Aqui vou expor fatos corriqueiros de meu dia a dia. Notícias e textos de cunho religioso. Espero que algum destes possa de alguma forma lhe ajudar. Ou pelo menos, auxiliar em boas gargalhadas.
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sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Evangelho do dia 28/09/2012
Pedro afirma:"Jesus é o Messias!"
Lc 9,18-22
Certa vez Jesus estava sozinho, orando, e os discípulos chegaram perto dele. Então ele perguntou:
- Quem o povo diz que eu sou?
Eles responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é um dos profetas antigos que ressuscitou.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
Pedro respondeu:
- O Messias que Deus enviou.
Então Jesus proibiu os discípulos de contarem isso a qualquer pessoa. E continuou:
- O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, no terceiro dia, será ressuscitado.
Oração
Pai, só tu podes revelar-me a identidade de teu Filho Jesus. Que eu a conheça de forma verdadeira para poder conformar com ela a minha vida
Comentário do Evangelho
Prática humilde e amorosa de Jesus
A expectativa dos discípulos era a de um messias que libertaria o povo judeu do império romano e criaria um estado poderoso. O modelo deste estado era o reinado de Israel sob o rei Davi, ao qual a tradição atribuíra grande prosperidade, glória e poder. Jesus repreende os discípulos. Com sua prática humilde e amorosa, ele distanciava-se muito de tal concepção. Jesus exprimia a singeleza de sua condição humana identificando-se com o "Filho do Homem". Os gestos de amor de Jesus tinham tal efeito transformador nas pessoas que os possuídos pela ideologia opressora os interpretavam como gestos de poder. Corre a imagem de um Jesus taumaturgo, um João Batista ou um antigo profeta ressuscitado ou um Elias que voltou. Se Jesus pretendesse se mostrar poderoso, destruiria seus inimigos, como a divindade no Antigo Testamento. A opção pelo amor remove a competição pelo poder. A comunicação de vida pelo amor supera a destruição da vida pelo ódio e pelo poder. O poder necessariamente mata os que o ameaçam, porém o amor de Deus garante a permanência na vida.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
QUEM SOU EU?
A experiência de contato com Jesus permitia aos discípulos formarem uma idéia a respeito dele. Suas palavras e seus gestos revelavam sua identidade. O senhorio de Deus em sua vida ficava patente na consciência de ser o Filho, enviado para falar as palavras do Pai e realizar suas obras. As dimensões do poder que lhe fora conferido podiam ser percebidas nos milagres e prodígios que realizava. Sua liberdade interior evidenciava-se na insubmissão a certos costumes e tradições, absolutizados por algumas facções religiosas da época. Sua visão de sociedade manifestava-se no trato acolhedor dispensado às pessoas vítimas da marginalização, na solidariedade com os sofredores, na sensibilidade diante das injustiças, no serviço à restauração da vida. Tudo isto tinha como eixo o Reino de Deus, anunciado e implementado por ele.
Quando Jesus dirigiu a seus discípulos a pergunta "quem sou eu?", eles já possuíam elementos para formular uma resposta correta, diferente daquela corrente no meio popular. A resposta de Pedro, em nome do grupo, resumia a opinião de todos os discípulos. E Jesus confirmou a resposta dada.
Entretanto, viu-se na obrigação de oferecer um esclarecimento. O Messias estava destinado a sofrer muito, ser vítima de rejeição, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. Que os discípulos contassem com isto!
Oração
Senhor Jesus, dá-me inteligência para conhecer, sempre mais, tua identidade manifestada na tua vida de serviço ao Reino de Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Evangelho do dia 27/09/2012
Frutos: maior conhecimento da Palavra...
Lc 8,4-15
Uma grande multidão, vinda de várias cidades, veio ver Jesus. Quando todos estavam reunidos, ele contou esta parábola:
- Certo homem saiu para semear. E, quando estava espalhando as sementes, algumas caíram na beira do caminho, onde foram pisadas pelas pessoas e comidas pelos passarinhos. Outras sementes caíram num lugar onde havia muitas pedras, e, quando começaram a brotar, as plantas secaram porque não havia umidade. Outra parte caiu no meio de espinhos, que cresceram junto com as plantas e as sufocaram. Mas algumas sementes caíram em terra boa. As plantas cresceram e produziram cem grãos para cada semente.
E Jesus terminou, dizendo:
- Quem quiser ouvir, que ouça!
Os discípulos de Jesus perguntaram o que ele queria dizer com essa parábola. Jesus respondeu:
- A vocês Deus mostra os segredos do seu Reino. Mas aos outros tudo é ensinado por meio de parábolas, para que olhem e não enxerguem nada e para que escutem e não entendam.
- O que essa parábola quer dizer é o seguinte: a semente é a mensagem de Deus. As sementes que caíram na beira do caminho são as pessoas que ouvem a mensagem. Porém o Diabo chega e tira a mensagem do coração delas para que não creiam e não sejam salvas. As sementes que caíram onde havia muitas pedras são as pessoas que ouvem a mensagem e a recebem com muita alegria. Elas não têm raízes e por isso crêem somente por algum tempo; e, quando chega a tentação, abandonam tudo. As sementes que caíram no meio dos espinhos são as pessoas que ouvem a mensagem. Porém as preocupações, as riquezas e os prazeres desta vida aumentam e sufocam essas pessoas. Por isso os frutos que elas produzem nunca amadurecem. E as sementes que caíram em terra boa são aquelas pessoas que ouvem e guardam a mensagem no seu coração bom e obediente; e, porque são fiéis, produzem frutos.
Oração
Pai, reconhecendo o quanto me custa ser fiel ao projeto do Reino, peço-lhe a graça de ser fiel até o fim, perseverando no compromisso assumido contigo.
Comentário do Evangelho
A palavra que produz frutos
Lucas apresenta esta parábola de Jesus, elaborada a partir de imagens tiradas da experiência de vida dos camponeses da Galileia. Após apresentação da parábola, segue-se a explicação aos discípulos.
No ato da semeadura, as várias sementes lançadas pelo semeador cairão em terrenos diferentes. Embora nos primeiros terrenos não vinguem, na terra boa dará abundantes frutos.
A palavra que é falada e ouvida produz frutos. Contudo, é necessária a paciência de tempo e lugar. Há o lugar certo e o tempo certo. Embora sejam grandes as adversidades, sempre haverá aqueles que se deixarão tocar pela palavra. E, no tempo certo, através deles dará seus frutos em abundância, na compaixão, na solidariedade, na justiça e no amor.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
O DESEJO DE VER JESUS
As palavras e os milagres de Jesus atraíam em torno dele verdadeiras multidões. Contudo, era impossível controlar a intenção de cada pessoa. Muitos vinham por pura curiosidade. Outros, esperando que Jesus os curasse de alguma enfermidade ou, de qualquer forma, os libertasse. Outros, ainda, eram movidos por um desejo sincero de escutar Jesus e tornar-se seus discípulos, escolhendo como projeto de vida a proposta do Reino.
Esta variedade de intenções não influenciava a conduta do Mestre. Ele não satisfazia a curiosidade das pessoas, por exemplo, fazendo milagres sob encomenda. Suas curas beneficiavam somente àquelas que, de algum modo, demonstravam ter fé. Os corações sinceros dependiam da vontade expressa de Jesus para se tornarem seus discípulos. Só se punha a segui-lo quem ele chamava pelo nome. Não adiantava oferecer-se.
O violento Herodes, tendo ouvido falar de Jesus, manifestou curiosidade de vê-lo. Este rei não sabia de quem se tratava. As hipóteses levantadas lhe satisfaziam. Daí seu desejo de vê-lo pessoalmente. Quiçá esperasse presenciar o espetáculo de um milagre realizado por Jesus, pois tivera notícia de sua fama. Seu desejo de ver o Mestre só seria realizado por ocasião da paixão. Mas, naquela ocasião, Jesus o decepcionou, por não ceder a seus caprichos.
Oração
Senhor Jesus, eu quero seguir-te com sinceridade, com o único desejo de aderir ao Reino por ti anunciado e fazer-me teu discípulo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Evangelho do dia 26/09/2012
Discípulos missionários sem fronteiras
Lc 9,1-6
Jesus chamou os doze discípulos e lhes deu poder e autoridade para expulsar todos os demônios e curar doenças. Então os enviou para anunciarem o Reino de Deus e curarem os doentes. Ele disse:
- Nesta viagem não levem nada: nem bengala para se apoiar, nem sacola, nem comida, nem dinheiro, nem mesmo uma túnica a mais. Quando vocês entrarem numa cidade, fiquem na casa em que forem recebidos até irem embora daquele lugar. Mas, se forem mal recebidos, saiam logo daquela cidade. E na saída sacudam o pó das suas sandálias, como sinal de protesto contra aquela gente.
Os discípulos então saíram de viagem e andaram por todos os povoados, anunciando o evangelho e curando doentes por toda parte.
Oração
Pai, tendo recebido a tarefa de continuar a missão de Jesus, ensina-me a imitá-lo tanto no modo de ser e de pregar, quanto na pobreza e na coragem de enfrentar a rejeição.
Lc 9,1-6
Jesus chamou os doze discípulos e lhes deu poder e autoridade para expulsar todos os demônios e curar doenças. Então os enviou para anunciarem o Reino de Deus e curarem os doentes. Ele disse:
- Nesta viagem não levem nada: nem bengala para se apoiar, nem sacola, nem comida, nem dinheiro, nem mesmo uma túnica a mais. Quando vocês entrarem numa cidade, fiquem na casa em que forem recebidos até irem embora daquele lugar. Mas, se forem mal recebidos, saiam logo daquela cidade. E na saída sacudam o pó das suas sandálias, como sinal de protesto contra aquela gente.
Os discípulos então saíram de viagem e andaram por todos os povoados, anunciando o evangelho e curando doentes por toda parte.
Oração
Pai, tendo recebido a tarefa de continuar a missão de Jesus, ensina-me a imitá-lo tanto no modo de ser e de pregar, quanto na pobreza e na coragem de enfrentar a rejeição.
