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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Uma nova fase do papado de Francisco

Agora, o diálogo não é mais apenas com as praças que aplaudem, mas também com uma Igreja pronta a seguir o papa.
Por Massimo Franco

O fato de que Francisco tenha decidido falar na conclusão do Sínodo foi uma surpresa. No mínimo, não era algo óbvio. A sua escolha parece nascer da consciência de que o silêncio acrescentaria ambiguidade e dramaticidade a uma assembleia marcada por "animadas discussões", como ele mesmo as definiu. Por isso, ele usou palavras fortes e sinceras, dignas de um papa que não tem medo de se expor e de assumir posições incômodas.

Por outro lado, era difícil se limitar ao arquivamento banal e formal de um debate perpassado por tensões palpáveis: especialmente depois das votações desse sábado, que confirmaram o "alto lá!" de uma parte dos episcopados mundiais sobre temas mais delicados e polêmicos.

Francisco sabe que tem atrás de si a maioria do Sínodo. Mas, para um pontífice atento à unidade da Igreja, isso não pode ser suficiente. As reservas não vieram apenas de "Roma": daquela Cúria que sofre pelo seu reformismo. Também não podem ser rotuladas apenas como "conservadoras".

Quem combateu aberturas percebidas, com ou sem razão, como experimentações doutrinais foram também expoentes do catolicismo que votaram no conclave de março de 2013. E Francisco não pode subestimar ou ignorar essas perplexidades, embora reafirmando o seu primado. Portanto, ele as enfrenta, as analisa e oferece uma resposta que tende a incluir e a convencer. É um exercício obrigado de sabedoria, para evitar que as resistências cresçam entre resmungos e silêncios.

Trata-se da única resposta possível diante de um mundo religioso que viveu e vive com entusiasmo, mas também com algum temor e um pouco de desorientação, as inovações de Jorge Mario Bergoglio. Por isso, a impressão é de que, nesse sábado, concluiu-se "um" papado: o espetacular, midiático, aclamado pelas multidões. E começou uma fase nova, que arquiva, se não os equilíbrios, os humor do conclave. E abre um pontificado menos brilhante e mais dramático, sofrido: autêntico.

Agora, o diálogo não é mais apenas com as praças que aplaudem, mas também com uma Igreja pronta a seguir o papa e, ao mesmo tempo, decidida a lhe pedir certezas e "governo". Francisco reconhece isso e aponta para "um caminho", ele o chama assim, que envolve o reconhecimento de diferenças profundas.

Ele sabe que deve recompô-las, porque a sua ideia do poliedro desigual e compactado justamente pelas diversidades não pode se solidificar sem ter por trás uma Igreja convicta: a única capaz de aceitar e amalgamar uma complexidade, que, caso contrário, corre o risco de fragmentação.
Corriere della Sera, 19-10-2014./domtotal.com

Debate entre candidatos

Com gol de Dedé, Cruzeiro supera o Vitória

Raposa tinha perdido as duas anteriores, mas zagueiro evitou mais um tropeço em Salvador.

O Cruzeiro acabou com a "recessão" no Brasileirão. O time mineiro voltou a vencer depois de dois tropeços na Série A ao superar o Vitória, neste domingo, por 1 a 0. O gol salvador na capital baiana foi do zagueiro Dedé, que andou cometendo falhas nas partidas anteriores.

Com o resultado pela 29 rodada, o Cruzeiro chegou aos 59 pontos, aumentando para sete vantagem em relação ao segundo colocado, que agora é o São Paulo. O Vitória, por sua vez, permaneceu com 31, um a mais que o rival Bahia, o primeiro na zona de rebaixamento. Na próxima rodada, a Raposa recebe o Palmeiras, no Mineirão. Já o Leão joga contra o Corinthians.

Diante de um time tecnicamente mais fraco, Cruzeiro teve amplo domínio de posse de bola. Mas o encanto, o dinamismo e a precisão ofensiva ficaram desaparecidos por muito tempo. A atuação contra o Leão baiano até que não foi das piores em relação aos últimos jogos, mas o time demorou a acertar o pé.

