Aqui vou expor fatos corriqueiros de meu dia a dia.
Notícias e textos de cunho religioso.
Espero que algum destes possa de alguma forma lhe ajudar. Ou pelo menos, auxiliar em boas gargalhadas.
Jesus foi para o Monte das Oliveiras. [...] Os escribas e os fariseus trouxeram uma mulher apanhada em adultério. Colocando-a no meio, disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi flagrada cometendo adultério. Moisés, na Lei, nos mandou apedrejar tais mulheres. E tu, que dizes?” [...] Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra!” [...].
Oração
Pai, tira do meu coração a maldade e a hipocrisia que me tornam juiz iníquo do meu semelhante, não me permitindo ver a necessidade de pôr em ordem a minha vida.
Comentários
O rosto misericordioso de Deus
O Templo é para Jesus o lugar de ensinamento, cujo conteúdo, ao menos no texto de hoje, desconhecemos em parte. Em parte porque a reação de Jesus ante os fariseus que lhe trouxeram uma mulher apanhada em adultério é um verdadeiro ensinamento e revelação do rosto misericordioso de Deus, ao mesmo tempo que exige que o discípulo seja imitador da misericórdia do Senhor. Para a mulher levada diante de Jesus, a cena é dramática, pois ela tem a certeza do apedrejamento até a morte em razão do seu delito (Lv 20,10; Dt 22,22-24). Surpreende que o homem envolvido no mal não fosse igualmente levado pelos acusadores. São escribas e fariseus que levam a mulher diante de Jesus. O tom é de provocação e desafio. A primeira resposta de Jesus é o silêncio e um gesto simbólico que mostra sua irritação e indignação diante da falta de misericórdia. Mas não compreenderam nem se contentaram com o gesto. Diante da insistência deles, Jesus o traduz em palavras que revela a verdade sombria de cada um. Por isso, vão se retirando um a um. A mulher, agora, tem diante de si a vida. A misericórdia venceu a dureza do coração. A palavra do Senhor liberta e revela o rosto misericordioso de Deus, oferecendo a possibilidade de uma vida resgatada e transformada pelo amor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Comentário do Evangelho
UM JULGAMENTO FRUSTRADO
O episódio do julgamento frustrado da mulher flagrada em adultério chama a atenção para o tipo de juízo a que Jesus será submetido, chegando até ser condenado à morte. A malícia e a hipocrisia que condenaram a mulher haveriam de recair também sobre Jesus.
Os mestres da Lei e os fariseus, ao surpreenderem a mulher em adultério, conheciam perfeitamente a providência a ser tomada. Aliás, eles mesmos se confessaram conhecedores da Lei, a qual ordenava a lapidação imediata das adúlteras. Portanto, não tinha sentido interrogar Jesus a este respeito. O que os adversários visavam era colher provas contra ele, saídas de sua própria boca. De fato, quem estava sendo julgado era Jesus, não a mulher adúltera.
O gesto sereno do Mestre, apesar da insistência de seus inquisidores, foi uma clara demonstração de que ele não os temia. Continuou a escrever no chão. Depois, ergueu-se para confrontá-los com uma pergunta fulminante: "Quem de vocês não tiver pecado, seja o primeiro a apedrejar esta mulher!". Então, toda a malícia de seus adversários ficou patente, pois foram se retirando, um por um, a começar pelos mais velhos. É porque não tinham moral para julgar a adúltera, e muito menos para julgar Jesus. Que tratassem de se corrigir, antes de se arvorarem em juizes do próximo!
A mulher teve Jesus para defendê-la da malícia e da hipocrisia dos seus acusadores. Quanto a Jesus, haveria de ser condenado por pecados que não cometeu.
Oração
Pai, tira do meu coração a maldade e a hipocrisia que me tornam juiz iníquo do meu semelhante, não me permitindo ver a necessidade de pôr em ordem a minha vida.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
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