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quinta-feira, 20 de junho de 2013

São Paulo e Rio de Janeiro revogam reajuste da tarifa de transporte público

Mobilização popular deu resultado

As duas maiores cidades do país cederam às pressões populares e revogaram nesta quarta-feira o aumento da tarifa nas passagens de transportes públicos, após uma onda de manifestações que tomou nos últimos dias as ruas de São Paulo e do Rio de Janeiro, além de diversas outras cidades do país.

Na capital paulista, o preço do bilhete de ônibus voltará a ser de 3,00 reais. O valor da tarifa do metrô e do trem metropolitano, sob alçada do governo do Estado, também será reduzido para o mesmo preço, frente aos atuais 3,20 reais.

"Vamos ter que cortar investimentos, porque as empresas (de transportes) não têm como arcar com essa diferença", afirmou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Alckmin fez o anúncio de redução da tarifa ao lado do prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad (PT), pouco após o governo federal afirmar que não tem condições de reduzir mais tributos do setor de transportes.

Na cidade do Rio, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) disse que a passagem de ônibus voltará a 2,75 reais, depois de ter subido para 2,95 reais no início do mês, e enfatizou que isso terá um impacto anual no orçamento do município de cerca de 200 milhões de reais.

São Paulo e Rio vêm sendo os principais palcos das manifestações que começaram há cerca de duas semanas e passaram a incluir, além de redução da tarifa, reivindicações por melhores serviços públicos, combate à corrupção e contra os gastos com a Copa do Mundo de 2014.

O ápice das manifestações até agora ocorreu na segunda-feira, quando mais de 200 mil pessoas foram às ruas de várias capitais. Em sua maioria, os protestos foram pacíficos, mas houve atos de violência empreendidos por pequenos grupos.

Após os protestos de segunda, na maior manifestação popular no Brasil em mais de 20 anos, alguns prefeitos anunciaram queda no preço da passagem de transporte.

Em São Paulo, Haddad e Alckmin relutavam em reduzir a tarifa do transporte público, argumentando que isso implicaria em redução dos recursos destinados a áreas como educação e saúde.

Reuters/domtotal.com

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