Depois de algumas jogadas atabalhoadas, um caminhão de cruzamentos errados, Alisson acertou um chutaço de fora da área que parecia indefensável. Parecia. Porque Wilson, que aos poucos vai voltando à forma após se recuperar de lesão, fez uma defesa para colocar no DVD da carreira.

Fábio e a zaga da Raposa pouco trabalharam. Foram espectadores de luxo, já que o Vitória se preocupou mais em não levar gols do que fazê-los. Mas a estratégia teria fracassado mais cedo se o árbitro Raphael Claus não tivesse ignorado um toque de Luiz Gustavo em Everton Ribeiro dentro da área. O meia foi derrubado, mas o jogo seguiu.

Ney Franco tentou mudar o panorama e tirar o Leão da cova com duas alterações no intervalo - uma delas sendo a saída de um volante para dar lugar a um atacante. Não adiantou muito, porque o Cruzeiro soube neutralizá-lo.

A Raposa continuou buscando o gol do jeito que dava. Wilson continuou fazendo a parte dele e a arbitragem não. Um exemplo foi o impedimento mal marcado em um lance capital, que poderia ter significado o gol mineiro. Ao menos, com ajuda do árbitro atrás do gol, a turma do apito acertou ao anular um gol que nasceu após falta de Manoel em Wilson.

Quando estava se desenhando mais um tropeço seria adicionado à lista cruzeirense, Dedé apareceu para se redimir das falhas recentes. O zagueiro subiu mais alto na bola jogada para a área baiana e fez com que a torcida colocasse para fora o grito de gol que estava entalado. Depois do 1 a 0, foram poucos minutos até o apito final, que aliviou a pressão e serviu para gerar uma gordurinha a mais em relação aos concorrentes ao título.
Ficha técnica

Vitória 0 X 1 Cruzeiro

Local: 
Barradão, em Salvador (BA)

Data/Hora: 19/10/2014, às 18h30h

Árbitro: Raphael Claus (SP)

Auxiliares: Herman Brumel Vani e Emerson Augusto de Carvalho

Cartões amarelos: Luiz Gustavo, Marcinho (VIT); Lucas Silva, Manoel (CRU)

Gols: Dedé, 38/2ºT (0-1)

Vitória: Wilson; Nino Paraíba, Kadu, Roger Carvalho e Juan (Mansur, intervalo); Luiz Gustavo (William Henrique, 31/2ºT), Luiz Aguiar (Marcos Júnio, intervalo) e Richarlyson; Marcinho, Edno e Dinei. Técnico: Ney Franco.

Cruzeiro: Fábio; Mayke, Manoel, Dedé e Egídio; Lucas Silva (Willian Farias, 32/2ºT), Henrique, Marquinhos, Éverton Ribeiro (Eurico, 44/2ºT) e Alisson (Willian, 20/2ºT); Marcelo Moreno. Técnico: Marcelo Moreno
Lance/domtotal.com

Aécio e Dilma debatem bancos públicos

Durante encontro na Rede Record, candidatos trocarma farpas sobre papel dos bancos públicos na economia.
O destino dos bancos públicos e da Petrobras dominou parte do debate entre o candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, nesse domingo (19), na Rede Record. Aécio afirmou que correligionários de Dilma fazem "grande terrorismo" em relação aos bancos estatais. De acordo com ele, é o "mesmo discurso" de que um eventual governo do PSDB "privatizaria esta ou aquela empresa". Mas, de acordo com Aécio, numa eventual administração tucana, os bancos públicos serão fortalecidos. Aécio questionou também a campanha do governo em 2010 para a compra de ações da Petrobras com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Ele perguntou a Dilma se é "justo" que a má gestão da Petrobras tire o FGTS do trabalhador.


