Aqui vou expor fatos corriqueiros de meu dia a dia.
Notícias e textos de cunho religioso.
Espero que algum destes possa de alguma forma lhe ajudar. Ou pelo menos, auxiliar em boas gargalhadas.
O asteróide, chamado 1998 QE2, mede cerca de 2,7 quilômetros de diâmetro e não poderá ser observado a olho nu
Um asteroide cinco vezes maior que um navio transatlântico vai passar nesta sexta-feira a 5,8 milhões de quilômetros da Terra, uma distância curta em termos astronômicos, informou a agência espacial norte-americana, Nasa.
Chamado 1998 QE2, ele será observado por meio de telescópios e radar pelos cientistas, que esperam obter "imagens de alta resolução que poderão revelar muita coisa sobre as suas características", disse o astrônomo Lance Benner.
Seguindo a trajetória atual, o 1998 QE2 atingirá às 21h59min (hora de Lisboa, 1h59min no Brasil) desta sexta-feira o ponto mais próximo da Terra e só voltará a aproximar-se dentro de cerca de 200 anos.
O asteroide, que mede cerca de 2,7 quilômetros de diâmetro, não poderá ser observado a olho nu ou com binóculos: sua baixa luminosidade só o torna visível aos telescópios mais potentes.
O interesse público nos objetos celestes que passam perto da Terra reacendeu-se depois da queda do meteorito de Chelyabinsk, na Rússia, em fevereiro passado.
Além da Nasa, a Casa Branca seguirá com atenção o trajeto do asteroide, uma vez que a administração norte-americana aposta em convencer o Congresso a liberar mais verbas para vigiar os objetos que se aproximam da Terra.
"Temos que encontrar os asteroides antes que eles nos encontrem", disse o assessor de Política Espacial da Casa Branca, Phil Larson.
O programa espacial dos Estados Unidos prevê o envio de astronautas que "capturem" um asteróide até o ano 2020.
Não foi Ronaldinho, nem Bernard, nem Diego Tardelli. Em uma partida com requintes dramáticos, o Atlético viu em Victor seu herói, ao defender pênalti aos 48 minutos da etapa final, garantindo o empate em 1 a 1 que selou a classificação do Galo para a semifinal na Taça Libertadores.
Como os mineiros empataram em 2 a 2 em Tijuana, a equipe terá direito de seguir na competição sul-americana, na qual terá como adversário será o Newell´s Old Boys (ARG), que, após dois empates em 0 a 0, eliminou o compatriota Boca Juniors em uma antológica disputa de pênaltis. A partida de ida será no dia 3, em Rosario, e a volta será em Belo Horizonte, no dia 10 de junho.
Xolos assustam, mas Galo iguala
O torcedor que foi ao Horto acreditando em uma classificação tranquila do Tijuana precisou de 40 segundos para comprovar o contrário. Tempo para Riascos aproveitar erro de Réver e exigir Victor. Os mexicanos começaram a partida fechando espaços em torno da área (obrigando Bernard e Diego Tardelli a arriscarem de longe), e atacavam em bloco, em especial pelas laterais.
E foi pelo lado que o Tijuana abriu o marcador aos 25 minutos - com uma boa dose de ironia. Em uma primeira etapa truncada pelo excesso de faltas (em uma delas, Gandolfi chegou a marcar, mas o gol foi bem anulado), os atleticanos reclamavam de infração em seu campo de ataque. Alheio às reclamações, Ruíz desceu pela esquerda, centrou e Riascos chutou de direita, vencendo Victor.
A ansiedade aumentou de vez no Galo quando Marcos Rocha encheu o pé e Saucedo espalmou. Entretanto, a equipe começou a encontrar espaços e a desperdiçar chances com Tardelli, Bernard e em cobrança de falta de Ronaldinho.
Só que o pé de R10 na bola parada fez a diferença na assistência. Sua cobrança de falta da esquerda cruzou toda a área e Réver, de canela, tocou para a rede, aos 40. Empate que classificava, mas a virada ainda foi desperdiçada em chutes de Bernard e Leonardo Silva.
Etapa final dramática
O técnico Antonio Mohamed colocou os Xolos no ataque de vez, trocando o zagueiro Ortíz pelo meia Martínez. Mas foi o Atlético que iniciou a partida em uma blitz no ataque. Bernard teve ao menos três oportunidades claras diante da meta - uma delas, com Saucedo batido - mas não aproveitou. E só. Nervosos, jogadores do Galo cometiam erros primários de passe - especialmente Bernard, que, após prender demais a bola durante a partida, foi sacado para a entrada de Luan.
Aos poucos, o Tijuana ditou o ritmo do jogo, com uma sucessão de escanteios passando perto da meta. E, aos 23, uma falha quase comprometeu a classificação atleticana. Dois defensores erraram o tempo da bola e Riascos avançou livre contra Réver. O atacante passou para o livre Piceno, que finalizou em cima de Victor. Após nova cobrança de escanteio, Riascos passou da bola por poucos instantes.
Os tons dramáticos ainda tiveram direito a cobrança de falta de Arce carimbando o travessão de Victor. O Atlético exigiu Saucedo em chute à queima-roupa de Diego Tardelli, no qual o goleiro impediu o segundo gol, e viu Luan desperdiçar chance de ouro aos 44 minutos.
Só que a classificação passaria por um desafio ainda maior. Após bola lançada para a área, Leonardo Silva derrubou Aguilar na área e o árbitro confirmou pênalti. Riascos partiu para a bola e Victor defendeu, aos 48. Estava selada a ida do Galo e a presença brasileira na Libertadores.
ATLÉTICO 1x1 TIJUANA
ATLÉTICO
Victor; Marcos Rocha (Josué, 31´2/T), Leonardo Silva, Réver e Richarlyson; Pierre, Leandro Donizete, Ronaldinho e Bernard (Luan, 20´2T); Diego Tardelli e Jô (Alecsandro, 43´2/T). Técnico: Cuca
TIJUANA
Saucedo; Castillo, Gandolfi, Aguilar e Ortiz (Martínez, intervalo); Nuñez, Arce, Pellerano, Ruíz (Márquez, 36´2T) e Castillo; Moreno (Piceno, 16´2/T) e Riascos. Técnico: Antonio Mohamed.Data/Hora: 30/05/2013, às 22h (de Brasília)
Local: Independência, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Patricio Polic (CHI)
Assistentes: Juan Maturana (CHI) e Raul Orellana (CHI)
Gols: Riascos, 25´/1T (0-1) e Réver, 40´/1T (1-1).
Naqueles dias, Maria partiu para uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!” Maria então disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias. Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. Maria ficou três meses com Isabel. Depois, voltou para sua casa.
Oração
Pai, conduze-me pelos caminhos de Maria, tua fiel servidora, cuja vida se consumou, sendo exaltada por ti. Que, como Maria, eu saiba me preparar para a comunhão plena contigo.
Comentários
Maria mostra-se pronta para servir
O relato da visita de Maria à prima Isabel é a conclusão dos relatos das duas anunciações (Lc 1,5-25.26-38). Assim como a gravidez de Isabel é objeto de revelação a Maria, do mesmo modo a de Maria é objeto de revelação a Isabel. A revelação de Isabel vem do fato de a criança pular em seu ventre: “Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e ela ficou repleta do Espírito Santo” (v. 41). A Isabel, pela graça do Espírito Santo, é dado conhecer não somente que Maria está grávida, mas que o menino é o Messias: “Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar?” (v. 43). Pulando de alegria no ventre de Isabel, João começa a realizar sua missão de precursor.