Comentário do Evangelho
Jesus envia em missão
Depois de um tempo de convívio com os doze, chamados no início de seu ministério, Jesus os envia em missão, como cooperadores seus no anúncio do Reino. O anúncio é o objetivo central da missão. As expulsões de demônios e curas de doenças são os gestos concretos de libertação que dão credibilidade ao anúncio. É importante perceber o significado dos demônios e das doenças. Pode-se entender que os demônios são os males do espírito, enquanto as doenças são os males do corpo. Estes males estão associados às multidões de excluídos como resultado da marginalização socioeconômica que gera privações e carências, sofrimento, doenças e morte.
Os discípulos indo despojados e pobres para a missão se identificam com os excluídos, que se abrem para recebê-los. O anúncio da palavra e o amor dos discípulos libertam os pobres deprimidos em seu espírito e valoriza-os, dando-lhes vida, dignidade e iniciativa. Os pobres e excluídos, transformados pela Palavra de Deus, passam a formar comunidades que vivem a fraternidade e a partilha, como células do mundo novo possível.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
PARTINDO EM MISSÃO
A primeira experiência missionária dos Apóstolos comportou uma série de características que se mantém válidas para a missão da Igreja de todos os tempos. Por exemplo, ela se deu como obediência a um mandato expresso de Jesus. Portanto, não foi fruto da iniciativa pessoal dos Apóstolos. Eles partiram na qualidade de emissários do Senhor.
Foi-lhes conferido o poder e a autoridade para expulsar demônios, curar doenças e pregar o Reino de Deus. Tarefa idêntica à que foi levada adiante por Jesus. A atividade do Mestre centrou-se no anúncio da palavra e na realização de sinais comprovadores da irrupção do Reino na história humana. A missão dos Apóstolos era, portanto, a continuação e a atualização da missão de Jesus. Onde quer que estivesse um Apóstolo do Reino, aí estaria atuando Jesus meio dele.
Os Apóstolos deveriam exercer seu ministério como pobres. Nada carregavam consigo, quando iam de aldeia em aldeia, anunciando o Evangelho e fazendo o bem. Desta forma, as pessoas não correriam o risco de serem atraídas por outro motivo, a não ser pela proposta de Jesus.
O testemunho de pobreza dava aos apóstolos liberdade para anunciarem o Evangelho sem restrições. Caso não fossem acolhidos, só lhes restava ir adiante, sem se deixar abater.
Oração
Senhor Jesus, faze crescer em mim a consciência de que sou teu mensageiro, enviado para proclamar o Reino confiado unicamente em ti.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Evangelho do dia 25/09/2012
Como ser da família de Jesus
Lc 8,19-21
A mãe e os irmãos de Jesus vieram até o lugar onde ele estava, mas, por causa da multidão, não conseguiam chegar perto dele. Então alguém disse a Jesus:
- A sua mãe e os seus irmãos estão lá fora e querem falar com o senhor.
Mas Jesus disse a todos:
- Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a mensagem de Deus e a praticam.
Oração
Pai, que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho.
Lc 8,19-21
A mãe e os irmãos de Jesus vieram até o lugar onde ele estava, mas, por causa da multidão, não conseguiam chegar perto dele. Então alguém disse a Jesus:
- A sua mãe e os seus irmãos estão lá fora e querem falar com o senhor.
Mas Jesus disse a todos:
- Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a mensagem de Deus e a praticam.
Oração
Pai, que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho.
Comentário do Evangelho
Os laços que unem a Jesus
Esta fala de Jesus se integra no conjunto de vários outros apelos ao desprendimento geral das riquezas, de bens e da própria família. Assim ocorre na narrativa do homem (jovem) rico que se esquivou do seguimento de Jesus (cf. 28 maio), na narrativa de choques de opções na família e na opção prioritária por Jesus . A união com Jesus não se dá por vínculos de sangue ou raça, mas pela união ao amor misericordioso do Pai que vem libertar e trazer vida a todos os homens e mulheres. "Quem ama pai ou mãe mais do que a mim não é digno de mim. E aquele que ama filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim" (Mt 10,37).
Frequentemente as famílias se fecham em torno de interesses particulares e até excludentes. Jesus aponta que o caminho é buscar a realização da vontade do Pai. É a família onde o amor transborda comunicando-se a todos, particularmente aos mais necessitados.
Sendo a família a célula fundamental da sociedade, a submissão da família à vontade de Deus remete a todas as demais entidades e religiões. Família, estado, economia, religião, tudo fica relativizado em vista do projeto fundamental de Deus que é a promoção da vida e o resgate da dignidade humana.
Com Jesus e seu discipulado a vontade do Pai está sendo realizada no mundo. Já vigora uma nova realidade projetada na eternidade do amor de Deus.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
A FAMÍLIA DO REINO
A opção pelo Reino estabelece laços profundos de amizade entre os discípulos, gerando neles uma solidariedade exemplar. Este parentesco espiritual, em muitos casos, pode ser mais sólido que o próprio parentesco sanguíneo. E, o mais importante: gera um ambiente de igualdade onde Deus Pai nos faz todos irmãos e irmãs.
O relacionamento físico com Jesus de Nazaré já não tem importância. A família do Reino se constitui a partir da escuta e da vivência da Palavra de Deus e não da pertença à família histórica de Jesus. O tempo e o espaço também não contam. Seja qual for a época em que se vive ou se viveu, é possível sentir a proximidade familiar em relação aos outros cristãos, desde pautemos nossa vida pela mesma proposta do Reino. Além disso, onde quer que estejam e de onde quer que venham, quando dois cristãos se encontram, deveriam imediatamente sentir brotar no coração um forte afeto fraternal, por terem o mesmo projeto de vida, e estarem unidos pela mesma opção por Jesus e por seu Reino.
Desde os primórdios, a comunidade cristã compreendeu este dado de sua identidade. E, assim, estabeleceu uma nítida diferença em relação à tradição judaica, cujo apego às genealogias e à consangüinidade era bem conhecida.
A família do Reino, como é constituída, pode reunir gente de todas as raças, povos, famílias e nações.
Oração
Senhor Jesus, faze crescer em mim o afeto por meus irmãos e irmãs de fé, sabendo que somos membros de uma só família, a família do Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Evangelho do dia 24/09/2012
Luz que ilumina
Lc 8,16-18
Jesus continuou:
- Ninguém acende uma lamparina e depois a coloca debaixo de um cesto ou de uma cama. Pelo contrário, a lamparina é colocada no lugar próprio para que todos os que entram vejam a luz. Pois tudo o que está escondido será descoberto, e tudo o que está em segredo será conhecido e revelado.
- Portanto, tomem cuidado e vejam como vocês ouvem. Porque quem tem receberá mais; mas quem não tem, até o que pensa que tem será tirado dele
Oração
Pai, transforma-me em lâmpada do Reino, para que, por meio de meu testemunho de vida, eu possa mostrar teu caminho a muitas pessoas que vagam nas trevas.
Lc 8,16-18
Jesus continuou:
- Ninguém acende uma lamparina e depois a coloca debaixo de um cesto ou de uma cama. Pelo contrário, a lamparina é colocada no lugar próprio para que todos os que entram vejam a luz. Pois tudo o que está escondido será descoberto, e tudo o que está em segredo será conhecido e revelado.
- Portanto, tomem cuidado e vejam como vocês ouvem. Porque quem tem receberá mais; mas quem não tem, até o que pensa que tem será tirado dele
Oração
Pai, transforma-me em lâmpada do Reino, para que, por meio de meu testemunho de vida, eu possa mostrar teu caminho a muitas pessoas que vagam nas trevas.
Comentário do Evangelho
A lâmpada que ilumina
Lucas reúne neste seu texto quatro sentenças originalmente esparsas, anteriormente articuladas por Marcos (Mc 4,21-25), mas dispersas em Mateus.
A lâmpada acesa que ilumina, em Mateus (cf. 12 jun.), significa os discípulos que devem ser a luz do mundo, isto é, iluminar o mundo com a Verdade por eles proclamada. Em Marcos e em Lucas, a lâmpada é a própria Verdade, que vem revelar o que está escondido. Temos aqui dois sentidos: revelar a falsidade da doutrina dos fariseus ou revelar amplamente os mistérios de Jesus, inicialmente comunicados aos discípulos.
Neste sentido, segue-se a sentença sobre o que está escondido ou secreto, e será descoberto e tornado público.
A advertência "olhai, portanto, a maneira como ouvis!", envolve-se em obscuridade. No evangelho de Marcos encontra-se: "cuidado com o que ouvis!". Pode-se pensar no sentido de que o evangelho de Jesus seja ouvido com responsabilidade e compromisso, e não de maneira displicente e descomprometida.
A sentença final é característica da sociedade que favorece a acumulação de riquezas por alguns e a exclusão dos demais. Em um sentido figurado, ela pode ser adaptada àqueles que acolhem o Reino, em oposição àqueles submissos à ideologia da Lei, que rejeitam a Palavra e perdem suas tradições abraâmicas.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
O BRILHO DA LUZ
A insistência de Jesus no tema da humildade e do serviço não dispensava os discípulos de exercerem uma ação eficaz, visando a transformação do mundo. O serviço humilde era, para Jesus, algo relevante; não podia ser reservado ao âmbito do privado. A humanidade deveria encontrar, no agir do discípulo, um modelo inspirador.
O Mestre ilustrou este ensinamento com a parábola da lâmpada colocada num lugar estratégico, de modo que sua luz atingisse todos os recantos da casa. Seria insensato colocá-la debaixo da cama, pois seu lugar natural é um candelabro bem situado.
O discípulo, sem se deixar levar pelo orgulho e pela vanglória, não tem medo de fazer o bem à vista de todos. Sua ação resplandecente de amor e solidariedade ilumina as trevas do egoísmo, que contaminaram a ação humana. A violência é denunciada pela firmeza dos mansos e humildes de coração. O egoísmo revela sua face perversa ao ser colocado em contraste com o amor e a solidariedade. O que crêem na justiça identificam toda ação injusta. E, assim, todo agir inspirado na proposta do Reino vai na contramão de situações desumanizadoras que devem ser denunciadas. Isto se dá quando o discípulo do Reino tem a coragem de fazer-lhes frente, como a luz enfrenta e elimina as trevas. Portanto, é incompatível com sua vocação deixar de enfrentar o mundo que deve ser evangelizado.