Em resposta, Dilma afirmou que o candidato do PSDB a presidente "ouviu cantar o galo mas não sabe aonde". De acordo com Dilma, todos os bancos públicos tiveram os lucros aumentados e ampliados, a taxa de inadimplência foi reduzida e houve a recomposição do funcionalismo. "Escutei várias falas de que iriam reduzir o papel dos bancos públicos e inclusive do seu candidato a ministro da Fazenda", afirmou ela, em referência ao ex-presidente do Banco Central (BC) Arminio Fraga.


Dilma afirmou que sua relação com os bancos públicos é de "grande respeito". Ela disse ainda que quem cuida da indústria do País é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Caixa Econômica Federal, declarou Dilma, faz o Minha Casa Minha Vida. "Esse dinheiro tem subsídio do governo federal." Segundo a presidente, não há investimento de longo prazo neste País sem o BNDES e os demais bancos públicos. Sobre a compra de ações com FGTS, a presidente disse que todos os que investiram ganharão muito dinheiro. "A Petrobras é e será a maior empresa deste País por muitos anos." Dilma citou também o pré-sal, que, segundo ela, produz 500 mil barris por dia.


Em resposta, Aécio afirmou que a Petrobras vai muito mal. "Perdeu apenas no período deste governo cerca da metade do seu valor de mercado, perdeu credibilidade", afirmou o tucano. Olhando para a câmera, o candidato tucano afirmou que, se eleito vai valorizar os funcionários de carreira dos bancos do governo e que numa eventual gestão a Petrobrás voltará a ser o "orgulho nacional que deixou de ser". "Não ache que o pré-sal lhe pertence, pois ele foi descoberto pelos investimentos que foram feitos antes do seu governo", declarou o tucano. Dilma, por sua vez, declarou que Aécio disse uma vez que pensava "em algum momento" privatizar a estatal e que isso não estava na pauta no momento.


Em seguida, a presidente voltou ao tema da segurança pública, defendendo que o governo federal tenha responsabilidade sobre o setor. Dilma afirmou que proporá mudar a Constituição para que a segurança pública possa ter a participação conjunta do governo federal com o dos Estados, "numa articulação de combate ao crime organizado de forma integrada".


Aécio respondeu afirmando lamentar que ela "não tenha feito tudo isso ao longo desses últimos anos. Ele sugeriu a proibição do "represamento, do contingenciamento" dos recursos da área. Aécio disse ainda que quer fortalecer a Polícia Federal (PF), que, de acordo com ele, teve em 2014 o pior orçamento dos últimos cinco anos. Aécio prometeu também, se eleito, fazer com que as Forças Armadas sejam "parceiras" para controlar as fronteiras. "Seu programa para as fronteiras, em três anos, gastou apenas R$ 1 bilhão", acusou o candidato do PSDB a presidente, dirigindo-se a Dilma. "No meu governo, não vou terceirizar responsabilidades, vou conduzir pessoalmente a política nacional de segurança integrada entre Estados e municípios, com investimentos e inteligência".


A presidente e candidata do PT à reeleição disse que a administração federal teve uma experiência "muito exitosa" com o governo de Minas Gerais na segurança pública durante a Copa do Mundo. Dilma prometeu, se reeleita, levar a todos os Estados essa integração, com os Centros de Comando e Controle. "Vou integrar a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), as Polícias Militares (PMs) e Civis e as Forças Armadas, para agirem em conjunto", disse.
Agência Estado/domtotal.com

Evangelho do dia 20/10/2014

Para que acumular?
Lc 12,13-21

Alguém do meio da multidão disse a Jesus: "Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo". Ele respondeu: "Homem, quem me encarregou de ser juiz ou árbitro entre vós?" E disse-lhes: "Atenção! Guardai-vos de todo tipo de ganância, pois mesmo que se tenha muitas coisas, a vida não consiste na abundância de bens”. E contou-lhes uma parábola: "A terra de um homem rico deu uma grande colheita. Ele pensava consigo mesmo: "O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita". Então resolveu: "Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores;
neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: - Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!" Mas Deus lhe disse: "Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?" Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus."


Oração
Pai, preserva-me do apego exagerado às riquezas, as quais me tornam insensível às necessidades do meu próximo. Que eu descubra na partilha um caminho de salvação.