A cada uma das mães Lucas atribui um cântico. A Isabel, o do v. 42: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre”. A Maria, o Magnificat (vv. 46-55), um hino de louvor a Deus, composto com um mosaico de referências bíblicas.
Carlos Alberto Contieri, sj
Comentário do Evangelho
O SENHOR FEZ GRANDES COISAS
A fé eclesial, contemplando Maria a partir do Mistério Pascal de Jesus, professa que ela, no término de sua caminha terrestre, foi elevada ao céu. A Igreja fala em assunção, ou seja, Maria foi assumida por Deus e colocada na glória celeste. Trata-se da ação de Deus fazendo grandes coisas na vida da mãe do Salvador. Não uma ação isolada, e sim, o ápice de uma sucessão de graças na vida de quem foi cheia de graça.
A assunção de Maria brotou da Ressurreição de Jesus. É como se Maria tivesse seguido o caminho novo de acesso ao Pai, aberto pelo Filho Jesus. Deus, de certo modo, antecipou em Maria o que haveria de ser o destino de toda a humanidade. A Ressurreição de Jesus foi penhor de ressurreição para todo ser humano. Em Maria, isto já se fez realidade.
A assunção situa-se no contexto da fé de Maria. Ela havia proclamado que Deus exalta os humildes e destrói a segurança dos soberbos. Sua vida caracterizou-se pela humildade e pelo espírito de serviço. Ela se sabia serva humilde do Senhor, transcorrendo sua vida no escondimento. A condição de mãe do Messias não a tornou orgulhosa e cheia de si. A Maria exaltada na assunção foi a mulher humilde e servidora. Deus levou para junto de si a mulher cuja vida transcorrera em total comunhão com ele. A assunção, por conseguinte, consistiu na radicalização de uma experiência constante na vida de Maria.
Oração
Senhor Jesus, que a contemplação da assunção de tua mãe santíssima me inspire a viver em comunhão com Deus, servindo-o como servo humilde.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Jesus saiu caminhando, quando veio alguém correndo, caiu de joelhos diante dele e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?” Disse Jesus: “Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. Conheces os mandamentos: não cometerás homicídio, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, não prejudicarás ninguém, honra teu pai e tua mãe!” Ele respondeu: “Mestre, tudo isso eu tenho observado desde a minha juventude”. Jesus, fitando-o, com amor, lhe disse: “Só te falta uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. Ao ouvir isso, ele ficou pesaroso por causa desta palavra e foi embora cheio de tristeza, pois possuía muitos bens. Jesus disse aos discípulos: “Como é difícil, para os que possuem riquezas, entrar no Reino de Deus”. Os discípulos ficaram espantados com estas palavras. E Jesus tornou a falar: “Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!” Eles ficaram mais admirados e diziam uns aos outros: “Quem então poderá salvar-se?” Olhando para eles, Jesus lhes disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível!”
Oração
Pai, não permitas que o meu coração se apegue de tal forma aos bens deste mundo, a ponto de levar-me a te colocar em segundo lugar.
Comentários
A vida eterna não se compra, se recebe
Jesus não aceita para si o título de bom, ele o remete a Deus, que é a fonte de toda bondade. Se algo de bom há em Jesus, é dom de Deus. A vida eterna desejada por aquele anônimo é dom, e como tal ela precisa ser recebida. Não é merecimento pelo cumprimento irrepreensível da Lei. É preciso desapego, pois só o cumprimento da Lei não é suficiente. É preciso desapego, pois a vida eterna não se compra, se recebe.
É no seguimento de Cristo que se encontra o caminho para a vida eterna: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6).
O homem saiu pesaroso diante da palavra de Jesus, pois era possuidor de muitos bens. A riqueza é uma ameaça que pode impedir a entrada no Reino de Deus; facilmente ela se confunde com a vida verdadeira e obstrui o dom de ser recebido como tal (ver: Mt 6,24). A salvação é dom de Deus. Por isso Jesus diz: “Para Deus tudo é possível” (v. 27).
Carlos Alberto Contieri, sj
Comentário do Evangelho
A DEUS TUDO É POSSÍVEL
A dura constatação de Jesus deixou pasmos os discípulos: "Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!", é ainda, "É mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus". A salvação pareceu-lhes um ideal inatingível. A situação do homem piedoso, porém apegado à sua riqueza, não dava margem para dúvidas. Ele havia observado os mandamentos, desde jovem, e se preocupava com a vida eterna. Todavia, quando Jesus lhe propôs um gesto radical de ruptura, por meio do qual daria prova insofismável de sua confiança na Providência divina, preferiu optar pela posse dos bens.
O Mestre reconheceu que ninguém é capaz de manter-se livre diante das riquezas e, portanto, salvar-se, sem a ajuda divina. Daí sua declaração: "Aos seres humanos isto é impossível". Só Deus possibilita a salvação dando forças às pessoas para se libertarem da escravidão da riqueza, por amor ao Reino. Com as próprias forças, ninguém será capaz de realizar um gesto de tal envergadura.
Porque "a Deus tudo é possível", quem se mantiver aberto à ação da graça terá acesso à salvação, embora seja tentado a apegar-se às riquezas. Se os discípulos se predispuserem a confiar na Providência divina, poderão ter fundadas esperanças de obter a salvação.
Oração
Pai, não permitas que me coração se apegue de tal forma aos bens deste mundo, a ponto de levar-me a te colocar em segundo lugar.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Estocolmo registrou a quinta noite consecutiva de distúrbios na madrugada desta sexta-feira (24). Vários carros foram incendiados e oito pessoas foram presas. A onda de violência na capital da Suécia teria sido motivada pela morte de um homem de 69 anos em um incidente com agentes da polícia, na semana passada.
Jesus se pôs a caminho e foi para a região da Judeia, pelo outro lado do rio Jordão. As multidões mais uma vez se ajuntaram ao seu redor, e ele, como de costume, as ensinava. Aproximaram-se alguns fariseus e, para experimentá-lo, perguntaram se era permitido ao homem despedir sua mulher. Jesus perguntou: “Qual é o preceito de Moisés a respeito?” Os fariseus responderam: “Moisés permitiu escrever um atestado de divórcio e despedi-la”. Jesus disse: “Foi por causada dureza do vosso coração que Moisés escreveu este preceito. No entanto, desde o princípio da criação Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois formarão uma só carne; assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu o homem não separe!” Em casa, os discípulos fizeram mais perguntas sobre o assunto. Jesus respondeu: “Quem despede sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. E se uma mulher despede seu marido e se casa com outro, comete adultério também”.
Oração
Pai, que os casais cristãos, unidos pelo sacramento do matrimônio, saibam reconhecer e realizar o mistério de comunhão que os chama a viver.
COMENTÁRIOS
Jesus põe homem e mulher em pé de igualdade.
Trata-se de um “diálogo didático”, destinado a ensinar os discípulos a procederem em conformidade com os ensinamentos de Jesus.
