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sexta-feira, 7 de março de 2014

O Rei que come animais do Reino

Roberto Carlos estimula a matança de animais em comercial veiculado em rede nacional.




Por Vera Cristofani*

Num mundo repleto de violência, um rei justo deveria usar a sua influência para dar exemplos de como acabar com ela, onde quer que seja possível, ao invés de incentivá-la. No entanto, não foi isso que vimos recentemente em relação ao rei Roberto Carlos, que diziam que era "vegetariano", isto é, talvez não comesse carne vermelha e deixou de ser para participar de um comercial de uma indústria de carne. Roberto Carlos tem sido muito criticado porque, do ponto de vista moral, do que é certo ou errado, sua atitude é realmente lamentável e inaceitável, porque é contrária ao estado de paz que todos dizemos almejar.

Um caminho que deveria ser trilhado, por ele e por todos, é em direção à justiça para os animais através da eliminação de todos os produtos de origem animal possíveis das nossas vidas, e não um retorno à celebração da carne juntamente com a promoção do seu consumo em rede nacional.

À parte o apelo dos comerciais e interesses econômicos envolvidos neles, todos nós, e não somente Roberto Carlos, deveríamos começar a pensar, de forma crítica, sobre as mensagens que têm sido depositadas em nossa mente desde a infância não apenas pelos comerciais, mas também pela família, escola e sociedade em geral.

Por exemplo, quando vemos a carne servida no prato sobre uma bonita mesa de um restaurante e estamos felizes ao lado de amigos e familiares, parecemos esquecer completamente que o que vamos ingerir é parte de um serque, como nós, sentia dor, teve uma mãe e um pai e tinha um interesse enorme em não sofrer e não morrer desnecessariamente.

Somente para satisfazer o "prazer" do nosso paladar, ele foi trazido à existência, explorado, torturado e morto. Se fosse somente um, já seria demais, porém são 150 milhões por dia, 57 bilhões de animais mortos por ano, sem contar os animais aquáticos, somente para alimentação. Um número estarrecedor de violência e morte em que participamos direta e diariamente.

Sair desse ciclo de violência não significa que deixaremos de nos alimentar bem com comidas saborosas, de ser saudáveis ou de sair para celebrar com os amigos. Só significa que já está mais do que na hora de nos posicionarmos de forma a não prejudicar os animais. Significa que temos que parar de usar os animais como se fossem coisas, como se fossem produtos e como recursos para os nossos fins.

Significa que temos que agir de acordo com aquela convicção que nos diz que é errado causar dano ao outro sem ter um motivo convincente para fazer isso. Significa que deveríamos parar de receber influências maléficas de outros e chegar à conclusão de que a coisa certa a fazer é parar de explorar e matar esses bilhões de seres sencientes através da adoção do veganismo.

*Vera Regina Cristofani é jornalista, editora do site veganospelaabolicao.org e coordenadora do Grupo de Estudos da Teoria de Direitos Animais Abolicionista de Gary Francione (GEFRAN).

domtotal.com

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