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Perseguições e sofrimento Mt 10,17-22 “Cuidado com as pessoas, pois vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. P...
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Portugal vende o ouro que roubou de Minas
Em meio à crise européia os lusitanos lançam mão de um tesouro usurpado
Por Marco Lacerda*
Ora, pois, pois! Portugal está vendendo ouro para pagar contas e tentar driblar a crise na qual mergulhou junto com boa parte da Europa. Segundo informações do Jornal Nacional, divulgadas nesta segunda-feira, sete toneladas do vil metal já foram vendidas em forma de brincos, anéis, colares e outras tolices.
O mundo dá voltas e a História também. A menos que se prove a procedência do ouro que está sendo vendido, Portugal estaria comercializando o que nunca lhe pertenceu: o ouro roubado do Brasil, mais precisamente de Minas Gerais, numa operação ocorrida entre 1697 e 1810, movida pela cobiça e pela ganância da Coroa lusitana, com o aval da Igreja católica, que deixou um rastro de horror e amargura na história universal.
Era uma época em que o ouro não tinha vergonha de se mostrar, estava à vista em boa parte do solo mineiro, para quem quisesse ver e desfrutar. Os portugueses, rei dos mares, chegaram antes. Nesse período foram extraídas das jazidas de Minas o equivalente a 1.000 toneladas de ouro, ou seja, 1 milhão de quilos de ouro, das quais 800 toneladas seguiram para a Europa.
Diz o jornalista e escritor Lucas Figueiredo em seu livro “Boa Ventura” que “essa impressionante massa de metal precioso ajudou a fortalecer o nascente capitalismo, mas fez mais que isso. O ouro do Brasil foi pulverizado por toda a Europa”
Quem já foi a Braga, aprazível cidade situada no norte de Portugal, com certeza teve, talvez pela primeira vez, a oportunidade de conhecer um lugar coberto de ouro. Foi de lá que saiu boa parte dos portugueses designados para a missão escusa de participar do assaque ao ouro de Minas Gerais – motivo pelo qual até hoje esses mercenários são chamados carinhosamente de “brasileiros”. Seja como for, qualquer igreja de Ouro Preto não passa de mera bijuteria se comparada ao esplendor dourado das igrejas de Braga.
Fica aqui uma dica para o atual bando de candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte e, mais adiante, para os pretendentes ao governo do Estado: que interfiram com uma ação internacional que – na impossibilidade de reaver o que nos foi roubado – pelo menos obrigue nossos “irmãos” lusitanos a pagar uma taxa sobre os lucros auferidos na atual negociata. Nem que para isso seja necessária a intervenção da ONU, da OEA e, porque não, da Corte Haia.
Sugestão: que os possíveis ganhos de tal causa sejam destinados às comunidades indígenas e negras, as maiores vítimas daquele período abominável da nossa história, quando eram tratados como animais e durante anos submetidos a torturas de todo tipo.
Seja como for, é inevitável lembrar que a atitude dos portugueses, hoje, faz lembrar o que, nas culturas orientais, costuma-se chamar de “carma”, o que, traduzido em bom português, ou melhor, brasileiro, corresponde ao velho ditado popular: aqui se faz, aqui se paga.
Quando nada, que de agora em diante o procurador-geral da República, Roberto Gurgel – em suas divagações sobre as futricas do mensalão – escolha situação mais adequada para usar os versos de Chico Buarque: “Dormia a nossa pátria-mãe tão distraída, sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações”.
Valeu a intenção, procurador, mas, em ambos os casos, o que a gente quer é a grana de volta.
Fonte: Redação Dom Total
*Marco Lacerda é jornalista, escritor e Editor Especial do DomTotal
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