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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Brasil precisa encarar a educação como prioridade, diz professor

Desvalorização da carreira e falta de projeto educacional ameaça futuras gerações, diz professor.

Professor em sala de aula: carreira em baixa.
Por Alexandre Vaz
Repórter Dom Total

Na semana em que se celebra o Dia do Professor, o Brasil tem muito pouco a comemorar quando o assunto é educação como ferramenta para a construção de uma sociedade melhor. Além de um sistema educacional defasado, que não prepara os jovens para os desafios do futuro, especialistas concordam que a falta de investimentos e a desvalorização da carreira de professor podem acarretar uma fuga de profissionais da área e, consequentemente, um perigoso “apagão” de professores e mestres.

Segundo o professor de Filosofia e Filosofia do Direito da graduação e do mestrado da Escola Superior Dom Helder Câmara, Émilien Vilas Boas, o Brasil vem sofrendo as consequências de décadas de descaso, fruto, segundo ele, do “carreirismo” da classe política brasileira e da falta de visão de longo prazo. “Cada governo que toma posse vem com ideias mirabolantes que não resolvem nossas questões. Educação nunca foi algo enfrentado efetivamente pelos governantes”, afirma.

Apesar de pesquisas apontarem que o País aumentou o volume de recursos em educação, Émilien Vilas Boas afirma que isso não é o suficiente para garantir formação de jovens de qualidade. Como exemplo, ele cita a atual política do governo federal de incentivar o ingresso de alunos no ensino superior, sem contudo dar a mesma ênfase aos ciclos fundamental e médio.

“E o educador nesta história? Muitas vezes precisa lidar com alunos sem nenhum preparo, tendo que suprir esta defasagem e tomar para si um papel que muitas vezes não lhe cabe”, ressalta.

Como exemplo do descaso, o professor lembra que o Brasil nunca recebeu, por exemplo, o Prêmio Nobel em nenhuma área científica. “É claro que o País não tem obrigação de  profissionais agraciados com o prêmio, mas tal situação apenas ilustra a precariedade que há na educação e na pesquisa brasileira. Há algum tempo vende-se uma imagem de que o país está no caminho certo quanto à educação. Mentira. O ensino é fraco e a pesquisa pior”, destaca.

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