A questão levantada é a do repúdio da mulher pelo homem. A má intenção da questão é apresentada: “para experimentá-lo” (v. 2). Num primeiro momento, Jesus remete-os à Lei de Moisés (cf. v. 3; ver Dt 24,1-3). No entanto, à Lei de Moisés, Jesus opõe o projeto original de Deus (cf. Gn 1,27; 2,24; 5,2), dando prioridade ao que é da ordem da criação e, de certo modo, desautorizando a aplicação da Lei mosaica para esse caso.
Para concluir, como é próprio desses diálogos didáticos, Jesus dá a norma que o discípulo deve observar: “Quem despede sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. E se uma mulher despede o seu marido e se casa com outro, comete adultério também” (vv. 11-12). Jesus põe homem e mulher em pé de igualdade e condições.
Carlos Alberto Contieri, sj
Comentário do Evangelho
UMA MUDANÇA DE MENTALIDADE
O Reino anunciado por Jesus visava restabelecer entre os seres humanos as relações primitivamente queridas por Deus. O pecado havia contaminado a humanidade, pervertendo-lhe as relações. Era preciso reverter este quadro em todos os níveis.
No âmbito familiar, era preciso superar a mentalidade divorcista, onde o marido se sobrepunha à esposa, podendo despedi-la quando lhe conviesse. A situação da esposa, nestas circunstâncias, era de grande instabilidade. Ela jamais podia estar certa da profundidade dos laços matrimoniais. Por qualquer motivo, o marido tinha o direito de despedi-la.
Jesus foi buscar nas primeiras páginas das Escrituras o pensamento de Deus a respeito do matrimônio, anterior à Lei mosaica divorcista. O homem e a mulher foram criados em vista do matrimônio que os uniria de modo tão profundo, a ponto de fazer dos dois uma só carne. Trata-se de uma união espiritual onde os esposos se mútuo assumem, fazendo suas existências se interpenetrarem inseparavelmente. Só Deus pode ser o autor da união conjugal, assim entendida. E, quando Deus une, nenhum ser humano pode se arvorar o direito de desfazer sua obra. Deus une para sempre.
Quem adere ao Reino é chamado a refazer seus esquemas mentais. E não se deixar levar pela dureza de coração, mas sim pelos desígnios de Deus.
Oração
Senhor Jesus, leva-me a ter o mesmo pensar do Pai e a refazer meus esquemas mentais contaminados pelo pecado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
A outra opção é desfrutar do petróleo até a última gota e ignorar a ameaça das mudanças climáticas
Por Antonio Cianciullo*
Após vinte anos desde o referendo realizado na Itália, a energia do átomo volta a dividir. Os três quesitos que exigiam o bloqueio da corrida preferencial pelos implantes nucleares obtiveram uma avalanche de sim; hoje um novo temor, o da mudança climática produzido pelo uso dos combustíveis fósseis, redimensionou o velho temor, relançando o partido pró-átomo.
Devemos esperar uma reviravolta energética?
"Uma perspectiva desse gênero seria devastadora: um gigantesco desperdício de dinheiro e de oportunidades”, responde Jeremy Rifkin, teórico da economia do hidrogênio e consultor da União Européia para as estratégias energéticas. “A Itália é um país que tem grandes possibilidades no campo da eficiência energética e das fontes renováveis. Pode fazer uso de um bom potencial em campos estratégicos, como o solar e o eólico. E tem centros de pesquisa, como a Universidade do hidrogênio em Monópolis, na Puglia, que podem estimular o nascimento de uma fileira produtiva nacional.
Mas, a pressão do partido pro-nuclear cresce...
Eu creio que boa parte dos políticos que falam de nuclear agitem um espantalho que serve somente para bloquear a revolução industrial na direção da eficiência e das energias renováveis. O verdadeiro objetivo é manter congelada a situação atual, desfrutando do petróleo até a última gota, descuidados da ameaça da mudança climática.
E no entanto, segundo os dados da Agência internacional para a energia, o impulso para o átomo não é apenas teórico. Ente 1992 e 2005 o nuclear da fissão usufruiu de 46 por cento dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento e o nuclear da fissão de 12 por cento, enquanto às renováveis foram somente 11 por cento.
Estes números confirmam a minha tese. Não obstante investimentos maciços em nível global, o nuclear está substancialmente firme nos 6 por cento da energia. E, em perspectiva não se pode aceitar a hipótese de um crescimento capaz de se contrapor ao aumento do efeito serra. Uma central nuclear custa dois bilhões de dólares e, segundo um estudo do Oxford Research Group, para obter uma redução visível do aquecimento climático usando a energia atômica seria preciso construir milhares de instalações nucleares até 2070: uma profileção descontrolada e perigosíssima.
Você pensa que a oposição ao nuclear seja hoje majoritária na Europa?
Há seis boas razões para que isto ocorra. A primeira eu enunciei: os custos de construção que afastaram os investidores privados. A segunda são os lixos radiativos: o cemitério que os Estados Unidos querem constituir na Yucca Mountain, em Nevada, custou 18 anos de pesquisa e 9 bilhões de dólares e não oferece as garantias necessárias. A terceira razão é que o urânio não é abundante: no ritmo do consumo atual se registrará um déficit em torno de 2025.
E passar aos reatores autofertilizantes, isto é, ao plutônio, é a quarta razão pelo qual digo não: significa fornecer material de pronto uso a um terrorismo sempre mais ameaçador. O quinto motivo para bloquear o nuclear é que as instalações atômicas necessitam de uma matéria prima que se tornará sempre mais rara: a água. Na França, 55 por cento da água doce são utilizados para esfriar as 59 centrais nucelares existentes e, durante a seca de 2003, isso já revelou ser um calcanhar de Aquiles do sistema”.
A resposta não poderia vir dos reatores de quarta geração, menores e mais seguros?
Falamos de uma tecnologia que poderia, em teoria, estar pronta daqui a uns vinte anos. Não temos tanto tempo à disposição: para reduzir o aquecimento global, evitando danos irreparáveis e catastróficos é necessário agir imediatamente. Além disso, há o sexto motivo que impele ao bloqueio do revanchismo nuclearista. Investir tempo e energia na construção de instalações nucelares significa retirar recursos ao futuro, bloquear a terceira revolução energética: a de um sistema leve e decentrado, no qual a energia e a informação corram por demandas.
Urânio e petróleo são expressão de um velho modo de produzir, verticalista e centralizado. Nós estamos na era da Internet e do Youtube. O modelo vencedor é a rede flexível: computadores inteligentes que permitem comprar e vender eleetricidade, software capazes de orientar e dosar os fluxos de energia em função das necessidades do momento, preços que flutuam de acordo com os horários, a fim de auto-regulamentar os consumos.
* A reportagem e a entrevista com Jeremy Rifkin são de Antonio Cianciullo, publicadas pelo jornal La Repubblica.