Oração
Senhor Jesus, tira de mim o medo e a covardia que me impedem de iluminar, com minhas ações, o que, no nosso mundo, está mergulhado nas trevas.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Evangelho do dia 21/09/2012
Jesus chama Mateus
Mt 9,9-13
Jesus saiu dali e, no caminho, viu um cobrador de impostos, chamado Mateus, sentado no lugar onde os impostos eram pagos. Jesus lhe disse:
- Venha comigo.
Mateus se levantou e foi com ele. Mais tarde, enquanto Jesus estava jantando na casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama chegaram e sentaram-se à mesa com Jesus e os seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos:
- Por que é que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e com outras pessoas de má fama?
Jesus ouviu a pergunta e respondeu:
- Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Vão e procurem entender o que quer dizer este trecho das Escrituras Sagradas: "Eu quero que as pessoas sejam bondosas e não que me ofereçam sacrifícios de animais." Porque eu vim para chamar os pecadores e não os bons.
Oração
Pai, coloca-me sempre junto àqueles que mais carecem de tua salvação, e liberta-me de toda espécie de preconceitos que contaminam o meu coração.
Mt 9,9-13
Jesus saiu dali e, no caminho, viu um cobrador de impostos, chamado Mateus, sentado no lugar onde os impostos eram pagos. Jesus lhe disse:
- Venha comigo.
Mateus se levantou e foi com ele. Mais tarde, enquanto Jesus estava jantando na casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama chegaram e sentaram-se à mesa com Jesus e os seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos:
- Por que é que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e com outras pessoas de má fama?
Jesus ouviu a pergunta e respondeu:
- Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Vão e procurem entender o que quer dizer este trecho das Escrituras Sagradas: "Eu quero que as pessoas sejam bondosas e não que me ofereçam sacrifícios de animais." Porque eu vim para chamar os pecadores e não os bons.
Oração
Pai, coloca-me sempre junto àqueles que mais carecem de tua salvação, e liberta-me de toda espécie de preconceitos que contaminam o meu coração.
Comentário do Evangelho
O amor misericordioso de Deus
O chamado de Mateus é feito no estilo tradicional da vocação profética. Uma breve exortação imperativa ao seguimento é seguida de uma adesão imediata. Na realidade, o processo de conversão decorre de um certo tempo de relacionamento com Jesus. O simples levantar-se e seguir indica uma mudança na vida daquele coletor de impostos.
Para comemorar sua decisão de acompanhar Jesus, Mateus oferece um banquete aos amigos. Era um círculo de amizade formado por excluídos pelo sistema religioso e, por isso, considerados pecadores. Os fariseus e os escribas vêm censurar os discípulos de Jesus pelo seu convívio à mesa com estes pecadores. Jesus ouve e intervém com certa ironia, insinuando a hipocrisia destes que o censuravam. Faz uma comparação entre os que têm saúde e os doentes, por um lado, e os justos e os pecadores, por outro lado. Com uma frase do profeta Oseias (6,3-6), rejeita a prática dos sacrifícios e observâncias do Templo e revela o amor misericordioso de Deus que vem para libertar e dar vida aos excluídos, tidos como pecadores.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
A PREFERÊNCIA PELOS PECADORES
Os preconceituosos fariseus julgaram insuportável a decisão de Jesus de sentar-se à mesa com os odiados cobradores de impostos e com os pecadores. Atitude reprovável e irresponsável para um Mestre diante de seus discípulos. Os fariseus censuraram-no baseando-se numa concepção tradicional de mestre, na qual Jesus recusava a se enquadrar.
O Filho de Deus ia ao encontro dos mais carentes da misericórdia do Pai, exatamente os marginalizados pelas estruturas religiosas. Sua iniciativa de comer com os pecadores, longe de ser um gesto impensado, era expressão de algo fundamental no seu ministério: demonstrar profunda comunhão com os que se afastaram do Pai e precisavam reconciliar-se com ele. Jesus agia como um médico que se ocupa com quem está doente, e não com quem goza de boa saúde. Era uma questão de lógica!
O contato com os pecadores, na mentalidade da época, provocava impureza ritual, de forma a impedir a participação no culto. Era preciso afastar-se dos pecadores, como se fossem empestados, para estar em condições de se aproximar de Deus.
Os discípulos de Jesus foram orientados de maneira diversa: se quisessem estar em comunhão com o Pai, deveriam, em primeiro lugar, estar em comunhão com as vítimas do desprezo da sociedade puritana daquele tempo. A falta de misericórdia tornaria vazio e desagradável a Deus o culto que lhe era prestado.
Oração
Pai, inspirado em Jesus, quero manifestar minha comunhão contigo sendo misericordioso com as vítimas dos preconceitos humanos.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Pequenos assassinatos
Por Marco Lacerda
247 milhões de crianças que habitam este planeta estão privadas de uma infância de liberdade, inocência e brincadeira.
“A
infância tem direito a cuidados e assistência especiais”. É isto que
defende o preâmbulo da Convenção sobre os Direitos da Criança e é este
ponto que está longe de se tornar uma realidade. De acordo com um
recente relatório publicado pela UNICEF, estima-se que em todo o mundo,
cerca de 247 milhões de crianças sejam privadas de uma infância de
liberdade, de inocência e de brincadeiras, sendo obrigadas a trabalhar.
Estas crianças têm a sua infância perdida. Cerca de 73% (180 milhões)
destas estão envolvidas nas piores e mais perigosas formas de trabalho,
nas minas e com maquinaria. Dentre estas cerca de 6 milhões são
escravizadas, e 2 milhões são forçadas a se prostituírem.
O Brasil tem uma população de cerca de 190 milhões de pessoas, dos quais
quase 60 milhões têm menos de 18 anos de idade. Esses pequeninos -
crianças e adolescentes - são especialmente vulneráveis às violações de
direitos, à pobreza e à iniquidade social no país, segundo a Unicef
(Organização das Nações Unidas para a Infância).
Muitos atos de violência perpetrados contra as crianças continuam escondidos e têm muitas vezes a aprovação da sociedade, segundo o estudo do Secretário-Geral das Nações Unidas sobre a Violência contra as Crianças apresentado à Assembleia Geral. Pela primeira vez, um único documento apresenta uma visão global sobre os diversos tipos e a escala da violência contra as crianças no mundo.
A violência contra as crianças inclui violência física, psicológica, discriminação, negligência e maus-tratos. Ela vai desde abusos sexuais em casa a castigos corporais e humilhantes na escola; do uso de restrições físicas em casa à brutalidade cometida pelas forças da ordem, de abusos e negligência em instituições até às lutas de gangs nas ruas onde as crianças brincam ou trabalham; do infanticídio aos chamados «crimes» de honra.
“A melhor forma de tratar do problema da violência contra as crianças é impedir que aconteça,” diz o Professor Paulo Sérgio Pinheiro, perito independente nomeado pelo Secretário-Geral para liderar o Estudo. “Todas as pessoas têm um papel a desempenhar nesta causa, mas cabe aos Estados assumir a principal responsabilidade. Isso significa proibir todas as formas de Violência contra as Crianças, onde quer que aconteça e independentemente de quem a pratica, e investir em programas de prevenção para enfrentar as causas que lhe estão subjacentes”.
Apesar do otimismo que tomou conta do país na última década, como se tivéssemos nos tornado uma potência do primeiro mundo da noite para o dia, o Brasil permanece numa situação econômica e social deplorável, onde a menor parte da população ainda é privilegiada com rendas altíssimas, enquanto a maioria vive em condições precárias e desumanas.
Diante desse quadro de desigualdade, famílias de baixa renda não encontram outra alternativa a não ser encaminhar os filhos cada vez mais cedo para o trabalho, obrigando-os a ajudar na renda do lar e jogando sobre eles um senso de responsabilidade prematura forçando muitos a deixar de estudar, pois não há tempo nem força física e mental para conciliar o trabalho e a escola.
Tchaikovsky Lins, escritor e pedagogo, comenta, de forma pungente, essa realidade:
- Crianças com suas infâncias roubadas, violentadas, sucumbidas. Não tendo o privilégio de crescer na sua própria inocência, cujos corpos tão pueris, convivem com mentes amadurecidas a carbureto, como as mangas do seu quintal, para quem tem quintal, é claro (assim como essas mangas apodrecem cedo as pessoas também). A dura realidade é que as cicatrizes cravadas e os ferimentos que rasgam não a pele, mas a inocência e a esperança de cada uma dessas crianças, simplesmente passa despercebida aos olhos da sociedade.
De fato essa infâmia que corrói o Brasil só é lembrada quando um desses pequenos é encontrado num matagal com a boca cheia de formigas. Contemplamos o horror nas páginas dos jornais como se estivéssemos lendo a um best-seller ou assistindo a um filme ou seriado de TV. “A cada minuto perdido centenas de olhinhos desfalecidos suplicam a Deus para não fraquejar. E há quem diga ainda que não tem nada a ver com isso, pois cada um vem à terra com um destino, uns de sofrer, outros para fazer sofrer”, diz Tchaikovsky.
Diante de realidade tão medonha o que mais escandaliza é o descaso de sucessivos governos. Apresentam-se projetos, propostas e idéias utópicas que não saem do papel. É imperativo torná-las iniciativas reais. Que elas saiam das gavetas onde mofam em Brasília e sejam postas em prática. Mais que isso, que sejam compartilhadas com cada cidadão de uma sociedade iludida pelo trecho de um hino nacional que insiste em nos descrever como um povo “deitado eternamente em berço esplêndido”. É hora de extirpar de uma vez por todas do nosso país uma realidade que só nos enche de vergonha e amargura. Apenas como lembrete: a gente cresce com os golpes duros da vida, mas podemos crescer também com os toques suaves da alma.
Marco Lacerda é jornalista, escritor e Editor Especial do Dom Total
Muitos atos de violência perpetrados contra as crianças continuam escondidos e têm muitas vezes a aprovação da sociedade, segundo o estudo do Secretário-Geral das Nações Unidas sobre a Violência contra as Crianças apresentado à Assembleia Geral. Pela primeira vez, um único documento apresenta uma visão global sobre os diversos tipos e a escala da violência contra as crianças no mundo.
