Aqui vou expor fatos corriqueiros de meu dia a dia.
Notícias e textos de cunho religioso.
Espero que algum destes possa de alguma forma lhe ajudar. Ou pelo menos, auxiliar em boas gargalhadas.
Parábolas do Reino. Mt 13,31-35 Jesus apresentou-lhes outra parábola ainda: “O Reino dos Céus é como um grão de mostarda. Embora seja ...
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Evangelho do dia 05/06/2013
Creio na Ressurreição!
Mc 12,18-27
Uns saduceus, os quais dizem não existir ressurreição, aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se alguém tiver um irmão e este morrer, deixando a mulher sem filhos, ele deve casar-se com a mulher para dar descendência ao irmão’. Havia sete irmãos. O mais velho casou-se com uma mulher e morreu sem deixar descendência. O segundo, então, casou-se com ela e igualmente morreu sem deixar descendência. A mesma coisa aconteceu com o terceiro. E nenhum dos sete irmãos deixou descendência. Depois de todos, morreu também a mulher. Na ressurreição, quando ressuscitarem, ela será a esposa de qual deles? Pois os sete a tiveram por esposa?” Jesus respondeu: “Acaso não estais errados, porque não compreendeis as Escrituras, nem o poder de Deus? Quando ressuscitarem dos mortos, os homens e as mulheres não se casarão; serão como anjos no céu. Quanto à ressurreição dos mortos, não lestes, no livro de Moisés, na passagem da sarça ardente, como Deus lhe falou: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó!’ Ele é Deus não de mortos, mas de vivos! Estais muito errados”.
Oração
Pai, tu és o Senhor da vida e me conduzes para a vida eterna junto de ti. Aumenta a minha fé de que não estou destinado à morte, e sim à comunhão contigo.
Comentários
Deus é surpreendente
Agora, é a vez dos saduceus. Eles não são propriamente um grupo religioso, mas uma espécie de aristocracia ligada ao Templo de Jerusalém. A questão é sobre a ressurreição que eles não acreditam, ao contrário dos fariseus. Apresentam um caso absurdo com o intuito de ridicularizar a fé na ressurreição. Para isso, recorrem à lei do levirato (ver: Dt 25,5-6). Na resposta Jesus revela a ignorância deles: interpretam mal a Escritura e desconhecem o poder de Deus, supondo que a morte anulasse o poder de Deus. Os saduceus, buscando ridicularizar a crença na ressurreição, a apresentam como pura continuidade da vida terrestre. Engano! Deus é surpreendente. É preciso abrir-se à novidade de Deus e nele esperar. Pensaram poder falar da ressurreição prescindindo de Deus. Ora, sem a relação ao Deus dos vivos, a própria Escritura é letra morta.
Carlos Alberto Contieri, sj
Comentário do Evangelho
O DEUS DOS VIVOS
A ressurreição dos mortos era uma doutrina rejeitada pelos saduceus e aceita pelos fariseus. A pergunta dos saduceus visa, em vão, fazer Jesus optar por uma destas facções.
O exemplo contado pelos saduceus peca gravemente por interpretar, de maneira indevida, a ressurreição dos mortos com categorias terrenas. O esquema da história dos sete casamentos sucessivos da mulher com sete diferentes homens vale para a existência terrena. Com a ressurreição se passa de modo diverso. Aí não se pode falar de casar e dar-se em casamento, pois a condição do ser humano após a morte o faz semelhante aos anjos no céu, ou seja, não subordinado às categorias de espaço e tempo e não sujeitos às carências próprias da existência terrena. Não vale falar em relação matrimonial em se tratando da ressurreição.
A resposta de Jesus redunda em denúncia da concepção de ressurreição tanto dos fariseus quanto dos saduceus. Eles, sem dúvida, viviam em constante litígio por causa de problemáticas inconvenientes em torno das quais giravam suas reflexões. Jesus propõe a ambos refazerem seu modo de pensar e não atrelarem as coisas de Deus a seus próprios esquemas. A perspectiva aberta parte do pressuposto de ser seu Deus o Deus de vivos e não de mortos. Junto dele, as categorias terrenas perdem seu valor. Quem quiser pensar a ressurreição deve partir da indicação dada por Jesus, senão se enredará em falsos problemas.
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a pensar corretamente o mistério da ressurreição sem projetar nele minhas categorias humanas.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
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