“Quem vos der um copo de água para beber porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. E quem provocar a queda um só destes pequenos que creem em mim, melhor seria que lhe amarrassem uma grande pedra de moinho ao pescoço e o lançassem no mar. Se tua mão te leva à queda, corta-a! É melhor entrares na vida tendo só uma das mãos do que, tendo as duas, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. Se teu pé te leva à queda, corta-o! É melhor entrar na vida tendo só um dos pés do que, tendo os dois, ser lançado ao inferno. Se teu olho te leva à queda, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus tendo um olho só do que, tendo-os dois, ir para o inferno, onde o verme deles não morre e o fogo nunca se apaga. Todos serão salgados pelo fogo. O sal é uma coisa boa; mas se o sal perder o sabor, como devolver-lhe o sabor? Tende sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.”
Oração
Pai, torna-me forte para tirar da minha vida tudo quanto possa servir de contra-testemunho a meu próximo e levá-lo a afastar-se de ti.
COMENTÁRIOS
O bem também é feito fora da comunidade dos discípulos
Jesus continua a instruir os seus discípulos a como se comportarem ante a diversidade. O bem também é feito fora da comunidade dos discípulos. A comunidade é chamada a se abrir ao bem que vem de outrem; pois ela também é beneficiária do bem que outros, “de fora”, lhe fazem: “Quem vos der um copo de água…” (v. 41).
Da comunidade é exigida coerência. O escândalo é uma pedra de tropeço que impede outros de progredirem na vida cristã. A comunidade precisa estar aberta para acolher e sustentar, com o seu testemunho, os que se aproximam dela para ajudá-los a uma verdadeira mistagogia. Por isso, o escândalo, ante a incoerência interna, da distância entre o crer e o agir, entre o falar e praticar, deve ser rechaçado veementemente. Segundo Mt 5,13, o discurso é “sal da terra”. Mc 9,50 diz que o “sal é bom”. É bom na justa medida: nem mais, nem menos.
A presença do discípulo, portador do mistério pascal de Cristo, deve dar sentido à vida. No entanto, se ele desvirtua sua missão, é como o sal que perdeu suas propriedades, incapaz de dar sabor a todas as coisas.
Carlos Alberto Contieri,sj
Comentário do Evangelho
NÃO SER OCASIÃO DE PECADO
O discípulo do Reino, no exercício de sua missão, deve ser muito cauteloso para não se tornar ocasião de pecado para quem está dando os primeiros passos na fé. O pecado, neste caso, consistiria em refutar Jesus e se recusar a aderir ao Reino anunciado por ele. E os próprios discípulos, agindo de forma inconsiderada, corriam o risco de se tornarem culpados deste fracasso e serem julgados por isso.
As atitudes inconsideradas do discípulo em missão podiam ser muitas. Eles corriam o risco de serem intransigentes e impacientes, não respeitando o ritmo próprio de cada pessoa no seu processo de adesão a Jesus. Não estavam livres do espírito farisaico, que os levava a ser extremamente severos e exigentes com os recém convertidos, esvaziando as exigências quando se tratava de si mesmos. Com a liberdade adquirida junto a Jesus, podiam ter atitudes chocantes para os pequeninos, ainda atrelados a antigos esquemas, que só com dificuldade deixavam-se permear pela novidade do Reino. Levados por um espírito corporativista, podiam ceder à tentação de selecionar, com critérios humanos, os novos discípulos, excluindo pessoas predispostas para o Reino, mas que não satisfaziam suas exigências.
A denúncia de Jesus contra esta mentalidade foi violenta. Se o discípulo não se desfizesse desta visão deturpada, corria o risco de ver-se lançado no inferno.
Oração
Senhor Jesus, não permita que eu seja ocasião de pecado para os pequeninos que se aproximam de ti e querem se fazer discípulos do teu Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
"A ciência moderna, com toda a sua tecnologia, consegue apenas reafirmar o que a fé já nos dizia"
Por Evaldo D´Assumpção
O pão e o vinho: corpo e sangue de Cristo
No próximo dia 30 de maio, a Igreja Católica comemora, no mundo inteiro, a festa de Corpus Christi. Sua origem é relacionada com um fato extraordinário, acontecido no século XIII, na cidade de Bolsena, na Itália. Ali, um padre chamado Pedro de Praga vivia uma enorme dúvida de fé, não acreditando na transubstanciação do pão e do vinho (transformação no corpo e no sangue de Cristo). Celebrando num dia de muitas dúvidas, ao elevar a hóstia essa começou a sangrar, e tão abundantemente que encharcou a toalha sobre o altar, escorrendo pelo chão. Tomando conhecimento do fato, o papa Urbano IV ao ver a hóstia e os panos embebidos em sangue, exclamou "Corpus Christi!" O Corpo de Cristo! E no ano seguinte proclamou a festa, determinando a Tomás de Aquino que organizasse a liturgia própria. Ainda hoje é possível ver-se a hóstia e os panos marcados pelo misterioso sangue. Que 800 anos passados, não se alteraram.
Mas esse não é o único "milagre eucarístico" conhecido. Um outro data de 1330 e ocorreu na cidade de Casia, onde um sacerdote foi chamado a levar a sagrada comunhão a um moribundo. Apressado e sem a menor cerimônia, colocou a hóstia consagrada dentro de seu breviário. Chegando à casa do doente teve enorme surpresa ao abrir seu livro de orações: a hóstia estava empapada de sangue, que manchava as folhas do livro. Até hoje pode-se ver, naquela cidade, a página contendo a hóstia nela grudada pelo sangue, exposta em belo ostensório.
Porém o mais impressionante desses milagres aconteceu na cidade de Lanciano, às margens do mar Adriático, onde teria vivido Longino, o soldado que golpeou o lado de Cristo crucificado. Daí o nome atual da cidade.
No século VIII, um monge da ordem Basilicana vivia dolorosa crise de fé na transubstanciação. Celebrando a missa diante de uma multidão, ao elevar a hóstia na consagração experimentou enorme drama de consciência, pois acreditou estar enganando aquele povo. Nesse momento, sentiu uma modificação na hóstia que elevava, e olhando para ela verificou, com enorme espanto, que grande parte do pão havia se transformado em carne. E o vinho que estivera no cálice, apresentava-se agora como grumos de sangue coagulado.
É fácil imaginar o que se passou então com aquele sacerdote. Imediatamente foram guardados a hóstia – parte pão e parte carne entranhados um no outro – e o sangue coagulado. E, por serem desconhecidos naquela época, não se usou nenhum meio de conservação para guardá-los.
Em 1713, transferiram a hóstia-carne para um belo ostensório de prata e o sangue para um cálice de prata, que hoje podem ser visitados naquela cidade italiana. Onde em 1996 tive a rara felicidade de estar, exatamente na data em que se festejava o Corpus Christi. Além da contemplação daquele fantástico milagre eucarístico, participei da santa missa, recebendo a sagrada comunhão juntamente com um grupo de peregrinos brasileiros.
Lá aprendemos que, nos anos 1970 e 1971, o professor Odoardo Linoli, catedrático de Anatomia e Histologia Patológica e Química e Microscopia Clínica, associado ao professor Ruggero Bertelli, ambos da Universidade de Siena, foram autorizados a examinar a carne e o sangue. Depois de minuciosos estudos de pedaços da carne e reações químicas no sangue, chegaram às seguintes conclusões:
1) A carne é verdadeiramente carne, sem qualquer processo de conservação, mas sem apresentar qualquer sinal de decomposição. Trata-se de músculo cardíaco humano, retirado com perfeição de um coração vivo. O que era também surpreendente, pois as dissecações com cortes tão precisos, somente tiveram início no século XIV. Ao exame microscópico, encontram, inequivocamente, elementos do miocárdio e do endocárdio, partes anatômicas do coração. Artérias, veias e nervos também foram claramente individualizados no tecido examinado.
