Aqui vou expor fatos corriqueiros de meu dia a dia.
Notícias e textos de cunho religioso.
Espero que algum destes possa de alguma forma lhe ajudar. Ou pelo menos, auxiliar em boas gargalhadas.
Parábolas do Reino. Mt 13,31-35 Jesus apresentou-lhes outra parábola ainda: “O Reino dos Céus é como um grão de mostarda. Embora seja ...
segunda-feira, 23 de junho de 2014
Evangelho do dia 23/06/2014
Não julgar!
Mt 7,1-5
“Não julgueis, e não sereis julgados. Pois com o mesmo julgamento com que julgardes os outros sereis julgados; e a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós. Por que observas o cisco no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou, como podes dizer ao teu irmão: ‘Deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão.”
Oração
Pai, livra-me de julgar meus semelhantes de maneira severa e impiedosa. Que eu seja misericordioso com eles, assim como és misericordioso comigo.
Comentários
Julgar os outros significa também condená-los.
Há no evangelho de hoje duas exortações: a primeira de não julgar os outros (vv. 1-2) e a segunda contra a hipocrisia (vv. 3-5). O juízo contra os outros é uma forma de rotular a pessoa e petrificá-la numa imagem irreversível, isto é, sem oferecer-lhe nenhuma possibilidade de defesa ou de mudança. Julgar os outros significa também condená-los. No evangelho de João, no diálogo de Jesus com Nicodemos, encontramos a oposição entre julgar e salvar: “Deus não enviou o seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele” (Jo 3,17). A escatologia (v. 2) deve iluminar a vida presente do discípulo e orientar o seu comportamento. A segunda exortação diz respeito à hipocrisia que é caracterizada nesses termos: alguém vê um pequeno defeito na vida do irmão e esse pequeno defeito passa a ser a sua maior ocupação. No entanto, por causa da própria cegueira a pessoa não reconhece a gravidade de sua própria situação, nem faz nenhum esforço para eliminá-la. Na controvérsia com os fariseus, Jesus faz essa declaração contundente: “Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas dizeis: nós vemos! Vosso pecado permanece” (Jo 9,41). No ditado popular dizemos: “Cegueira maior tem aquele que não quer ver”.
Carlos Alberto Contieri, sj
Comentário do Evangelho
A PROIBIÇÃO DE JULGAR
O imperativo de Jesus, a respeito do julgamento do próximo, reveste-se de uma profundidade imperceptível à primeira vista. Seu pressuposto é que ninguém pode ser identificado com seus atos exteriores, ou com suas aparências. Dentro de cada um, existe um mistério profundo e impenetrável, cujo conhecimento é reservado unicamente a Deus. É preciso respeitá-lo, sabendo que, por trás de cada ato humano, existe uma história que nos escapa.
O discípulo do Reino evita qualquer tipo de julgamento, a não ser quando é feito por amor ao próximo. Só o amor possibilita-o posicionar-se de maneira conveniente em relação a seu semelhante, e emitir um juízo a seu respeito. Quem é movido pelo ódio ou pela malevolência, jamais será capaz de olhá-lo com objetividade e emitir um juízo verdadeiro sobre ele.
O julgamento mais radical ao qual o ser humano será submetido é o de condenação ou de salvação. Evidentemente, só ao Pai compete fazer tal julgamento. Aqui, também, vale o critério do amor. Ou seja, apenas o Pai ama tanto o ser humano, a ponto de poder determinar se este é merecedor de salvação ou de condenação. Ele conhece cada pessoa, na sua intimidade. Por isso, não corre o risco de se enganar. É com misericórdia que ele pesa as ações humanas.
Oração
Espírito que leva a respeitar os semelhantes, educa-me a usar de misericórdia para com o meu próximo, de sorte que eu não seja levado a julgá-lo negativamente.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
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