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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Seminário ressalta urgência na troca do modelo econômico brasileiro

Segundo debatedores, o atual modelo econômico é insustentável e
privilegia apenas alguns setores, como a mineração

A situação do Estado de Mato Grosso no contexto da macropolítica econômica, os possíveis impactos ambientais e as políticas e estratégias de enfrentamento foram  temas de um seminário, realizado na última semana, em Cuiabá. A reportagem foi publicada por Instituto Centro e Vida (ICV).

Logo no começo do seminário, Bruno Milanez, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), explicou que o Brasil passou por diferentes políticas de desenvolvimento econômico e que, desde 2003, adotou o neodesenvolvimentismo, cuja ideia é combater a pobreza e as desigualdades com base no crescimento econômico. Esse crescimento, segundo o professor, só seria possível com uma forte aliança entre empresas e Estado, em busca de um mercado lucrativo e competitivo. “O inconveniente é que tal política é extremamente insustentável e privilegia apenas certos setores como o agronegócio, a mineração, e a siderurgia, apoiada a megaobras de infraestrutura correspondentes”, explicou.

Debora Calheros, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), falou sobre os casos das Usinas Hidrelétricas (UHE) e das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) no Pantanal, obras que interferem negativamente no processo hidroecológico vital do ponto de vista ambiental, mas também econômico social e cultural. Ela explicou que o problema é que não se respeita um grande número de leis, convenções e tratados, além de se ignorar muitos estudos e conhecimentos tradicionais e históricos sobre a questão.

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