Itália supera o Japão de virada e se classifica à semifinal

A Itália de Balotelli foi massacrada, mas teve peciência para esperar o erro
do Japão e vencer a partida mais emocionante da competição até agora

Foi o melhor jogo da Copa das Confederações-2013 até aqui. Emoção de sobra. Os quatro títulos mundiais, uma certa camisa azul e a tradição pesaram, sabe-se lá como. Fato é que a Itália venceu o Japão por 4 a 3, nesta quarta-feira, na Arena Pernambuco, e se classificou às semifinais da competição. O Japão botou a Azzurra na roda, lutou bravamente e até ouviu a torcida gritar "olé" nos momentos em que foi superior, mas sucumbiu e está eliminado.

Os italianos vão jogar contra o Brasil no sábado, em Salvador, para ver quem fica em primeiro no Grupo A. Ambos têm seis pontos. Já o Japão pega o México, em Belo Horizonte, no confronto entre as seleções que já se despediram da disputa. Os dois jogos são às 16h.

Com uma estratégia que deixariam os Kamikazes com inveja, os japoneses deram um baile durante a maior parte do primeiro tempo. Bem diferente do time derrotado pelo Brasil na estreia. Movimentação, velocidade, ultrapassagens pelas laterais, passes, finalizações... Ufa! A Itália não viu a cor da bola e ficou atordoada.

Apesar de todo domínio, o primeiro gol dos Samurais foi polêmico. Pelo segundo jogo seguido, a defesa azzurra falhou (que saudade de Maldini, Nesta, Cannavaro...). O preço pelo recuo impreciso do jovem De Sciglio foi a recuperação rápida de Okazaki. Buffon saiu de carrinho para dividir, tocou primeiro na bola, e o árbitro marcou pênalti. Honda confirmou sua valorização pessoal e não titubeou diante de um dos melhores goleiros do mundo.

A timidez característica dos orientais passou longe da Arena Pernambuco. Os japoneses continuaram assanhados. E tome velocidade, troca de passes, finalizações... gol! Kagawa, apagado na estreia, aproveitou a indecisão de Chiellini e Montolivo para ampliar. Um vexame de proporções históricas começou a se desenhar. Isso tudo com Prandelli já tendo mexido no time pouco antes do gol, trocando Aquilani por Giovinco.

Mas a Itália acordou. Pirlo, sempre ele, achou a cabeça de De Rossi em uma cobrança de escanteio. Prejuízo reduzido e pressão! Por pouco Giaccherini não empatou ainda antes do intervalo. Mas a trave salvou os Samurais.

O embalo da Itália continuou no segundo tempo. Em sete minutos, a virada: no peito, na raça, na sorte e com mais um pênalti duvidoso no jogo. A parte raçuda da reação ficou com o baixinho Giaccherini, que não desistiu de uma bola na linha de fundo. Ele cruzou e aí veio a sorte: Uchida tocou contra o próprio patrimônio. A participação do apito foi na marcação de um toque de mão involuntário dos japoneses dentro da área. Pênalti convertido por Mario Balotelli e Itália em vantagem.

Como o resultado estava eliminando o Japão, a equipe de Alberto Zaccheroni voltou a ser aquela do primeiro tempo: partiu para o sufoco. E até que empatar não foi difícil, ainda mais contra um sistema defensivo tão desatento quanto o italiano. Okasaki se antecipou a Montolivo, que foi para a bola em marcha lenta, e, de cabeça - isso mesmo - balançou a rede.

A facilidade para o Japão atacar continuou. A virada quase veio faltando dez minutos para acabar. Sorte azzurra que a bola caprichosamente bateu na trave e depois no travessão no mesmo lance.

Foi um sinal. A Itália não perderia o jogo. Mesmo um pouco perdida, a Azzurra achou um contra-ataque. Giovinco fez 4 a 3. Que virada! Que... (Gol do Japão? Aos 43? Não, tava impedido...) Que jogo!
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