A violência contra as crianças inclui violência física, psicológica, discriminação, negligência e maus-tratos. Ela vai desde abusos sexuais em casa a castigos corporais e humilhantes na escola; do uso de restrições físicas em casa à brutalidade cometida pelas forças da ordem, de abusos e negligência em instituições até às lutas de gangs nas ruas onde as crianças brincam ou trabalham; do infanticídio aos chamados «crimes» de honra.
“A melhor forma de tratar do problema da violência contra as crianças é impedir que aconteça,” diz o Professor Paulo Sérgio Pinheiro, perito independente nomeado pelo Secretário-Geral para liderar o Estudo. “Todas as pessoas têm um papel a desempenhar nesta causa, mas cabe aos Estados assumir a principal responsabilidade. Isso significa proibir todas as formas de Violência contra as Crianças, onde quer que aconteça e independentemente de quem a pratica, e investir em programas de prevenção para enfrentar as causas que lhe estão subjacentes”.
Apesar do otimismo que tomou conta do país na última década, como se tivéssemos nos tornado uma potência do primeiro mundo da noite para o dia, o Brasil permanece numa situação econômica e social deplorável, onde a menor parte da população ainda é privilegiada com rendas altíssimas, enquanto a maioria vive em condições precárias e desumanas.
Diante desse quadro de desigualdade, famílias de baixa renda não encontram outra alternativa a não ser encaminhar os filhos cada vez mais cedo para o trabalho, obrigando-os a ajudar na renda do lar e jogando sobre eles um senso de responsabilidade prematura forçando muitos a deixar de estudar, pois não há tempo nem força física e mental para conciliar o trabalho e a escola.
Tchaikovsky Lins, escritor e pedagogo, comenta, de forma pungente, essa realidade:
- Crianças com suas infâncias roubadas, violentadas, sucumbidas. Não tendo o privilégio de crescer na sua própria inocência, cujos corpos tão pueris, convivem com mentes amadurecidas a carbureto, como as mangas do seu quintal, para quem tem quintal, é claro (assim como essas mangas apodrecem cedo as pessoas também). A dura realidade é que as cicatrizes cravadas e os ferimentos que rasgam não a pele, mas a inocência e a esperança de cada uma dessas crianças, simplesmente passa despercebida aos olhos da sociedade.
De fato essa infâmia que corrói o Brasil só é lembrada quando um desses pequenos é encontrado num matagal com a boca cheia de formigas. Contemplamos o horror nas páginas dos jornais como se estivéssemos lendo a um best-seller ou assistindo a um filme ou seriado de TV. “A cada minuto perdido centenas de olhinhos desfalecidos suplicam a Deus para não fraquejar. E há quem diga ainda que não tem nada a ver com isso, pois cada um vem à terra com um destino, uns de sofrer, outros para fazer sofrer”, diz Tchaikovsky.
Diante de realidade tão medonha o que mais escandaliza é o descaso de sucessivos governos. Apresentam-se projetos, propostas e idéias utópicas que não saem do papel. É imperativo torná-las iniciativas reais. Que elas saiam das gavetas onde mofam em Brasília e sejam postas em prática. Mais que isso, que sejam compartilhadas com cada cidadão de uma sociedade iludida pelo trecho de um hino nacional que insiste em nos descrever como um povo “deitado eternamente em berço esplêndido”. É hora de extirpar de uma vez por todas do nosso país uma realidade que só nos enche de vergonha e amargura. Apenas como lembrete: a gente cresce com os golpes duros da vida, mas podemos crescer também com os toques suaves da alma.
Marco Lacerda é jornalista, escritor e Editor Especial do Dom Total
Brasil joga mal, mas vence a Argentina
Por Pedro Fonseca
Um gol de pênalti nos acréscimos do segundo tempo, marcado por Neymar, garantiu ao Brasil uma vitória apertada por 2 x 1 sobre a Argentina, nesta quarta-feira, num amistoso em que a seleção sofreu para furar a defesa argentina e em que a torcida que lotou o estádio Serra Dourada, em Goiânia, pediu a volta de Luiz Felipe Scolari para substituir o técnico Mano Menezes.
O pênalti cometido por Leandro Desabato em Leandro Damião, aos 47 minutos da etapa final, transformou os protestos da torcida contra Mano em euforia no final da partida, mas quando o jogo se encaminhava para o empate, a torcida vaiou o técnico e repetiu pedidos por Felipão, mostrando insatisfação com Mano pela fraca atuação da equipe.
"Acho que não pode vaiar durante a partida, tem que esperar a partida terminar. Ninguém gosta de ser vaiado, ninguém gosta de levar críticas, por isso que a gente sempre dá o nosso melhor dentro de campo", disse após a partida o atacante Neymar a repórteres.
A Argentina, que passou a maior parte do jogo fechada no campo de defesa, abriu o marcador aos 20 minutos em sua primeira finalização ao gol brasileiro. Juan Manuel Martínez iniciou a jogada, fez uma tabela com o lateral Clemente Rodríguez, e chutou forte no alto do gol, sem chances de defesa para o goleiro Jefferson.
O Brasil respondeu seis minutos depois, com Paulinho completando para as redes após cobrança de falta de Neymar para a área. Imagens de televisão mostraram que o brasileiro estava impedido quando marcou o gol.
Essa foi a quinta partida do Brasil contra a Argentina sob comando de Mano Menezes, com duas vitórias, e, apesar do gol marcado no fim, o jogo serviu para aumentar a pressão sobre o treinador.
Nada a reclamar
Quando tirou o meia do São Paulo Lucas, que estava jogando bem, para a entrada de Wellington Nem, Mano ouviu da arquibancada vaias, gritos de "burro" e de "adeus", além dos pedidos dos torcedores de "volta Felipão", em referência ao técnico que levou o Brasil ao pentacampeonato mundial em 2002.
"Não tenho absolutamente nada para falar ao torcedor, aconteceu especificamente num momento quando eu tirei o Lucas. O torcedor tem as suas preferências, mas a minha função é tentar fazer a seleção melhorar, e penso que ela melhorou e com isso conseguimos a vitória no final", disse Mano em entrevista coletiva após a partida, sobre as críticas dos torcedores.
"Não tenho absolutamente nada a reclamar da postura do torcedor, muito pelo contrário."
Felipão deixou o Palmeiras este mês, em consequência de uma péssima campanha no Campeonato Brasileiro, em que o time corre sério risco de rebaixamento, apenas dois meses após conquistar o título da Copa do Brasil.
Mano, que tem sofrido uma pressão crescente após a derrota na final dos Jogos Olímpicos para o México, disse que não se sentia mais ameaçado pelo fato de Scolari estar atualmente sem emprego.
O atacante Luis Fabiano, de volta à seleção pela primeira vez desde a fracassada campanha na Copa do Mundo de 2010 e que tem a expectativa de retornar ao time para o Mundial de 2014, teve atuação apagada e foi substituído aos 23 minutos do segundo tempo por Leandro Damião.
Enquanto a Argentina praticamente não contou com jogadores de seu time principal que disputa as eliminatórias para a Copa de 2014, já que a maioria deles atua na Europa, o Brasil teve em campo nomes como a dupla de frente Neymar e Lucas, que são titulares da seleção brasileira principal, assim como Damião.
O Brasil, que com o time principal venceu a África do Sul (1x0) e a China (8x0) em amistosos disputados em casa este mês, encontrou estádio lotado e teve o apoio do público durante quase todo o jogo em Goiânia, onde fará a sua preparação para a Copa das Confederações que será disputada em 2013 no Brasil.
Quando enfrentou os sul-africanos em São Paulo, o time e o técnico Mano Menezes foram bastante vaiados. Já na goleada contra a fraca equipe da China, no Recife, o time teve o incentivo das arquibancadas, que no entanto tinham diversos espaços desocupados.
Brasil e Argentina, que voltam a se enfrentar em 3 de outubro na Argentina, também disputaram os dois amistosos do duelo chamado Superclássico das Américas em 2011, com vitória brasileira por 2 x 0, conquistada no jogo realizado em Belém, após empate sem gols em Córdoba (Argentina).
Reuters
Um gol de pênalti nos acréscimos do segundo tempo, marcado por Neymar, garantiu ao Brasil uma vitória apertada por 2 x 1 sobre a Argentina, nesta quarta-feira, num amistoso em que a seleção sofreu para furar a defesa argentina e em que a torcida que lotou o estádio Serra Dourada, em Goiânia, pediu a volta de Luiz Felipe Scolari para substituir o técnico Mano Menezes.
O pênalti cometido por Leandro Desabato em Leandro Damião, aos 47 minutos da etapa final, transformou os protestos da torcida contra Mano em euforia no final da partida, mas quando o jogo se encaminhava para o empate, a torcida vaiou o técnico e repetiu pedidos por Felipão, mostrando insatisfação com Mano pela fraca atuação da equipe.
"Acho que não pode vaiar durante a partida, tem que esperar a partida terminar. Ninguém gosta de ser vaiado, ninguém gosta de levar críticas, por isso que a gente sempre dá o nosso melhor dentro de campo", disse após a partida o atacante Neymar a repórteres.
A Argentina, que passou a maior parte do jogo fechada no campo de defesa, abriu o marcador aos 20 minutos em sua primeira finalização ao gol brasileiro. Juan Manuel Martínez iniciou a jogada, fez uma tabela com o lateral Clemente Rodríguez, e chutou forte no alto do gol, sem chances de defesa para o goleiro Jefferson.
O Brasil respondeu seis minutos depois, com Paulinho completando para as redes após cobrança de falta de Neymar para a área. Imagens de televisão mostraram que o brasileiro estava impedido quando marcou o gol.
Essa foi a quinta partida do Brasil contra a Argentina sob comando de Mano Menezes, com duas vitórias, e, apesar do gol marcado no fim, o jogo serviu para aumentar a pressão sobre o treinador.
Nada a reclamar
Quando tirou o meia do São Paulo Lucas, que estava jogando bem, para a entrada de Wellington Nem, Mano ouviu da arquibancada vaias, gritos de "burro" e de "adeus", além dos pedidos dos torcedores de "volta Felipão", em referência ao técnico que levou o Brasil ao pentacampeonato mundial em 2002.
