O título do Campeonato Brasileiro 2013 do Cruzeiro é incontestável. Campeão com quatro rodadas de antecedência e vencendo todos os adversários pelo menos uma vez. Campanha perfeita, irreparável. Não há o que discutir. Mas a conquista celeste trouxe à tona uma velha polêmica: a unificação dos títulos.
O Cruzeiro precisou fazer oito jogos para ganhar a Taça Brasil. O vice-campeão, Santos, fez quatro. Um dos semifinalistas, o Fluminense, fez dois. A fórmula era o mata-mata e permitia que alguns times entrassem em fases mais adiantadas da competição. Em 1965, o Peixe fez apenas quatro jogos para ser campeão da Taça Brasil.
Já um campeonato tem muito mais jogos para cada time, sem um intervalo muito grande entre eles, e é mais longo. Pode mesclar uma primeira fase na qual todas as equipes se enfrentam com mata-mata nas fases seguintes ou ser disputado como acontece atualmente, somente em pontos corridos.
Brasileirão x Copa do Brasil
Se levarmos em conta o quilate dos participantes, o número de jogos de cada time, a fórmula e o conceito de campeonato e copa, a Taça Brasil de 1966 está mais para Copa do Brasil do que para Campeonato Brasileiro.
Teixeira teria recebido propina de uma empresa de marketing esportivo que detinha os direitos de comercialização da Copa do Mundo. Diante disso, nada melhor que desviar a atenção do que realmente interessava para a tal unificação.
Com uma canetada e o envio de um fax para os clubes beneficiados, Ricardo Teixeira tornava, por exemplo, o Palmeiras e o Santos, octacampeões brasileiros. Uma das maiores críticas em relação à unificação é justamente em relação à pessoa que a tornou realidade e os motivos, nada nobres, que a levaram a fazer isso.
Robertão
Alguns dizem que é tetra
- Juliano, li a sua coluna dessa semana.
- Sim, e me fez pensar como seria a narração do tetra do Cruzeiro no Barradão.
- Tetra?
- É, tetra. Se a torcida e os jogadores fizeram festa no Mineirão com volta olímpica e taça de papelão e se dizem tri, então se ganhar do Vitória é tetra. Fiquei imaginando como o Galvão Bueno vai narrar a conquista assim que o jogo do Atlético-PR terminar em Santa Catarina, ainda com a partida em andamento na Bahia: “Cabouuu! Cabouuu! Acabouuu! É tetra! É tetra! É tetra! O Cruzeiro, três dias depois, é tetra campeão brasileiro de futebol. Cruzeiro, Cruzeiro, Cruzeiro! Para mostrar quem manda no futebol brasileiro”.
Juliano Paiva escreve toda segunda-feira no DomTotal.com
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