Meia celeste foi determinante para mais uma eliminação azul em casa num torneio de mata-mata
Roger contribuiu, e muito, para a eliminação do Cruzeiro na Copa do Brasil (Foto: Pedro Vilela/DomTotal) |
O meia Roger prejudicou novamente o Cruzeiro na derrota, por 2 a 1, para o Atlético-PR no jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. A expulsão do jogador foi determinante para a eliminação do time azul no torneio. Roger, que no Campeonato Mineiro só chamou a atenção pela cotovelada dada em Danilinho, recebeu o segundo amarelo ainda no primeiro tempo, levando o vermelho em seguida.
O episódio lembra a eliminação azul na Copa Libertadores da América do ano passado. Na mesma Arena do Jacaré, Roger também foi expulso após receber dois amarelos. Os gols que marcaram a despedida da Raposa da Arena do Jacaré e da Copa do Brasil foram marcados por Guerrón e Liguera para o Atlético-PR e Wellington Paulista para o Cruzeiro.
"A expulsão do Roger acabou prejudicando a gente. O Roger simulou, gritou. O árbitro não errou, quem errou foi o Roger", disse o atacante Wellington Paulista ao final da partida.
Vale lembrar que é o segundo time da Série B do Campeonato Brasileiro que elimina o Cruzeiro neste ano. O primeiro foi o América na semifinal do Campeonato Mineiro.
Pedido de demissão
A sequência negativa - foi a quarta derrota consecutiva - culminou no pedido de demissão do técnico Vágner Mancini. O treinador muito provavelmente sairia de qualquer maneira. Estranhamente, durante a entrevista coletiva após o vexame na Arena do Jacaré, o presidente do clube, Gilvan de Pinho Tavares, admitiu que já havia conversado com "alguns treinadores". Ou seja, antes mesmo do pedido de demissão, Gilvan entrou em contato com outros técnicos para substituir Mancini.
Agora, o Cruzeiro se prepara para a estreia no Campeonato Brasileiro, no dia 20, contra o Atlético-GO, em Uberlândia (MG). Já o Furacão enfrentará o Palmeiras, que despachou o Paraná clube na outra chave da Copa do Brasil..
O jogo
O confronto decisivo começou com muita correria dos dois times. O Atlético-PR tentava acionar seu rápido ponta Guerrón, mas os erros de passe atrapalharam as investidas do Furacão. O Cruzeiro, por sua vez, tentava utilizar as técnicas de Roger e Souza - que jogou no lugar do machucado Montillo - para achar os atacantes na área do time de Curitiba.
A equipe mandante, precisando do resultado de qualquer maneira, parecia mais ligada no jogo e ganhava a maioria das divididas. A raça de Wellington Paulista levava perigo para a defesa do Atlético-PR, mas a pontaria descalibrada de Anselmo Ramon não dava muito trabalho ao goleiro Rodolfo.
O jeito foi explorar as jogadas de bola parada, já que o time de Juan Carrasco abusava das faltas na partida. Souza se encarregava de bater na bola, mas nas três primeiras tentativas, a barreira e o arqueiro paranaense impediram o gol. Sem Paulo Baier, o Furacão não conseguia construir jogadas e o Cruzeiro dominava as ações do duelo.
Contudo, foi justamente em uma saída de bola errada que a Raposa levou o castigo pelas oportunidades perdidas. O uruguaio Liguera enfiou uma bela bola para Guerrón, que saiu na cara do goleiro Fábio e, com extrema frieza, tocou na canto direito do camisa 1 celeste. O gol sofrido criou um clima ruim do Cruzeiro com uma discussão enter Roger e Everton, juntamente com o protesto da torcida contra o técnico Vágner Mancini. E o experiente meia-atacante acabou complicando de vez a situação ao simular um pênalti e ser advertido pelo segundo cartão amarelo, culminando na sua expulsão, aos 35 minutos do primeiro tempo.
Coincidência ou não, bastou Roger sair de campo para o Cruzeiro empatar com Wellington Paulista, em cobrança de pênalti. Inflamado como sempre, o artilheiro celeste fez o time crescer e Leandro Guerreiro quase colocou a Raposa na frente do placar, com um disparo bem direcionado, na entrada da área de Rodolfo.
O segundo tempo
Na volta do intervalo, os comandados do técnico Mancini entraram dispostos a cumprir a difícil missão, fazer mais dois gols no Furacão e carimbar a vaga nas quartas de final da Copa do Brasil. Contudo, com um a menos, o domínio e o ritmo de jogo do Cruzeiro sumiram.
Aproveitando a falta de capricho nos passes simples e os espaços vazios na zaga, a dobradinha estrangeira entre Ligüera e Guerrón se repetiu aos 14 minutos do segundo tempo. O equatoriano disparou pela ponta esquerda, chegou na área livre de marcação e não foi egoísta: rolou para o apoiador uruguaio do outro lado do campo, Ligüera pegou em cheio e venceu o goleiro Fábio com um chute cruzado, firme e rasteiro.
