionado diretamente no filme.
No Brasil, a estreia de ´Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge´ está prevista para o dia 27 de julho, sexta-feira.