"Não tenho absolutamente nada para falar ao torcedor, aconteceu especificamente num momento quando eu tirei o Lucas. O torcedor tem as suas preferências, mas a minha função é tentar fazer a seleção melhorar, e penso que ela melhorou e com isso conseguimos a vitória no final", disse Mano em entrevista coletiva após a partida, sobre as críticas dos torcedores.
"Não tenho absolutamente nada a reclamar da postura do torcedor, muito pelo contrário."
Felipão deixou o Palmeiras este mês, em consequência de uma péssima campanha no Campeonato Brasileiro, em que o time corre sério risco de rebaixamento, apenas dois meses após conquistar o título da Copa do Brasil.
Mano, que tem sofrido uma pressão crescente após a derrota na final dos Jogos Olímpicos para o México, disse que não se sentia mais ameaçado pelo fato de Scolari estar atualmente sem emprego.
O atacante Luis Fabiano, de volta à seleção pela primeira vez desde a fracassada campanha na Copa do Mundo de 2010 e que tem a expectativa de retornar ao time para o Mundial de 2014, teve atuação apagada e foi substituído aos 23 minutos do segundo tempo por Leandro Damião.
Enquanto a Argentina praticamente não contou com jogadores de seu time principal que disputa as eliminatórias para a Copa de 2014, já que a maioria deles atua na Europa, o Brasil teve em campo nomes como a dupla de frente Neymar e Lucas, que são titulares da seleção brasileira principal, assim como Damião.
O Brasil, que com o time principal venceu a África do Sul (1x0) e a China (8x0) em amistosos disputados em casa este mês, encontrou estádio lotado e teve o apoio do público durante quase todo o jogo em Goiânia, onde fará a sua preparação para a Copa das Confederações que será disputada em 2013 no Brasil.
Quando enfrentou os sul-africanos em São Paulo, o time e o técnico Mano Menezes foram bastante vaiados. Já na goleada contra a fraca equipe da China, no Recife, o time teve o incentivo das arquibancadas, que no entanto tinham diversos espaços desocupados.
Brasil e Argentina, que voltam a se enfrentar em 3 de outubro na Argentina, também disputaram os dois amistosos do duelo chamado Superclássico das Américas em 2011, com vitória brasileira por 2 x 0, conquistada no jogo realizado em Belém, após empate sem gols em Córdoba (Argentina).
Reuters
Evangelho do dia 20/09/2012
O amor perdoa pecados
Lc 7,36-50
Um fariseu convidou Jesus para jantar. Jesus foi até a casa dele e sentou-se para comer. Naquela cidade morava uma mulher de má fama. Ela soube que Jesus estava jantando na casa do fariseu. Então pegou um frasco feito de alabastro, cheio de perfume, e ficou aos pés de Jesus, por trás. Ela chorava e as suas lágrimas molhavam os pés dele. Então ela os enxugou com os seus próprios cabelos. Ela beijava os pés de Jesus e derramava o perfume neles. Quando o fariseu viu isso, pensou assim: "Se este homem fosse, de fato, um profeta, saberia quem é esta mulher que está tocando nele e a vida de pecado que ela leva."
Jesus então disse ao fariseu:
- Simão, tenho uma coisa para lhe dizer:
- Fale, Mestre! - respondeu Simão.
Jesus disse:
- Dois homens tinham uma dívida com um homem que costumava emprestar dinheiro. Um deles devia quinhentas moedas de prata, e o outro, cinqüenta, mas nenhum dos dois podia pagar ao homem que havia emprestado. Então ele perdoou a dívida de cada um. Qual deles vai estimá-lo mais?
- Eu acho que é aquele que foi mais perdoado! - respondeu Simão.
- Você está certo! - disse Jesus.
Então virou-se para a mulher e disse a Simão:
- Você está vendo esta mulher? Quando entrei, você não me ofereceu água para lavar os pés, porém ela os lavou com as suas lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Você não me beijou quando cheguei; ela, porém, não pára de beijar os meus pés desde que entrei. Você não pôs azeite perfumado na minha cabeça, porém ela derramou perfume nos meus pés. Eu afirmo a você, então, que o grande amor que ela mostrou prova que os seus muitos pecados já foram perdoados. Mas onde pouco é perdoado, pouco amor é mostrado.
Então Jesus disse à mulher:
- Os seus pecados estão perdoados.
Os que estavam sentados à mesa começaram a perguntar:
- Que homem é esse que até perdoa pecados?
Mas Jesus disse à mulher:
- A sua fé salvou você. Vá em paz.
Oração
Pai, faze-me nutrir um amor tão entranhado a Jesus a ponto de não ter vergonha de manifestá-lo em nenhuma circunstância, mesmo correndo o risco de ser mal-compreendido.
Lc 7,36-50
Um fariseu convidou Jesus para jantar. Jesus foi até a casa dele e sentou-se para comer. Naquela cidade morava uma mulher de má fama. Ela soube que Jesus estava jantando na casa do fariseu. Então pegou um frasco feito de alabastro, cheio de perfume, e ficou aos pés de Jesus, por trás. Ela chorava e as suas lágrimas molhavam os pés dele. Então ela os enxugou com os seus próprios cabelos. Ela beijava os pés de Jesus e derramava o perfume neles. Quando o fariseu viu isso, pensou assim: "Se este homem fosse, de fato, um profeta, saberia quem é esta mulher que está tocando nele e a vida de pecado que ela leva."
Jesus então disse ao fariseu:
- Simão, tenho uma coisa para lhe dizer:
- Fale, Mestre! - respondeu Simão.
Jesus disse:
- Dois homens tinham uma dívida com um homem que costumava emprestar dinheiro. Um deles devia quinhentas moedas de prata, e o outro, cinqüenta, mas nenhum dos dois podia pagar ao homem que havia emprestado. Então ele perdoou a dívida de cada um. Qual deles vai estimá-lo mais?
- Eu acho que é aquele que foi mais perdoado! - respondeu Simão.
- Você está certo! - disse Jesus.
Então virou-se para a mulher e disse a Simão:
- Você está vendo esta mulher? Quando entrei, você não me ofereceu água para lavar os pés, porém ela os lavou com as suas lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Você não me beijou quando cheguei; ela, porém, não pára de beijar os meus pés desde que entrei. Você não pôs azeite perfumado na minha cabeça, porém ela derramou perfume nos meus pés. Eu afirmo a você, então, que o grande amor que ela mostrou prova que os seus muitos pecados já foram perdoados. Mas onde pouco é perdoado, pouco amor é mostrado.
Então Jesus disse à mulher:
- Os seus pecados estão perdoados.
Os que estavam sentados à mesa começaram a perguntar:
- Que homem é esse que até perdoa pecados?
Mas Jesus disse à mulher:
- A sua fé salvou você. Vá em paz.
Oração
Pai, faze-me nutrir um amor tão entranhado a Jesus a ponto de não ter vergonha de manifestá-lo em nenhuma circunstância, mesmo correndo o risco de ser mal-compreendido.
Comentário do Evangelho
O amor libertador
Pode-se perceber nesta narrativa de Lucas uma adaptação das narrativas semelhantes de Marcos (14,3-9), Mateus (26,6-13) e João (cf. 2 abr.), onde se trata de uma refeição em Betânia, na casa de Lázaro, Maria e Marta. A refeição em casa de fariseu é uma peculiaridade de Lucas. Com sua narrativa, na qual quem unge Jesus com o perfume é uma mulher pecadora, Lucas, apresentando a parábola dos dois devedores ao fariseu que o convidara, destaca cada vez mais o amor misericordioso de Jesus, e a dimensão libertadora e vivificante da fé que traz a paz.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
UM GESTO DE AMOR
Embora vivendo numa sociedade cheia de preconceitos, Jesus não se deixava levar por eles. Sua ação norteava-se pelas exigências do Reino; sua liberdade não dependia da opinião alheia. Por isso, não deixava de fazer o bem, quando necessário, mesmo correndo o risco de ser mal interpretado.
O fariseu, que convidara Jesus para uma refeição, tinha uma série de preconceitos. Olhava para as mulheres com desprezo. No caso das prostitutas, este desprezo transformava-se em verdadeiro asco e repúdio. Na sua opinião, os mestres deveriam guardar distância dessas mulheres e não se deixar tocar por elas. Também esse fariseu confundia ser profeta com ser capaz de conhecer as intenções dos outros.
Embora fosse o convidado, Jesus censurou seu anfitrião. Este observou, com malícia, o gesto amoroso de uma pecadora da cidade que entrara em sua casa, pondo-se a banhar os pés do Mestre com suas lágrimas, a enxugá-los com seus cabelos e a cobri-los de perfume. Para Jesus isto era uma manifestação de amor, para o fariseu, não passava de um gesto sensual. Além disso, a ação da mulher substituíra a falta de delicadeza do fariseu, que não realizou os gestos de praxe, quando da chegada de um hóspede. Enfim, aquela mulher, apesar de pecadora, tinha mais nobreza do que o anfitrião mal-educado e preconceituoso.
Oração
Senhor Jesus, tira de mim toda malícia e todo preconceito que me levam a interpretar, de forma equivocada, o que é gesto de amor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Ciência revela como mamíferos mergulhadores evitam doença descompressiva
Cientistas da Califórnia lançaram luz sobre um mistério que rondava os sete mares: como mamíferos, como os leões-marinhos, conseguem procurar comida nas profundezas sem sofrer os efeitos da descompressão? A doença descompressiva ocorre quando o gás nitrogênio, comprimido na corrente sanguínea sob pressão em profundidade, se expande durante a subida, provocando dor e podendo, inclusive, matar em alguns casos.
Pesquisadores chefiados por Birgitte McDonald, do Instituto de Oceanografia Scripps, capturou uma fêmea adulta de leão-marinho-da-califórnia (´Zalophus californianus´), anestesiaram-na e instalaram dispositivos no animal para registrar a pressão do oxigênio em sua artéria principal, bem como o tempo e a profundidade dos mergulhos.
Em seguida, o leão-marinho de 82 quilos foi libertado e os dados de seus movimentos - 48 mergulhos, cada um com duração média de seis minutos - foram enviados por rádio-transmissor.
A uma profundiade de cerca de 225 metros, houve uma queda súbita da pressão do oxigênio no corpo do animal, sinalizando que ele esvaziou seus pulmões para evitar que ar adicional (juntamente com nitrogênio) fosse para a corrente sanguínea.
