Aqui vou expor fatos corriqueiros de meu dia a dia.
Notícias e textos de cunho religioso.
Espero que algum destes possa de alguma forma lhe ajudar. Ou pelo menos, auxiliar em boas gargalhadas.
Parábolas do Reino. Mt 13,31-35 Jesus apresentou-lhes outra parábola ainda: “O Reino dos Céus é como um grão de mostarda. Embora seja ...
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Evangelho do dia 17/06/2013
"Olho por olho?" Não!
Mt 5,38-42
“Ouvistes que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ Ora, eu vos digo: não ofereçais resistência ao malvado! Pelo contrário, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda! Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se alguém te forçar a acompanhá-lo por um quilômetro, caminha dois com ele! Dá a quem te pedir, e não vires as costas a quem te pede emprestado.”
Oração
Pai, não permitas que a violência tome conta do meu coração; antes, torna-me capaz de responder, com gestos de amor, a quem me faz o mal.
Comentários
Não pagar o mal com o mal. Não responder à violência com violência.
Trata-se, nesta quinta antítese, da superação da “lei do talião” (do latim, talis = tal): reparação exigida do criminoso que devia ser proporcional ao mal que ele causou.
Esta antítese exemplifica, uma vez mais, a bem-aventurança da misericórdia, da operatividade da paz, da capacidade de perdão. A lei do talião visava pôr limites à sede de vingança do ser humano, impondo ao agressor o mesmo tratamento que ele tinha dado à vítima (cf. Ex 21,24; Lv 24,20; Dt 19,21). “Não resistir ao malvado” significa não fazer frente a ele, não pagar com a mesma moeda, não pagar o mal com o mal. Não responder à violência com violência.
Carlos Alberto Contieri, sj
Comentário do Evangelho
A VIOLÊNCIA SUPERADA
O discípulo do Reino não pode contentar-se com a prática de retribuir olho por olho e dente por dente. Ele se caracteriza pela capacidade de, com firmeza, quebrar a espiral de violência através de atitudes chocantes, até mesmo, para seu agressor. Não é fácil imaginar alguém oferecendo a face esquerda para ser esbofeteada quando já se recebeu um bofetão na direita. Do mesmo modo, alguém que pretenda extorquir uma túnica, em juízo, e ver o lesado oferecer-lhe também o manto. Ou, então, quem é obrigado a fazer companhia a alguém, numa longa caminhada, para protegê-lo dos assaltos, mostrar-se disposto a caminhar o dobro.
Estas atitudes são, à primeira vista, insensatas e injustificáveis. Mas, são normas de conduta para o discípulo. Que finalidade teriam? Jesus não estava pregando uma espiritualidade da humilhação e do sofrimento. Não lhe interessava ver o discípulo humilhado. O gesto proposto visava converter o agressor para o Reino. Mostrar-lhe que é possível viver sem violência. Abrir-lhe os olhos para a possibilidade de se relacionar com o próximo sem transformá-lo em objeto de seu ódio e estabelecer relações verdadeiramente fraternas e amistosas. A não-violência do discípulo do Reino, portanto, é vivida de forma positiva e construtiva. O Reino vai se construindo onde a violência dá lugar ao amor.
Oração
Senhor Jesus, dá-me força para quebrar a espiral da violência e transformar o ódio em amor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
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