2) O sangue, do tipo AB (igual ao que está presente no Santo Sudário de Turim!), é o mesmo dos fragmentos da carne. As proteínas e substâncias químicas, cloretos, fósforo, magnésio, potássio, sódio e cálcio, encontradas pelos exames de cromatografia e eletroforese, são de sangue humano retirado de uma pessoa viva e mantendo todas as proporções de sangue fresco.
3) Não há explicação natural plausível para a conservação desses tecidos por quase 1.200 anos, principalmente por não ter sido usado qualquer método de preservação conhecido.
Diante de tais conclusões, ficamos, uma vez mais, na amorosa perplexidade diante de coisas que a ciência moderna, com toda a sua tecnologia, consegue apenas reafirmar o que a fé já dizia, sem nunca conseguir contradizê-la.
Como médico, tive a oportunidade de ver todo o material utilizado para os exames, inclusive trazendo comigo as fotos das biópsias feitas. E, uma vez mais, tivemos confirmada a nossa fé. Que não depende do extraordinário para existir ou crescer, pois se verdadeira, ela dispensa os milagres. Todavia, sem dúvida se sente confortada por todas essas coisas extraordinárias!
As autoridades da Turquia confirmaram que três turistas brasileiras morreram nesta (20), na Capadócia, durante o choque entre dois balões de ar quente. Pelos dados oficiais, pelo menos 22 pessoas ficaram feridas, oito são turistas brasileiros, mas há também argentinos e espanhóis. O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, confirma apenas a morte de uma turista de 71 anos. Os diplomatas argumentam que os turistas saíram para o passeio a balão sem passaportes e documentos de identificação, daí a dificuldade de informar as nacionalidades das vítimas.
Policiais turcos foram acionados e fazem buscas nos hotéis das vítimas à procura de passaportes e documentos de identificação. O Itamaraty confirma que oito dos feridos são brasileiros. De acordo com as autoridades turcas, dos 22 feridos, 19 foram levados para hospitais em Nevsehir e três para o hospital universitário da província de Kayseri.
O acidente envolveu dois balões de ar quente na Capadócia. Um deles se chocou com o cesto do outro balão e caiu quando sobrevoava as formações rochosas na região. O acidente aconteceu por volta das 6h (horário local). No total, havia 23 pessoas a bordo. As causas do acidente estão sendo apuradas.
A bordo dos balões havia passageiros de várias nacionalidades, inclusive brasileiros. O local do acidente fica a cerca de 300 quilômetros de Ancara, a capital turca. O passeio de balão é um dos mais escolhidos por turistas. Por orientação dos guias, o passeio ocorre sempre ao amanhecer e os turistas devem estar preparados por volta das 5h.
Para meia hora de passeio, os turistas desembolsam cerca de US$ 250 (aproximadamente R$ 500) por pessoa. A vista é considerada um cartão postal aéreo: é possível ver um céu claro e de um azul límpido e as cavernas, que no passado, até os anos de 1950, eram moradias de religiosos. A Capadócia é uma região de paisagem e pouco habitada, mas muito visitada por turistas estrangeiras.
*Com informações da agência pública de notícias da Turquia
Partindo dali, Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia, mas ele não queria que ninguém o soubesse. Ele ensinava seus discípulos e dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens, e eles o matarão. Morto, porém, três dias depois ressuscitará”. Mas eles não compreendiam o que lhes dizia e tinham medo de perguntar. Chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “Que discutíeis pelo caminho?” Eles, no entanto, ficaram calados, porque pelo caminho tinham discutido quem era o maior. Jesus sentou-se, chamou os Doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos, aquele que serve a todos!” Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse: “Quem acolhe em meu nome uma destas crianças, a mim acolhe. E quem me acolhe, acolhe, não a mim, mas Àquele que me enviou”.
Oração
Senhor Jesus, tira do meu coração todo ideal humano de grandeza, e faze-me compreender que ela consiste em fazer-me servidor.
COMENTÁRIOS
Na vida cristã é maior quem serve
O Jesus apresentado por Marcos é um Mestre que continuamente ensina seus discípulos e a multidão (cf. 6,34). Marcos não nos informa, em geral, explicitamente acerca do conteúdo do ensinamento de Jesus. Aqui, em concreto, o ensinamento diz respeito à sua Páscoa (v. 31). Os discípulos, porém, não compreendiam (cf. v. 32).
O anúncio da paixão-morte-ressurreição não é previsão de futuro. Ele tem, no relato, uma função específica: preparar o ouvinte e/ou leitor do evangelho para entrar, sem esmorecer e sem medo, na paixão e morte de Jesus, iluminado pela certeza de sua ressurreição.
A discussão dos discípulos acerca de quem era o maior entre eles (cf. vv. 33-34) revela a incompreensão deles, não somente acerca do destino de Jesus, mas também de sua própria condição.
No seguimento de Cristo e na vida cristã, o mais é quem serve, a exemplo do Senhor que se fez Servo de todos (cf. vv. 35-36). Serviço que tem que se traduzir no acolhimento de todos, sobretudo, dos que precisam de mais cuidado (cf. v. 37).
Carlos Alberto Contieri,sj
Comentário do Evangelho
QUEM É O MAIOR?
Os discípulos de Jesus deixaram-se contaminar pela busca de grandeza. Por isso, discutiam para saber quem, dentre eles, seria o maior. Mas o ponto de partida deste debate revelava um equívoco. Pensavam na grandeza do Reino que Jesus inauguraria e na possibilidade de ocupar posições de destaque junto ao monarca. De antemão, esses discípulos faziam a partilha dos futuros cargos disponíveis. Jesus, porém, deu um basta a estas considerações indignas de quem quer ser seu um discípulo.
O ensinamento de Jesus centra-se no tema do serviço, bem característico do Reino. A grandeza do discípulo está em sua capacidade de colocar-se a serviço do próximo. Ocupa o primeiro lugar quem se predispõe a servir a todos, sem distinção, vivendo a condição de servo, de maneira plena. A quem é reticente no servir e não prima pela generosidade, estão reservados os últimos lugares no Reino. Portanto, se os discípulos quisessem realmente disputar os primeiros lugares, que o fizessem motivados por um ideal elevado e não por ambições mesquinhas, sem sentido para quem vive a dinâmica do Reino.
Os discípulos tinham em Jesus um exemplo consumado de servidor do Reino. Sua vida definia-se como serviço generoso e gratuito às multidões oprimidas e atribuladas de tantas maneiras. Bastava que se espelhassem no Mestre.
Oração
Senhor Jesus, não permitas que eu me lance na busca das grandezas deste mundo. Que eu busque, antes, a grandeza do serviço generoso, e gratuito.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Medida provisória garante o benefício mínimo para todos os integrantes de uma família. Além disso, aumenta a idade para crianças e adolescentes participarem do programa. Impacto calculado pelo governo é de R$ 4 bilhões por ano.
