É certo que se o Tricolor passar será o adversário do Galo na fase seguinte. E isto é motivo mais do que suficiente para o Alvinegro juntar todas as suas forças para “matar” o São Paulo agora, neste momento que está mais vulnerável.
É certo que se o Tricolor passar será o adversário do Galo na fase seguinte. E isto é motivo mais do que suficiente para o Alvinegro juntar todas as suas forças para “matar” o São Paulo agora, neste momento que está mais vulnerável.
Não por acaso o São Paulo carrega a mística de time que nunca morre. Quando menos se espera, o Tricolor ressurge forte como nunca.
O Atlético já experimentou isso da pior maneira possível. Em 1977, com um time espetacular no Campeonato Brasileiro, o Galo teve que se contentar com o vice-campeonato invicto.
O campeão foi o São Paulo na disputa de pênaltis em pleno Mineirão. O Tricolor perdeu as duas primeiras penalidades, defendidas por João Leite. Neste momento tudo era favorável ao Galo: 1 a 0 no placar dos pênaltis, Mineirão empanturrado em preto e branco e seu goleiro super confiante.
O São Paulo parecia morto. Parecia... Depois de ambas as equipes converterem a terceira cobrança, o Tricolor acertou também a quarta, enquanto Joãozinho Paulista perdeu para o lado alvinegro. Tudo igual no placar: 2 a 2. No último pênalti, Bezerra converteu para o time paulista e Márcio isolou.
O Atlético deu chance e o São Paulo teve forças para reagir. Venceu a disputa por 3 a 2 e levou a taça. Choro atleticano.
Jason vive
Passados 30 anos – a disputa de pênaltis do Brasileiro de 1977 aconteceu em 1978 –, o São Paulo fez outra vitima. Em 2008, o Grêmio teve o dissabor de perder o titulo Brasileiro para o São Paulo depois de estar 11 pontos à frente do Tricolor. Na 20ª rodada, o Tricolor gaúcho tinha 44 pontos e o paulista, 33. Eram líder e 5º colocado, respectivamente.
Na 33ª rodada, contudo, o São Paulo passou o Grêmio na classificação: 62 a 60. Enquanto os paulistas conseguiram uma vitória contundente em cima do Internacional, 3 a 0, no Morumbi, os gaúchos apenas empataram com o Figueirense, 1 a 1, no Olímpico.
Daí para frente o São Paulo não perdeu mais a ponta, o que lhe rendeu o apelido de Jason. Sim, aquele mesmo que nunca morre do clássico filme de terror “Sexta-Feira 13”.
Durante a conquista do terceiro Brasileiro consecutivo, o sexto da história, sendo que o primeiro foi justamente aquele dos pênaltis em cima do Atlético, a torcida são-paulina passou a usar máscaras de hóquei como as de Jason. Entre o primeiro filme, de 1980, e o 12º e último, de 2009, Jason ressuscitou seis vezes.
E mais um detalhe, muito importante. Nos filmes, toda vez que Jason volta, surge ainda mais forte e elimina, sem piedade, quem aparece pela frente. Dizem que o São Paulo também é assim. O Atlético que se cuide.
Juliano Paiva escreve toda segunda-feira no DomTotal.com
Redação DomTotal
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