A redução do volume pulmonar em mamíferos mergulhadores é uma ação natural, em que os alvéolos que processam o ar - estruturas elásticas, similares a balões, unidas aos brônquios - são esvaziados para reduzir o tamanho do órgão.
O leão-marinho capturado continuou mergulhando, alcançando até 300 metros de profundidade antes de começar a subir.
Por volta dos 247 metros, a pressão do oxigênio voltou a crescer, indicando que o animal voltou a inflar os pulmões, e caiu novamente quando atingiu a superfície.
Mas se o leão-marinho esvaziou os pulmões, onde ele guardou a preciosa reserva de ar que o ajudou a sobreviver durante a subida? A resposta: nas vias aéreas superiores, os grandes bronquíolos e traqueia, cujos tecidos não conseguem dissolver ar na corrente sanguínea.
Durante o retorno à superfície, o leão-marinho utilizou sua bolsa de ar para alimentar os alvéolos, sugeriu o estudo.
Ao final do experimento, os cientistas removeram os equipamentos do animal e o soltaram no mar, segundo o relato da pesquisa, publicado na edição desta terça-feira do periódico britânico Biology Letters.
AFP (domtotal.com)
Pesquisadores chefiados por Birgitte McDonald, do Instituto de Oceanografia Scripps, capturou uma fêmea adulta de leão-marinho-da-califórnia (´Zalophus californianus´), anestesiaram-na e instalaram dispositivos no animal para registrar a pressão do oxigênio em sua artéria principal, bem como o tempo e a profundidade dos mergulhos.
Em seguida, o leão-marinho de 82 quilos foi libertado e os dados de seus movimentos - 48 mergulhos, cada um com duração média de seis minutos - foram enviados por rádio-transmissor.
A uma profundiade de cerca de 225 metros, houve uma queda súbita da pressão do oxigênio no corpo do animal, sinalizando que ele esvaziou seus pulmões para evitar que ar adicional (juntamente com nitrogênio) fosse para a corrente sanguínea.
A redução do volume pulmonar em mamíferos mergulhadores é uma ação natural, em que os alvéolos que processam o ar - estruturas elásticas, similares a balões, unidas aos brônquios - são esvaziados para reduzir o tamanho do órgão.
O leão-marinho capturado continuou mergulhando, alcançando até 300 metros de profundidade antes de começar a subir.
Por volta dos 247 metros, a pressão do oxigênio voltou a crescer, indicando que o animal voltou a inflar os pulmões, e caiu novamente quando atingiu a superfície.
Mas se o leão-marinho esvaziou os pulmões, onde ele guardou a preciosa reserva de ar que o ajudou a sobreviver durante a subida? A resposta: nas vias aéreas superiores, os grandes bronquíolos e traqueia, cujos tecidos não conseguem dissolver ar na corrente sanguínea.
Durante o retorno à superfície, o leão-marinho utilizou sua bolsa de ar para alimentar os alvéolos, sugeriu o estudo.
Ao final do experimento, os cientistas removeram os equipamentos do animal e o soltaram no mar, segundo o relato da pesquisa, publicado na edição desta terça-feira do periódico britânico Biology Letters.
AFP (domtotal.com)
AQUI INSERIR O TEXTO DO COMENTÁRIO
OBS.: LEMBRAR DE INCREMENTAR O VALOR DE SPOILER EM:
EM TRES LOCAIS ONDE ELE APARECE
USAR ESTE PADRÃO: DATA NO FORMATO YYYYMMDD-ASSUMO
Evangelho do dia 19/09/2012
Uma geração "infantil"
Lc 7,31-35
E Jesus terminou, dizendo:
- Mas com quem posso comparar as pessoas de hoje? Com quem elas são parecidas? Elas são como crianças sentadas na praça. Um grupo grita para o outro:
"Nós tocamos músicas de casamento, mas vocês não dançaram! Cantamos músicas de sepultamento, mas vocês não choraram!"
João Batista jejua e não bebe vinho, e vocês dizem: "Ele está dominado por um demônio." O Filho do Homem come e bebe, e vocês dizem: "Vejam! Esse homem é comilão e beberrão; é amigo dos cobradores de impostos e de outras pessoas de má fama." Mas aqueles que aceitam a sabedoria de Deus mostram que ela é verdadeira.
Oração
Pai, purifica-me de toda forma de orgulho que me leva a desprezar meu semelhante e a julgar-me superior a ele. Como Jesus, desejo estar próximo de quem se afastou de ti.
Lc 7,31-35
E Jesus terminou, dizendo:
- Mas com quem posso comparar as pessoas de hoje? Com quem elas são parecidas? Elas são como crianças sentadas na praça. Um grupo grita para o outro:
"Nós tocamos músicas de casamento, mas vocês não dançaram! Cantamos músicas de sepultamento, mas vocês não choraram!"
João Batista jejua e não bebe vinho, e vocês dizem: "Ele está dominado por um demônio." O Filho do Homem come e bebe, e vocês dizem: "Vejam! Esse homem é comilão e beberrão; é amigo dos cobradores de impostos e de outras pessoas de má fama." Mas aqueles que aceitam a sabedoria de Deus mostram que ela é verdadeira.
Oração
Pai, purifica-me de toda forma de orgulho que me leva a desprezar meu semelhante e a julgar-me superior a ele. Como Jesus, desejo estar próximo de quem se afastou de ti.
Comentário do Evangelho
Em Jesus a plenitude do humano
Ao mencionar "as pessoas desta geração", Jesus está se referindo à classe dirigente judaica. O termo "geração" (geneá), no Antigo Testamento, é aplicado com frequência ao povo hebreu, em um determinado momento histórico, de maneira recriminatória (por ex.: "Certamente, nenhum dos homens desta maligna geração verá a boa terra que jurei dar a vossos pais" - Dt 1,35).
Os chefes religiosos do Templo e das sinagogas difamam João (tem demônio) e Jesus (comilão e beberrão). Assim fazem porque rejeitam em João o anúncio da libertação do pecado pela prática da justiça, pois isto esvazia e rompe com o Templo. Rejeitam em Jesus o amor misericordioso que acolhe a todos, com o que são descartados os preceitos excludentes da Lei.
João retirava-se para o deserto em protesto à vida corrompida na cidade e no Templo de Jerusalém. Porém, Jesus retorna às comunidades rurais e urbanas da periférica e gentílica Galileia, onde anuncia o Reino de Deus. O Filho do Homem é a plenitude do humano. O humano para ser realizado, ser pleno, é necessariamente solidário; é o viver em comunhão com todos para que não haja nenhum excluído e todos tenham vida plena. Esta é a verdadeira obra de sabedoria.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
ATITUDES CONTRADITÓRIAS
O modo como era tratado por seus contemporâneos deixava Jesus irritado. A má vontade deles levava-os a interpretar mal tudo o que o Mestre fazia. De forma alguma, deixavam-se convencer pelo messianismo de Jesus, mesmo vendo seus milagres e prodígios.
Uma das atitudes de Jesus, censurada por eles, era sua solidariedade com os pecadores e as pessoas marginalizadas pela sociedade. Jesus não se envergonhava de ser visto na companhia desse tipo de gente, nem de sentar-se à mesa com ela. Sua atitude fundava-se numa profunda consciência de ter sido enviado para trazer a salvação, mormente aos pecadores. Sendo assim, seu tempo deveria ser gasto com estes e não com quem pensava ter assegurada sua própria salvação. Jesus estava com quem o Pai queria que ele estivesse. Ele não haveria de mudar de comportamento por causa das críticas e das maledicências alheias.
Entretanto, o Mestre percebia na reação de seus críticos uma raiz viciada: no fundo, não queriam mesmo era se converter. Qualquer quer fosse a atitude de Jesus, teriam motivos para rejeitá-lo.
João, em sua austeridade de vida, fora chamado de possesso. Jesus, que vivia sem preconceitos, era chamado de glutão e beberrão.
A condenação desses inimigos do Mestre seria conseqüência de sua má vontade, que os levava a fechar-se à salvação oferecida por Deus.
Oração
Senhor Jesus, ensina-me a ser solidário com os pecadores e marginalizados, de modo a manifestar-lhes a misericórdia de Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Em Jesus a plenitude do humano
Ao mencionar "as pessoas desta geração", Jesus está se referindo à classe dirigente judaica. O termo "geração" (geneá), no Antigo Testamento, é aplicado com frequência ao povo hebreu, em um determinado momento histórico, de maneira recriminatória (por ex.: "Certamente, nenhum dos homens desta maligna geração verá a boa terra que jurei dar a vossos pais" - Dt 1,35).
Os chefes religiosos do Templo e das sinagogas difamam João (tem demônio) e Jesus (comilão e beberrão). Assim fazem porque rejeitam em João o anúncio da libertação do pecado pela prática da justiça, pois isto esvazia e rompe com o Templo. Rejeitam em Jesus o amor misericordioso que acolhe a todos, com o que são descartados os preceitos excludentes da Lei.
João retirava-se para o deserto em protesto à vida corrompida na cidade e no Templo de Jerusalém. Porém, Jesus retorna às comunidades rurais e urbanas da periférica e gentílica Galileia, onde anuncia o Reino de Deus. O Filho do Homem é a plenitude do humano. O humano para ser realizado, ser pleno, é necessariamente solidário; é o viver em comunhão com todos para que não haja nenhum excluído e todos tenham vida plena. Esta é a verdadeira obra de sabedoria.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
ATITUDES CONTRADITÓRIAS
O modo como era tratado por seus contemporâneos deixava Jesus irritado. A má vontade deles levava-os a interpretar mal tudo o que o Mestre fazia. De forma alguma, deixavam-se convencer pelo messianismo de Jesus, mesmo vendo seus milagres e prodígios.
Uma das atitudes de Jesus, censurada por eles, era sua solidariedade com os pecadores e as pessoas marginalizadas pela sociedade. Jesus não se envergonhava de ser visto na companhia desse tipo de gente, nem de sentar-se à mesa com ela. Sua atitude fundava-se numa profunda consciência de ter sido enviado para trazer a salvação, mormente aos pecadores. Sendo assim, seu tempo deveria ser gasto com estes e não com quem pensava ter assegurada sua própria salvação. Jesus estava com quem o Pai queria que ele estivesse. Ele não haveria de mudar de comportamento por causa das críticas e das maledicências alheias.