O Senado aprovou nesta quarta-feira(8) a medida provisória que amplia os benefícios do Bolsa Família ao garantir renda mínima de R$ 70 reais por pessoa para os inscritos no programa. Além disso, amplia a idade limite para crianças e adolescentes aderirem ao programa. A MP, cuja validade terminava amanhã (9), foi aprovada ontem pela Câmara e segue agora para sanção presidencial.
A estimativa é que o impacto orçamentário da medida será de R$3,96 bilhões por ano, o que representa um custo incremental de R$1,744 bilhão sobre o benefício de superação da extrema pobreza na primeira infância. “Os impactos trazidos pela extrema pobreza para o desenvolvimento infantil têm efeitos permanentes para a vida do cidadão”, afirma trecho da mensagem da medida provisória encaminhada pelo governo ao Congresso.
Relator da proposta no Senado, o senador Sérgio Souza (PMDB-PR), ressaltou a importância do projeto para a redução da extrema pobreza no país, principalmente nas famílias com crianças e adolescentes. “Este texto faz parte da principal proposta do governo para redução da extrema pobreza”, disse.
Fonte: Congresso em Foco Foto: Arthur Monteiro/Agência Senado
Elano sofre com a marcação na partida contra o Santa Fe.
O Grêmio tentou jogar com o resultado conquistado no primeiro jogo, mas não se defendeu o suficiente na altitude Bogotá e perdeu para o Independiente Santa Fe por 1 a 0, o que eliminou o time brasileiro da Libertadores da América nesta quinta-feira. Assim como na Sul-Americana do ano passado, o Tricolor caiu em terras colombianas. Na última oportunidade, o algoz foi o Millonários.
Medina fez o gol da classificação aos 34 da etapa final. Vargas teve a bola do jogo para empatar no fim após rebote mal dado pelo goleiro, mas pegou mal e jogou longe. Agora, o Santa Fe pega o Real Garcilaso-PER nas quartas de final, repetindo o confronto da fase de grupos. Os colombianos decidem a vaga em casa.
O jogo
Quem assistiu ao primeiro tempo, lembrou mais do UFC do que do futebol em si. Porque os times entraram com tanta gana, que era pé alto para lá, cotovelo para cá. Se o árbitro fosse um pouco mais rigoroso, poderia ter expulsado sem cerimônias o meia Zé Roberto do Grêmio e o lateral-esquerdo García do Independiente. O craque gremista levantou o pé mais que o devido e quase acertou o rosto do adversário. Pouco depois, o defensor deu uma cotovelada em Elano sem bola.
Falando de bola, o time da casa foi levemente superior. Claro que isso não significa que eles são melhores que o Grêmio, e sim porque eles precisavam do placar. A maioria das chegadas eram através de chutes de fora da área, com Dida trabalhando muito bem, e a bola aérea. Foi desta segunda maneira que eles quase chegaram à abertura do placar. Bedoya levantou da intermediária pelo lado esquerdo e Borja testou fraquinho, mas colocado. A bola bateu na trave e saiu, assustando a torcida gremista.
Os cruzamentos vinham de quase do meio campo porque o Grêmio se fechava muito, e bem. Tentava explorar os contra-ataques, mas não era efetivo. Na melhor chance Tricolor, o chileno Vargas recebeu de Elano e chutou forte de longe, para ótima defesa de Vargas. Mas, de resto, apenas um chute de André Santos, desviado para fora.
Segundo tempo
O Grêmio voltou mais recuado do que havia terminado a primeira etapa. E mais desatento também. A defesa, que tinha ido tão bem no primeiro tempo mesmo com a juventude de Bressan, vacilou feio em alguns lances. No primeiro, Medina girou com facilidade para cima de Werley e chutou fraco para a defesa de Dida. O Santa Fe seguia encurralando o Tricolor dentro de seu próprio campo de defesa. A posse de bola era cada vez maior para o time da casa.
O gol parecia questão de tempo. O experiente Pérez cobrou falta perto da meia-lua com muito perigo e a bola passou do lado do ângulo de Dida, que só olhou. Mas pouco depois, o goleiro não ficaria só olhando. Salvaria. Mas apenas parcialmente. Valdés aproveitou chute mascado na área para colocar a cabeça na bola e o camisa 1 fez um milagre sensacional no pé da trave e ainda salvaria o rebote. Mas Medina aproveitou o recuo do Grêmio para dar a classificação merecida para o time da casa.
O atacante recebeu de Pérez próximo à meia-lua, passou como um alfinete entre Bressan e Werley e chutou rasteiro no canto de Dida, que, desta vez, nada pode fazer. Como manda o figurino, o Imortal precisou se lançar para o ataque para fazer jus ao apelido e conquistar o gol que o daria a vaga. Welliton e Kleber entraram e o time de Roger Machado pressionou demais em busca do gol de empate.
FICHA TÉCNICA
INDEPENDIENTE SANTA FE-COL 1x0 GRÊMIO
INDEPENDIENTE SANTA FE
Vargas; Anchico, Valdés, Meza e García; Torres (Valencia - 32´/2ºT), Bedoya, Pérez e Cuero (Molina - 15´/2ºT); Medina e Borja (Quiñónez - 43´/2ºT). Técnico: Wilson Gutierrez.
GRÊMIO
Dida; Pará, Bressan, Werley e André Santos; Fernando (Marco Antonio - 41´/2ºT), Souza, Elano (Kleber - 36´/2ºT) e Zé Roberto; Vargas e Barcos (Welliton - 40´/2ºT). Técnico: Roger Machado
Local: Estádio El Campín, em Bogotá (COL)
Data e hora: Quinta-feira, 16/05/2013, às 22h (horário de Brasília)
Árbitro: Roberto Silvera (URU)
Auxiliares: Mauricio Espinosa e Marcelo Costa (URU)
Gol: Medina, aos 34´/2ºT (1-0)
Cartões amarelos: Valdés, Anchico e Medina (IND); Zé Roberto, Elano, Bressan e André Santos (GRE)
Artigo de Enzo Bianchi publicado no jornal La Stampa, em 12 de maio.
A dificuldade em ter fé e crer em si mesmo é a verdadeira patologia do mundo ocidental, nos dias de hoje
Vivemos em uma época marcada por muitos obstáculos, por diversas contradições causadas à fé, de modo que a fé parece incapaz de interessar aos homens e às mulheres de hoje, que vivem na indiferença com relação ao cristianismo e, mais em geral, a toda busca de Deus.
Não só naqueles que se dizem crentes e cristãos de fato, justamente, a fé parece tênue, de pouco fôlego, incapaz de manifestar aquela força que muda a vida, o modo de pensar, sentir e agir: talvez a religiosidade pareça forte, mas a fé, fraca! Também por isso os cristãos são lidos como uma minoria em uma sociedade cada vez mais plural em crenças religiosas e éticas, e expressões espirituais que não fazem nenhuma referência a Deus ou a vias tradicionais.
O mundo de hoje, secularizado, é um mundo "desencantado". Para muitos, Deus não parece evidente e nem mesmo necessário. Pode-se viver sem crer em Deus e construir uma humanidade capaz de escolher uma vida sensata, caracterizada pela paz, justiça, liberdade? Pode-se negar a Deus ou abrir mão dele sem pensar em si mesmos como Deus? Tempos atrás, perguntas desse tipo não eram nem formuláveis, porque Deus era evidente e necessário; hoje, ao invés, conseguimos fazê-las, e fazê-las a nós.