Após ficar com a vantagem do placar, novamente, o time paranaense teve que lidar com a revolta do meia-atacante Souza. Primeiro, o atleta celeste pegou Guerrón e recebeu cartão amarelo por isso. Minutos após o lance, Souza voltou a entrar forte, só que a vítima foi o lateral-esquerdo Herácles. O camisa 10 da Raposa deixou o pé na altura do estômago do jovem atleticano, que teve que ser atendido e quase deixou o time paranaense com um a menos em campo.
Mancini, vendo a desclassificação cada vez mais perto, modificou o time de uma vez e promoveu as duas substituições restantes no espaço de poucos segundos. O Cruzeiro foi para cima sem se preocupar muito e quase chegou ao empate com uma cabeçada certeira de Wellington Paulista, que Herácles afastou em cima da linha do gol.
Todavia, com a chegada dos minutos finais, o cansaço chegou para a Raposa e a equipe comandada por Juan Carrasco chegava ao gol celeste sem grandes dificuldades e só não ampliou a vantagem no jogo por um erro de Bruno Mineiro.
Nos instantes derradeiros do confronto, o toque de bola apático do Cruzeiro simbolizou o sentimento entre os jogadores mineiros. Ao Atlético-PR, restou ter calma para comemorar a classificação na Copa do Brasil.
FICHA TÉCNICA:
CRUZEIRO 1 X 2 ATLÉTICO-PR
Cruzeiro
Fábio; Diego Renan (Wallyson, 15´ do 2ºT), Léo, Alex Silva e Everton; Leandro Guerreiro, Marcelo Oliveira, Souza (Charles, 25´ do 2ºT) e Roger (expulso aos 35´ do 1ºT); Wellington Paulista e Anselmo Ramon (Walter, 25´ do 2ºT) - Técnico: Vágner Mancini.
Atlético-PR
Rodolfo; Cléberson, Bruno Costa, Manoel e Heracles; Deivid, Renan Teixeira (Alan Bahia, 38´ do 1ºT), Zezinho (Pablo, 7´ do 2ºT) e Martín Ligüera; Guerrón e Patrick (Bruno Mineiro, Intervalo) - Técnico: Juan Ramón Carrasco.
Local: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG)
Data/hora: 09/5/2012, às 22h
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO)
Auxiliares: Fábio Pereira (TO) e Marrubson Melo Freitas (DF)
Público/Renda: 8.769 pagantes e R$ 156.707,00
Cartões amarelos: Roger e Souza (CRU); Renan Teixeira, Zezinho, Patrick e Guerrón (ATL)
Cartões vermelhos: Roger, aos 35´ do 1ºT (CRU)
Gols: Gerrón, aos 26´ do 1ºT (0-1); Wellington Paulista, aos 39´ do 1ºT (1-1) e Liguera, aos 14´ do 2ºT (1-2).
"A expulsão do Roger acabou prejudicando a gente. O Roger simulou, gritou. O árbitro não errou, quem errou foi o Roger", disse o atacante Wellington Paulista ao final da partida.
Vale lembrar que é o segundo time da Série B do Campeonato Brasileiro que elimina o Cruzeiro neste ano. O primeiro foi o América na semifinal do Campeonato Mineiro.
Pedido de demissão
A sequência negativa - foi a quarta derrota consecutiva - culminou no pedido de demissão do técnico Vágner Mancini. O treinador muito provavelmente sairia de qualquer maneira. Estranhamente, durante a entrevista coletiva após o vexame na Arena do Jacaré, o presidente do clube, Gilvan de Pinho Tavares, admitiu que já havia conversado com "alguns treinadores". Ou seja, antes mesmo do pedido de demissão, Gilvan entrou em contato com outros técnicos para substituir Mancini.
Agora, o Cruzeiro se prepara para a estreia no Campeonato Brasileiro, no dia 20, contra o Atlético-GO, em Uberlândia (MG). Já o Furacão enfrentará o Palmeiras, que despachou o Paraná clube na outra chave da Copa do Brasil..
O jogo
O confronto decisivo começou com muita correria dos dois times. O Atlético-PR tentava acionar seu rápido ponta Guerrón, mas os erros de passe atrapalharam as investidas do Furacão. O Cruzeiro, por sua vez, tentava utilizar as técnicas de Roger e Souza - que jogou no lugar do machucado Montillo - para achar os atacantes na área do time de Curitiba.
A equipe mandante, precisando do resultado de qualquer maneira, parecia mais ligada no jogo e ganhava a maioria das divididas. A raça de Wellington Paulista levava perigo para a defesa do Atlético-PR, mas a pontaria descalibrada de Anselmo Ramon não dava muito trabalho ao goleiro Rodolfo.