Entretanto, o Mestre percebia na reação de seus críticos uma raiz viciada: no fundo, não queriam mesmo era se converter. Qualquer quer fosse a atitude de Jesus, teriam motivos para rejeitá-lo.
João, em sua austeridade de vida, fora chamado de possesso. Jesus, que vivia sem preconceitos, era chamado de glutão e beberrão.
A condenação desses inimigos do Mestre seria conseqüência de sua má vontade, que os levava a fechar-se à salvação oferecida por Deus.
Oração
Senhor Jesus, ensina-me a ser solidário com os pecadores e marginalizados, de modo a manifestar-lhes a misericórdia de Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Manifestantes do Femen realizam ato seminuas em Paris
Integrantes comemoram abertura de sede em antigo teatro da cidade.
Elas pintaram 'Sou livre' e 'Muçulmanos devem ficar pelados' no corpo.
Integrantes do grupo Femen realizam ato nesta terça-feira (18) em Paris.
As manifestantes comemoram a abertura do Centro Femen no antigo teatro Lavoir Moderne Parisien.
Elas pintaram frases como 'Sou livre', 'Muçulmanos devem ficar pelados' e 'Nosso Deus é ulher' no corpo.
Ativistas do movimento feminista Femen fazem ato que inaugura o Centro Femen em um antigo teatro de Paris, nesta terça-feira (18) (Foto: AFP)
Centro Femen fica no antigo teatro Lavoir Moderne Parisien, em Paris (Foto: AFP)
Manifestantes do Femen pintaram frases como 'Sou livre' no corpo. Cartaz ao fundo lê 'Guerra nua' (Foto: AFP)
Integrantes seminuas do Femen andam pelas ruas de Paris. O cartaz lê 'Femen é um novo feminismo' (Foto: AFP)
Integrantes seminuas do Femen andam pelas ruas de Paris (Foto: AFP)
Evangelho do dia 18/09/2012
Um toque que ressuscita!
Lc 7,11-17
Pouco tempo depois Jesus foi para uma cidade chamada Naim. Os seus discípulos e uma grande multidão foram com ele. Quando ele estava chegando perto do portão da cidade, ia saindo um enterro. O defunto era filho único de uma viúva, e muita gente da cidade ia com ela. Quando o Senhor a viu, ficou com muita pena dela e disse:
- Não chore.
Então ele chegou mais perto e tocou no caixão. E os que o estavam carregando pararam. Então Jesus disse:
- Moço, eu ordeno a você: levante-se!
O moço sentou-se no caixão e começou a falar, e Jesus o entregou à mãe. Todos ficaram com muito medo e louvavam a Deus, dizendo:
- Que grande profeta apareceu entre nós! Deus veio salvar o seu povo!
Essas notícias a respeito de Jesus se espalharam por todo o país e pelas regiões vizinhas.
Oração
Pai, torna-me sensível ao sofrimento e à dor de cada pessoa que encontro no meu caminho. Que a minha compaixão se demonstre com gestos concretos.
Lc 7,11-17
Pouco tempo depois Jesus foi para uma cidade chamada Naim. Os seus discípulos e uma grande multidão foram com ele. Quando ele estava chegando perto do portão da cidade, ia saindo um enterro. O defunto era filho único de uma viúva, e muita gente da cidade ia com ela. Quando o Senhor a viu, ficou com muita pena dela e disse:
- Não chore.
Então ele chegou mais perto e tocou no caixão. E os que o estavam carregando pararam. Então Jesus disse:
- Moço, eu ordeno a você: levante-se!
O moço sentou-se no caixão e começou a falar, e Jesus o entregou à mãe. Todos ficaram com muito medo e louvavam a Deus, dizendo:
- Que grande profeta apareceu entre nós! Deus veio salvar o seu povo!
Essas notícias a respeito de Jesus se espalharam por todo o país e pelas regiões vizinhas.
Oração
Pai, torna-me sensível ao sofrimento e à dor de cada pessoa que encontro no meu caminho. Que a minha compaixão se demonstre com gestos concretos.
Comentário do Evangelho
Os gestos de Jesus
Jesus dirige-se a Naim, com os discípulos e uma grande multidão. Quando chegam à porta da cidade cercada com muralhas, por coincidência encontram uma outra grande multidão que saía, acompanhando uma viúva, carregando seu filho morto para o enterro. Era o filho único de uma viúva, o que torna o fato mais dramático. Jesus, comovido, se faz próximo daquela viúva.
Nos detalhes, Lucas associa Jesus ao profeta Elias que, em cena bem semelhante, ressuscitara o filho de uma viúva em Sarepta. Contudo, com o dom da vida eterna, Jesus supera o taumaturgo Elias. O "levantar-se" é a superação da morte. Depois de colocado no túmulo, Jesus "levantou-se", em todas as narrativas dos evangelistas. O "levantar-se" de Jesus é traduzido por "ressuscitar".
Os gestos de Jesus encontram seu pleno sentido à luz de sua palavra. Ele veio para "levantar" a todos, libertando de toda escravidão e de toda humilhação, dando novo sentido à vida, na solidariedade fraterna e na comunhão com Deus.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
MOVIDO DE COMPAIXÃO
Jesus era altamente sensível ao sofrimento humano. Não lhe passava despercebida nenhuma só situação de dor e angústia. Sua sensibilidade era ainda mais aguçada quando se tratava de pessoas cuja condição social as tornava vulneráveis, vítimas da exploração e da marginalização.
Todo o seu ministério foi pontilhado de experiências de compaixão. O episódio às portas da cidadezinha de Naim é um bom exemplo disto. Aí ele se deparou com uma cena dramática: o enterro do filho único de uma viúva. A situação daquela mulher era de total desamparo: viúva e sem outros filhos para ampará-la. Via-se abandonada à própria sorte. Seu futuro, pois, era incerto.
Sem esperar ser solicitado, Jesus tomou a iniciativa de devolver a esperança ao coração daquela mulher, pois teve compaixão dela. Não se limitou, porém, a simples palavras de consolação. Ressuscitou-lhe o filho que era levado para a sepultura.
Assim, ela, bem como seu filho, passaram por um processo de revivificação. Marcada pela morte do esposo e do filho único, sem dúvida, ela já não tinha mais motivos para viver. Sua vida teria sido uma contínua espera da morte. O gesto misericordioso de Jesus reacendeu-lhe a chama da vida. Valia a pena continuar viver!
Oração
Senhor Jesus, que eu seja sensível à angústia e aos sofrimentos do meu próximo, e ajuda-me a devolver-lhe a alegria de viver.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Os gestos de Jesus
Jesus dirige-se a Naim, com os discípulos e uma grande multidão. Quando chegam à porta da cidade cercada com muralhas, por coincidência encontram uma outra grande multidão que saía, acompanhando uma viúva, carregando seu filho morto para o enterro. Era o filho único de uma viúva, o que torna o fato mais dramático. Jesus, comovido, se faz próximo daquela viúva.
Nos detalhes, Lucas associa Jesus ao profeta Elias que, em cena bem semelhante, ressuscitara o filho de uma viúva em Sarepta. Contudo, com o dom da vida eterna, Jesus supera o taumaturgo Elias. O "levantar-se" é a superação da morte. Depois de colocado no túmulo, Jesus "levantou-se", em todas as narrativas dos evangelistas. O "levantar-se" de Jesus é traduzido por "ressuscitar".
Os gestos de Jesus encontram seu pleno sentido à luz de sua palavra. Ele veio para "levantar" a todos, libertando de toda escravidão e de toda humilhação, dando novo sentido à vida, na solidariedade fraterna e na comunhão com Deus.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
MOVIDO DE COMPAIXÃO
Jesus era altamente sensível ao sofrimento humano. Não lhe passava despercebida nenhuma só situação de dor e angústia. Sua sensibilidade era ainda mais aguçada quando se tratava de pessoas cuja condição social as tornava vulneráveis, vítimas da exploração e da marginalização.
Todo o seu ministério foi pontilhado de experiências de compaixão. O episódio às portas da cidadezinha de Naim é um bom exemplo disto. Aí ele se deparou com uma cena dramática: o enterro do filho único de uma viúva. A situação daquela mulher era de total desamparo: viúva e sem outros filhos para ampará-la. Via-se abandonada à própria sorte. Seu futuro, pois, era incerto.
Sem esperar ser solicitado, Jesus tomou a iniciativa de devolver a esperança ao coração daquela mulher, pois teve compaixão dela. Não se limitou, porém, a simples palavras de consolação. Ressuscitou-lhe o filho que era levado para a sepultura.
Assim, ela, bem como seu filho, passaram por um processo de revivificação. Marcada pela morte do esposo e do filho único, sem dúvida, ela já não tinha mais motivos para viver. Sua vida teria sido uma contínua espera da morte. O gesto misericordioso de Jesus reacendeu-lhe a chama da vida. Valia a pena continuar viver!
Oração
Senhor Jesus, que eu seja sensível à angústia e aos sofrimentos do meu próximo, e ajuda-me a devolver-lhe a alegria de viver.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Náutico vence o Atlético
O Náutico venceu o Atlético, por 1 a 0, na tarde deste domingo, no Estádio dos Aflitos, no Recife. Em uma tarde ruim, o time de Belo Horizonte sofreu a seu terceira derrota na temporada e perdeu a chance de retomar a liderança, que segue ocupada pelo Fluminense. O Galo é vice-líder do torneio, com 51 pontos, dois a menos que o primeiro lugar. O Timbu, por outro lado, atingiu a 12ª colocação, com 31 pontos conquistados.
O time mandante começou melhor. Com maior domínio do jogo, o Timbu trocou bons passes e envolveu o visitante. As principais jogadas da primeira etapa saíram dos pés do meia-atacante Rhayner. O jogador da equipe pernambucana usufruiu de sua velocidade para incomodar o goleiro Victor. No tempo inicial, o camisa 11 foi responsável por três lances de muito perigo.