Alguns, incapazes de aceitar a situação atual e de assumi-la, alimentam nostalgia pelo passado da christianitas a gostariam a todo o custo de rejeitar a contemporaneidade, mas outros cristãos consideram que a "não evidência" e a "não necessidade" de Deus hoje podem revelar algo de Deus mesmo, do Deus dos cristãos, e, portanto, que é possível continuar crendo sem angústias e sem medos naquele que constantemente faz da nossa história uma história da salvação, onde ele age com amor e só por amor.
André Comte-Sponville afirmou que "podemos abrir mão da religião, mas não da comunhão, nem da fidelidade, nem do amor". Palavras com as quais consinto, mas com a especificação de que não se pode abrir mão nem da confiança-fé, do ato de crer, do qual podem nascer comunhão, fidelidade e amor.
Eis a verdadeira patologia que hoje aflige toda a sociedade ocidental: enfraquecimento, depressão do ato de crer, carência de confiança em si mesmo e nos outros, no futuro e na terra. Crer, ter confiança, tornou-se cansativo e é uma atitude rara. O discurso sobre a fé, então, não se refere apenas aos cristãos ou aos chamados crentes: devedores de uma certa visão maniqueísta que separa crentes e não crentes, somos incapazes de identificar os temas candentes que dizem respeito a todas as pessoas e que determinam as relações de umas com as outras. Porém, por toda a vida, cada um de nós se pergunta se o viver tem um sentido, se é possível crer, ter confiança em uma palavra, em Alguém!
Eis, portanto, a grande responsabilidade dos cristãos que, tendo como primeira vocação a vocação à fé e conhecendo o exercício da fé, podem ser homens e mulheres que infundem confiança nos outros, aquela confiança-fé que experimentam sem se orgulhar de alguma superioridade sobre aqueles que, por sua vez, exercitados na confiança-fé, não conseguem acolher o dom de crer no Deus de Jesus Cristo.
O que realmente deveria estar diante de nós como a urgência das urgências é que o ser humano seja consciente de que "se passa da morte à vida amando os irmãos", mas essa verdade deve ser conhecida, acolhida, acreditada.
Hoje, porém, a transmissão da fé também se tornou difícil, e as novas gerações – definidas pela socióloga Danièle Hervieu-Léger como "en rupture de mémoire" – parecem ser incapazes de receber aquelas heranças até mesmo culturais que, durante séculos, marcaram as nossas terras.
Se é verdade que "não se nasce cristão, torna-se cristão" (Tertuliano, Apologetico 18, 4), é igualmente verdade que, até algumas décadas atrás, "nascia-se", por assim dizer, cristãos, crescia-se mais ou menos como cristãos, e o tecido familiar, eclesial e cultural assegurava um caminho que levava a maior parte das pessoas a se definirem como tais.
Agora, ao invés, o quadro mudou profundamente: por isso, a Igreja, também na Itália, se interroga sobre a transmissão da fé e sobre a educação à fé como primeira tarefa a se assumir e muitas vezes chama a atenção sobre a emergência educativa. Comunicar o Evangelho em um mundo que muda – para usar o título dado pelos bispos italianos às Orientações Pastorais para a primeira década de 2000 –, transmitir a fé em novas compreensões antropológicas é, portanto, um desafio, uma tarefa que não se pode escapar.
Nessa situação difícil e crítica, devemos ter em mente que maus conselheiros são o medo e a ansiedade pelo futuro da fé: esses sentimentos, de fato, não levam a ter fé, mas no máximo a assumir posições defensivas, a se fechar em uma cidadela que se sente assediada e ameaçada, a se munir de identidades fortes e intransigentes, ou a confiar em um bom método ou em uma estratégia astuta, ambos buscados com afã.
Nessa reflexão, gostaria de percorrer outro caminho; ou melhor, gostaria de adotar simplesmente aquele percurso do próprio Jesus, do qual as Sagradas Escrituras do Novo Testamento dão amplo testemunho. Porque, como a Igreja primitiva já havia compreendido na hora em que, como "pequeno rebanho" (Lucas 12, 32), ela se empenhava na missão entre as gentes do Mediterrâneo, Jesus foi e continua sendo um pedagogo, um iniciador à fé.
Foi Clemente de Alexandria, que viveu entre a metade do século II e o início do século III, que definiu Jesus Cristo como "pedagogo", convidando os cristãos a olhá-lo não só como modelo de vida, mas também, justamente, como educador para a fé: em Jesus há uma arte no encontrar o outro, no comunicar e no tecer uma relação com ele, a arte de educar à fé.
Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Jesus lhe disse: “Cuida dos meus cordeiros”. E disse-lhe, pela segunda vez: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta minhas ovelhas”. Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque lhe perguntou pela terceira vez se o amava. E respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”. Jesus disse-lhe: “Cuida das minhas ovelhas. [...] Quando eras jovem, tu mesmo amarravas teu cinto e andavas por onde querias; quando fores velho, estenderás as mãos, e outro te amarrará pela cintura e te levará para onde não queres ir”. (Disse isso para dar a entender com que morte Pedro iria glorificar a Deus.) E acrescentou: “Segue-me”.
Oração
Pai, torna cada vez mais consistente meu amor a teu Filho Jesus, e confirma minha condição de discípulo que deseja dar testemunho autêntico de sua fé.
Comentários
A única resposta adequada a esse amor é o amor
O capítulo 21 do evangelho segundo João é tardio. Esta segunda parte do capítulo (vv. 15-19) tem por finalidade legitimar a missão de Pedro de ser “o primeiro entre iguais”, e que sua missão está fundada na palavra do Senhor: “Apascenta as minhas ovelhas” (v. 17).
Lembremo-nos de que, ao longo de todo o evangelho, Simão Pedro não é propriamente o ícone do homem de fé (Jo 20,6-7). Ele depende, para o reconhecimento, do “discípulo que Jesus amava” (20,8; 21,7). A missão de Pedro está fundada num amor primeiro, no amor que antecede tudo e todos. A única resposta adequada a esse amor é o amor. Só o amor incondicional à pessoa de Jesus Cristo pode permitir que o seguimento e a missão confiada sejam vividos na mais pura gratuidade e entrega.
Somente um amor sem reservas permitirá a Pedro a disponibilidade para ir aonde o Senhor quer que ele vá: “… quando, porém, fores velho, estenderás as mãos e outro te amarrará pela cintura e te levará para onde não queres ir” (v. 18).
A maturidade da fé supõe deixar-se conduzir pelo Senhor. O amor, que está na origem do seguimento, permite atualizar na vida o sacrifício de Jesus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Comentário do Evangelho
TU ME AMAS?
Todo cristão deveria se defrontar com a tríplice pergunta que o Ressuscitado dirigiu a Pedro. Ela é bem precisa: "Tu me amas?", e não pode ser respondida com evasivas ou sem convicção. É sim ou não, com as respectivas conseqüências, tanto em termos pessoais - conversão interna -, quanto em termos sociais - testemunho público e seus riscos.
A melhor maneira de expressar nosso amor a Jesus é amar o próximo. E o ápice deste amor está em não poupar nada de si, quando se trata de servir, como fez Jesus.
