Aqui vou expor fatos corriqueiros de meu dia a dia.
Notícias e textos de cunho religioso.
Espero que algum destes possa de alguma forma lhe ajudar. Ou pelo menos, auxiliar em boas gargalhadas.
Ele chamou os Doze, começou a enviá-los dois a dois e deu-lhes poder sobre os espíritos impuros. Mandou que não levassem nada pelo caminho [...]. Dizia-lhes ainda: “Quando entrardes numa casa, permanecei ali até a vossa partida. Se em algum lugar não vos receberem, saí de lá e sacudi a poeira dos vossos pés, para que sirva de testemunho contra eles”. Eles então saíram para proclamar que o povo se convertesse. Expulsavam muitos demônios, ungiam com óleo numerosos doentes e os curavam.
Oração
Pai, ajuda-me a superar toda tentação de acomodar-me, pois, como apóstolo do teu Reino, tenho de estar, continuamente, a caminho.
Comentários
Escolhidos e enviados
Quando do chamado dos Doze sobre o monte (Mc 3,13-19), o autor do evangelho já informou ao ouvinte e/ou leitor que a vocação dos discípulos tem um duplo aspecto: acompanhar Jesus e disponibilidade para serem enviados em missão. O texto do evangelho de hoje é o relato do envio em missão dos Doze. A pregação deles, como a de Jesus (cf. Mc 1,15) e a de João Batista (cf. Mc 1,4), é um apelo à conversão. Há uma longa tradição bíblica perpassando, de algum modo, todos os textos da Escritura, que interpela o povo a uma profunda e verdadeira conversão, condição para viver fielmente a Aliança e para reconhecer o tempo da visita salvífica de Deus em Jesus Cristo. O poder que eles detêm é o poder do Senhor (cf. Mc 1,21-28). Nas recomendações para a missão estão as exigências que associam os discípulos a Jesus e os identificam com ele: para a missão, só o necessário para a mobilidade e a disponibilidade (cf. Ex 12,11); é necessário desapego, pois a confiança não pode estar nos meios, mas no próprio Senhor que os envia, e também é preciso contar com a rejeição. Dito de outra maneira, as pessoas devem ver realizado nos discípulos o que eles anunciam. O relato tem um forte apelo eclesial: a missão da Igreja está fundamentada num mandato do Senhor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Comentário do Evangelho
PREGAR NA POBREZA
Quando Jesus enviou seus discípulos para anunciar o evangelho do Reino, ordenou-lhe pregar na pobreza. Só lhes foi permitido levar um simples bastão, talvez para se protegerem de animais ferozes, e calçar sandálias, por causa das longas caminhadas. Tudo mais se reduzia às roupas do corpo. Por que tanto rigor da parte de Jesus?
Agindo assim, os apóstolos não corriam o risco de atrair gente por motivos alheios à proposta do Reino. Seria inútil recorrer aos apóstolos esperando encontrar o que não fosse estritamente a palavra de Deus e seu apelo de conversão. Por outro lado, os apóstolos ficavam livres da tentação de atrair discípulos para si mesmos, esquecendo de que sua missão era a de fazer discípulos para o Senhor. Os apóstolos, pregando na pobreza, eram forçados a se entregarem totalmente à providência de Deus. Ela não haveria de permitir que lhes faltasse pão, nem o necessário para a sobrevivência. Esta dependência da caridade alheia, porém, não podia por em questão a gratuidade do ministério dos apóstolos. Esses não pregavam, com espírito venal, pensando em tirar partido e obter proveitos. E, sim, desempenhavam sua função de maneira desinteressada, deixando à providência a questão do próprio sustento.
Apesar de sua opção pelo despojamento, os discípulos deveriam manter no horizonte a possibilidade de serem rejeitados. Nem por isso estariam dispensados da missão.
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a compreender a importância de anunciar o teu Reino, na pobreza, entregue totalmente nas mãos da tua providência.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
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