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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Como ensinar a fé em um mundo desencantado

Artigo de Enzo Bianchi publicado no jornal La Stampa, em 12 de maio.

A dificuldade em ter fé e crer em si mesmo é a verdadeira patologia do mundo ocidental, nos dias de hoje


Vivemos em uma época marcada por muitos obstáculos, por diversas contradições causadas à fé, de modo que a fé parece incapaz de interessar aos homens e às mulheres de hoje, que vivem na indiferença com relação ao cristianismo e, mais em geral, a toda busca de Deus.

Não só naqueles que se dizem crentes e cristãos de fato, justamente, a fé parece tênue, de pouco fôlego, incapaz de manifestar aquela força que muda a vida, o modo de pensar, sentir e agir: talvez a religiosidade pareça forte, mas a fé, fraca! Também por isso os cristãos são lidos como uma minoria em uma sociedade cada vez mais plural em crenças religiosas e éticas, e expressões espirituais que não fazem nenhuma referência a Deus ou a vias tradicionais.

O mundo de hoje, secularizado, é um mundo "desencantado". Para muitos, Deus não parece evidente e nem mesmo necessário. Pode-se viver sem crer em Deus e construir uma humanidade capaz de escolher uma vida sensata, caracterizada pela paz, justiça, liberdade? Pode-se negar a Deus ou abrir mão dele sem pensar em si mesmos como Deus? Tempos atrás, perguntas desse tipo não eram nem formuláveis, porque Deus era evidente e necessário; hoje, ao invés, conseguimos fazê-las, e fazê-las a nós.

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