Portanto, a pergunta do Ressuscitado poderia ser respondida assim: "Tu sabes que eu nutro profundo amor pelo meu próximo; podes ver como minha vida é toda vivida como doação; podes, igualmente, verificar como minha existência é tecida de gestos concretos de oblação. Esta é a prova de que, realmente, eu teu amo".
O Mestre não pode confiar no discípulo, cujo amor não é entranhado. Por isso, antes de confiar a Pedro a missão de presidir a comunidade dos cristãos, quis se assegurar do seu amor. Este procedimento de Jesus é plenamente acertado. O exercício do ministério, na Igreja, pressupõe o amor que ele exigiu de Pedro, quando lhe confiou a missão de conduzir o seu rebanho. Arrisca-se a descambar para a tirania a liderança de quem se põe à frente da Igreja sem amar, autenticamente, a Jesus.
Oração
Espírito de oblação faze-me demonstrar meu amor ao Ressuscitado, por meio da entrega total de minha vida ao serviço dos meus irmãos.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Os ativistas da luta contra o câncer saudaram a decisão da atriz Angelina Jolie de tornar pública sua dupla mastectomia, esta terça-feira, mas advertiram que as mulheres não devem correr para fazer testes em busca de uma mutação genética que represente um risco para suas vidas.
"Não queremos que todo mundo diga ´quero fazer o teste´", afirmou o médico chefe da Sociedade Americana de Câncer, Otis Brawley.
"Queremos que as pessoas pensem em seu histórico familiar e falem com seu médico", que poderá encaminhá-las a um conselheiro genético para determinar a necessidade do teste, disse Brawley.
"As mulheres com familiares de primeiro grau - ou seja, uma irmã ou a mãe - que tenha sofrido câncer de mama ou de ovário em idade precoce deveriam especialmente ter esta conversa", afirmou.
No caso de Jolie, a mãe da atriz de 37 anos, ganhadora do Oscar e ativista da ONU, morreu de câncer de ovário aos 56 anos.
Em um artigo intitulado "Minha opção médica", publicado no jornal The New York Times, Jolie contou ter se submetido a testes genéticos que confirmaram que ela era portadora de uma mutação genética conhecida como BRCA1.
A BRCA1 costuma ser rara na população feminina, mas também é caro fazer exames para rastrear este tipo de gene.
No artigo, Jolie lamentou que o teste para detectar o BRCA1 assim como outro gene defeituoso que pode levar ao câncer, BRCA2, custe mais de 3.000 dólares nos Estados Unidos, "um obstáculo para muitas mulheres".
Um laboratório americano, o Myriad Genetics, é o único no país a oferecer este teste e trava uma polêmica batalha jurídica atualmente na Suprema Corte sobre os direitos de patente dos genes BRCA1 e BRCA2. Um parecer é aguardado para junho.
Embora o laboratório tenha se recusado a confirmar ou desmentir se foi o laboratório encarregado do teste feito em Jolie, as ações da Myriad Genetics subiram 4% esta terça-feira na bolsa eletrônica Nasdaq para 34,45 dólares, seu melhor nível desde meados de 2009, antes de recuar um pouco.
"Acreditamos firmemente que o uso apropriado de muitos dos nossos testes de diagnósticos poderia ajudar a reduzir as doenças, hospitalizações e intervenções caras e potencialmente baixar o custo do tratamento", informou a empresa, em um comunicado.
Outros laboratórios na Europa oferecem o mesmo teste, segundo a American Civil Liberties Union, que enfrenta a ação de patentes da Myriad Genetics na justiça.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, estima-se que 12% de todas as mulheres no país vão desenvolver câncer em algum momento da vida, embora a probabilidade seja 5 vezes maior para as poucas que têm a mutação BRCA1 e BRCA2, segundo informações divulgadas em seu site (www.cancer.gov).
As duas mutações podem ocorrer também em homens, aumentando o risco de desenvolverem câncer de mama, pâncreas, testículos e próstata.
“Pai Santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um, como nós somos um. "Quando estava com eles, eu os guardava em teu nome, o nome que me deste. Eu os guardei, e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição, para se cumprir a Escritura. Agora, porém, eu vou para junto de ti, e digo estas coisas estando ainda no mundo, para que tenham em si a minha alegria em plenitude. Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. Eu não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno. Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. Consagra-os pela verdade: a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei ao mundo. Eu me consagro por eles, a fim de que também eles sejam consagrados na verdade.”
Oração
Pai, reforça minha fidelidade a Jesus, de maneira que o Maligno não prevaleça sobre mim. Protege-me contra a maldade do mundo, consagrando-me na verdade.
Comentários
Oração sacerdotal de Jesus
Trata-se, ainda, do discurso de despedida de Jesus. É, por assim dizer, o seu testamento.
O capítulo 17 é denominado oração sacerdotal de Jesus. Próprio do sacerdote é oferecer pelo povo súplicas e orações e o sacrifício de louvor. A oração sacerdotal de Jesus é súplica pelos discípulos.
A comunhão do Filho com o Pai sustentou a missão de Jesus. A comunhão dos discípulos é o apoio fundamental para que ela não esmoreça. A missão de Jesus foi manter unida a comunidade (cf. v. 12). A plenitude da alegria dos discípulos é a alegria de Cristo que, ressuscitado, entra definitivamente na glória de Deus.
Nesta oração sacerdotal, o Senhor confia os discípulos aos cuidados de Deus, para que, estando no mundo, não sejam mundanos; para que, na peregrinação terrestre, mantenham o olhar nas coisas celestes (cf. vv. 15-16).
Carlos Alberto Contieri, sj
Comentário do Evangelho
REZANDO PELOS DISCÍPULOS
Os discípulos foram motivo de preocupação para Jesus, no final de seu ministério. Sua oração insistente ao Pai, implorando em favor deles, revela o amor que lhes devotava, e o anseio de que permanecessem fiéis. Jesus pede ao Pai:
"Guardá-los em teu nome", ou seja, não permitas que sejam contaminados pela idolatria do mundo, com seu germe de ódio e divisão, e seu egoísmo preconceituoso e excludente. Deixando-se guiar pelo Pai, os discípulos estariam no caminho da salvação.
"Livra-os da ação do Maligno". Este não retrocederá nem deixará de investir contra os discípulos de Jesus, só porque estavam sob a proteção do Pai. A audácia deste espírito do Mal seria tamanha a ponto de querer competir com o Criador. Era preciso que o Pai tomasse as dores dos discípulos, para não se tornarem vítimas do Maligno.
"Consagra-os na verdade". Por que seriam tentados a seguir insinuações espúrias, Jesus implora ao Pai que lhes aponte sempre as sendas da verdade, que conduzem à comunhão com ele. Sem esta ajuda, os discípulos não poderiam discernir o erro e a mentira, fatais para quem se encaminha para o Pai.
A súplica de Jesus resume as necessidades dos discípulos, em vista das pelejas que travariam com o mundo. Para não serem vencidos, careciam da proteção constante de Deus, e deveriam permanecer unidos, a exemplo do Pai e de seu Filho Jesus.
Oração
Espírito de proteção, nas batalhas contra o mundo, coloca-te ao meu lado, cobrindo-me com a bênção protetora do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).