O jeito foi explorar as jogadas de bola parada, já que o time de Juan Carrasco abusava das faltas na partida. Souza se encarregava de bater na bola, mas nas três primeiras tentativas, a barreira e o arqueiro paranaense impediram o gol. Sem Paulo Baier, o Furacão não conseguia construir jogadas e o Cruzeiro dominava as ações do duelo.
Contudo, foi justamente em uma saída de bola errada que a Raposa levou o castigo pelas oportunidades perdidas. O uruguaio Liguera enfiou uma bela bola para Guerrón, que saiu na cara do goleiro Fábio e, com extrema frieza, tocou na canto direito do camisa 1 celeste. O gol sofrido criou um clima ruim do Cruzeiro com uma discussão enter Roger e Everton, juntamente com o protesto da torcida contra o técnico Vágner Mancini. E o experiente meia-atacante acabou complicando de vez a situação ao simular um pênalti e ser advertido pelo segundo cartão amarelo, culminando na sua expulsão, aos 35 minutos do primeiro tempo.
Coincidência ou não, bastou Roger sair de campo para o Cruzeiro empatar com Wellington Paulista, em cobrança de pênalti. Inflamado como sempre, o artilheiro celeste fez o time crescer e Leandro Guerreiro quase colocou a Raposa na frente do placar, com um disparo bem direcionado, na entrada da área de Rodolfo.
O segundo tempo
Na volta do intervalo, os comandados do técnico Mancini entraram dispostos a cumprir a difícil missão, fazer mais dois gols no Furacão e carimbar a vaga nas quartas de final da Copa do Brasil. Contudo, com um a menos, o domínio e o ritmo de jogo do Cruzeiro sumiram.
Aproveitando a falta de capricho nos passes simples e os espaços vazios na zaga, a dobradinha estrangeira entre Ligüera e Guerrón se repetiu aos 14 minutos do segundo tempo. O equatoriano disparou pela ponta esquerda, chegou na área livre de marcação e não foi egoísta: rolou para o apoiador uruguaio do outro lado do campo, Ligüera pegou em cheio e venceu o goleiro Fábio com um chute cruzado, firme e rasteiro.
Após ficar com a vantagem do placar, novamente, o time paranaense teve que lidar com a revolta do meia-atacante Souza. Primeiro, o atleta celeste pegou Guerrón e recebeu cartão amarelo por isso. Minutos após o lance, Souza voltou a entrar forte, só que a vítima foi o lateral-esquerdo Herácles. O camisa 10 da Raposa deixou o pé na altura do estômago do jovem atleticano, que teve que ser atendido e quase deixou o time paranaense com um a menos em campo.
Mancini, vendo a desclassificação cada vez mais perto, modificou o time de uma vez e promoveu as duas substituições restantes no espaço de poucos segundos. O Cruzeiro foi para cima sem se preocupar muito e quase chegou ao empate com uma cabeçada certeira de Wellington Paulista, que Herácles afastou em cima da linha do gol.
Todavia, com a chegada dos minutos finais, o cansaço chegou para a Raposa e a equipe comandada por Juan Carrasco chegava ao gol celeste sem grandes dificuldades e só não ampliou a vantagem no jogo por um erro de Bruno Mineiro.
Nos instantes derradeiros do confronto, o toque de bola apático do Cruzeiro simbolizou o sentimento entre os jogadores mineiros. Ao Atlético-PR, restou ter calma para comemorar a classificação na Copa do Brasil.
FICHA TÉCNICA:
CRUZEIRO 1 X 2 ATLÉTICO-PR
Cruzeiro
Fábio; Diego Renan (Wallyson, 15´ do 2ºT), Léo, Alex Silva e Everton; Leandro Guerreiro, Marcelo Oliveira, Souza (Charles, 25´ do 2ºT) e Roger (expulso aos 35´ do 1ºT); Wellington Paulista e Anselmo Ramon (Walter, 25´ do 2ºT) - Técnico: Vágner Mancini.
Atlético-PR
Rodolfo; Cléberson, Bruno Costa, Manoel e Heracles; Deivid, Renan Teixeira (Alan Bahia, 38´ do 1ºT), Zezinho (Pablo, 7´ do 2ºT) e Martín Ligüera; Guerrón e Patrick (Bruno Mineiro, Intervalo) - Técnico: Juan Ramón Carrasco.
Local: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG)
Data/hora: 09/5/2012, às 22h
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO)
Auxiliares: Fábio Pereira (TO) e Marrubson Melo Freitas (DF)
Público/Renda: 8.769 pagantes e R$ 156.707,00
Cartões amarelos: Roger e Souza (CRU); Renan Teixeira, Zezinho, Patrick e Guerrón (ATL)
Cartões vermelhos: Roger, aos 35´ do 1ºT (CRU)
Gols: Gerrón, aos 26´ do 1ºT (0-1); Wellington Paulista, aos 39´ do 1ºT (1-1) e Liguera, aos 14´ do 2ºT (1-2).
Fonte: Lance/Redação DomTotal
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