O time mandante começou melhor. Com maior domínio do jogo, o Timbu trocou bons passes e envolveu o visitante. As principais jogadas da primeira etapa saíram dos pés do meia-atacante Rhayner. O jogador da equipe pernambucana usufruiu de sua velocidade para incomodar o goleiro Victor. No tempo inicial, o camisa 11 foi responsável por três lances de muito perigo.
As jogadas alvirrubras comprovam a superioridade do time. No primeiro minuto, Rhayner recebeu ótimo cruzamento de Rogério e finalizou por cima do gol de Victor. Aos 26 minutos, o mesmo atleta criou nova oportunidade. Desta vez, no entanto, foi o lateral-direito Alessandro quem finalizou para fora.
O Alvinegro, por sua vez, teve dificuldades para reter a bola e trocar passes, ponto forte do time de Cuca neste Campeonato Brasileiro. Ronaldinho e Bernard – que constituíam dúvidas do treinador – não mostraram o bom futebol de costume e, por isso, o Galo não conseguiu criar boas chances de abrir o placar.
Na volta da intervalo, as duas equipes não efetuaram modificações. E o domínio do Timbu permaneceu. Bastou apenas três minutos para o time mandante inaugurar o marcador. Rafael Marques falhou na marcação e obrigou Júnior César a cometer falta. Na cobrança, o volante Souza finalizou rasteiro, por baixo da barreira, e estufou a rede do goleiro Victor.
Após o gol, o Náutico recuou, buscando os contragolpes, enquanto o Atlético-MG adiantou o seu posicionamento para tentar igualar o confronto. A equipe mineira, entretanto, seguiu com dificuldades na criação de jogadas. Abaixo da crítica, Ronaldinho e Bernard criaram apenas uma oportunidade.
Saindo nos lances de velocidade, o Náutico ainda conseguiu uma penalidade com o atacante Araújo. O camisa 10 do time de Pernambuco foi o responsável pela bola parada. Porém, ele parou nas mãos do goleiro Victor, que ainda teve que sair para fazer nova intervenção.
A defesa do arqueiro atleticano deu moral ao Alvinegro. Ronaldinho passou a chamar o jogo. Porém, o craque errou bastante no momento do último passe. Os outros homens do setor de criação - Bernard e Escudero - pouco fizeram também. A única chance de risco do Galo ocorreu aos 38 minutos da etapa complementar, em uma cobrança de falta de R49.
O goleiro atleticano teve que fazer uma nova intervenção. Rogério recebeu lançamento de Dadá e finalizou forte, aos 41 minutos. O camisa 83 fez caiu no canto certo e afastou a chance do Timbu ampliar a sua vantagem. O volante Josa ainda foi expulso. Aos 48 minutos, o meio-campista agrediu o lateral-direito Marcos Roicha e foi punido com um cartão vermelho.
FICHA TÉCNICA
NÁUTICO 1 X 0 ATLÉTICO
NÁUTICO
Gideão; Alessandro, Alemão, Ronaldo Alves e Douglas Santos; Elicarlos, Josa, Souza (Alison - 43´ 2ºT) e Rhayner; Araújo (Dadá - 38´ 2ºT) e Rogério. Técnico: Alexandre Gallo.
ATLÉTICO
Victor; Marcos Rocha, Réver, Rafael Marques e Júnior César (Richarlyson - 28´ 2ºT); Pierre, Leandro Donizete, Danilinho (Escudero - 12´ 2ºT), Ronaldinho e Bernard; Leonardo (Neto Berola - 16´ 2ºT). Técnico: Cuca.
Local: Estádio dos Aflitos, no Recife (PE)
Data e hora: 16/9/2012, às 16h (de Brasília)
Árbitro: Flávio Rodrigues Guerra (SP)
Assistentes: Fabrício da Silva (GO) e Bruno Rizo (SP)
Gol: Souza (3´ 2ºT)
Cartões amarelos: Douglas Santos (NAU); Rafael Marques, Júnior César, Marcos Rocha, Victor (CAM)
Cartão vermelho: Josa (NAU)
Fonte: Lance (domtotal.com)
O Alvinegro, por sua vez, teve dificuldades para reter a bola e trocar passes, ponto forte do time de Cuca neste Campeonato Brasileiro. Ronaldinho e Bernard – que constituíam dúvidas do treinador – não mostraram o bom futebol de costume e, por isso, o Galo não conseguiu criar boas chances de abrir o placar.
Na volta da intervalo, as duas equipes não efetuaram modificações. E o domínio do Timbu permaneceu. Bastou apenas três minutos para o time mandante inaugurar o marcador. Rafael Marques falhou na marcação e obrigou Júnior César a cometer falta. Na cobrança, o volante Souza finalizou rasteiro, por baixo da barreira, e estufou a rede do goleiro Victor.
Após o gol, o Náutico recuou, buscando os contragolpes, enquanto o Atlético-MG adiantou o seu posicionamento para tentar igualar o confronto. A equipe mineira, entretanto, seguiu com dificuldades na criação de jogadas. Abaixo da crítica, Ronaldinho e Bernard criaram apenas uma oportunidade.
Saindo nos lances de velocidade, o Náutico ainda conseguiu uma penalidade com o atacante Araújo. O camisa 10 do time de Pernambuco foi o responsável pela bola parada. Porém, ele parou nas mãos do goleiro Victor, que ainda teve que sair para fazer nova intervenção.
A defesa do arqueiro atleticano deu moral ao Alvinegro. Ronaldinho passou a chamar o jogo. Porém, o craque errou bastante no momento do último passe. Os outros homens do setor de criação - Bernard e Escudero - pouco fizeram também. A única chance de risco do Galo ocorreu aos 38 minutos da etapa complementar, em uma cobrança de falta de R49.
O goleiro atleticano teve que fazer uma nova intervenção. Rogério recebeu lançamento de Dadá e finalizou forte, aos 41 minutos. O camisa 83 fez caiu no canto certo e afastou a chance do Timbu ampliar a sua vantagem. O volante Josa ainda foi expulso. Aos 48 minutos, o meio-campista agrediu o lateral-direito Marcos Roicha e foi punido com um cartão vermelho.
FICHA TÉCNICA
NÁUTICO 1 X 0 ATLÉTICO
NÁUTICO
Gideão; Alessandro, Alemão, Ronaldo Alves e Douglas Santos; Elicarlos, Josa, Souza (Alison - 43´ 2ºT) e Rhayner; Araújo (Dadá - 38´ 2ºT) e Rogério. Técnico: Alexandre Gallo.
ATLÉTICO
Victor; Marcos Rocha, Réver, Rafael Marques e Júnior César (Richarlyson - 28´ 2ºT); Pierre, Leandro Donizete, Danilinho (Escudero - 12´ 2ºT), Ronaldinho e Bernard; Leonardo (Neto Berola - 16´ 2ºT). Técnico: Cuca.
Local: Estádio dos Aflitos, no Recife (PE)
Data e hora: 16/9/2012, às 16h (de Brasília)
Árbitro: Flávio Rodrigues Guerra (SP)
Assistentes: Fabrício da Silva (GO) e Bruno Rizo (SP)
Gol: Souza (3´ 2ºT)
Cartões amarelos: Douglas Santos (NAU); Rafael Marques, Júnior César, Marcos Rocha, Victor (CAM)
Cartão vermelho: Josa (NAU)
Fonte: Lance (domtotal.com)
Evangelho do dia 17/09/2012
Jesus nunca viu tanta fé!
Lc 7,1-10
Quando Jesus acabou de dizer essas coisas ao povo, foi para a cidade de Cafarnaum. Havia ali um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito. O empregado estava gravemente doente, quase morto. Quando o oficial ouviu falar de Jesus, enviou alguns líderes judeus para pedirem a ele que viesse curar o seu empregado. Eles foram falar com Jesus e lhe pediram com insistência:
- Esse homem merece, de fato, a sua ajuda, pois estima muito o nosso povo e até construiu uma sinagoga para nós.
Então Jesus foi com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial romano mandou alguns amigos dizerem a Jesus:
- Senhor, não se incomode, pois eu não mereço que entre na minha casa. E acho também que não mereço a honra de falar pessoalmente com o senhor. Dê somente uma ordem, e o meu empregado ficará bom. Eu também estou debaixo da autoridade de oficiais superiores e tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Digo para um: "Vá lá", e ele vai. Digo para outro: "Venha cá", e ele vem. E digo também para o meu empregado: "Faça isto", e ele faz.
Jesus ficou muito admirado quando ouviu isso. Então virou-se e disse para a multidão que o seguia:
- Eu afirmo a vocês que nunca vi tanta fé, nem mesmo entre o povo de Israel!
Aí os amigos do oficial voltaram para a casa dele e encontraram o empregado curado.
Oração
Pai, dá-me um coração misericordioso e humildade que me leve a compadecer-me do meu semelhante.
Lc 7,1-10
Quando Jesus acabou de dizer essas coisas ao povo, foi para a cidade de Cafarnaum. Havia ali um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito. O empregado estava gravemente doente, quase morto. Quando o oficial ouviu falar de Jesus, enviou alguns líderes judeus para pedirem a ele que viesse curar o seu empregado. Eles foram falar com Jesus e lhe pediram com insistência:
- Esse homem merece, de fato, a sua ajuda, pois estima muito o nosso povo e até construiu uma sinagoga para nós.
Então Jesus foi com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial romano mandou alguns amigos dizerem a Jesus:
- Senhor, não se incomode, pois eu não mereço que entre na minha casa. E acho também que não mereço a honra de falar pessoalmente com o senhor. Dê somente uma ordem, e o meu empregado ficará bom. Eu também estou debaixo da autoridade de oficiais superiores e tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Digo para um: "Vá lá", e ele vai. Digo para outro: "Venha cá", e ele vem. E digo também para o meu empregado: "Faça isto", e ele faz.
Jesus ficou muito admirado quando ouviu isso. Então virou-se e disse para a multidão que o seguia:
- Eu afirmo a vocês que nunca vi tanta fé, nem mesmo entre o povo de Israel!
Aí os amigos do oficial voltaram para a casa dele e encontraram o empregado curado.
Oração
Pai, dá-me um coração misericordioso e humildade que me leve a compadecer-me do meu semelhante.
Comentário do Evangelho
O poder da fé
Enquanto no evangelho de Mateus o centurião romano vai, pessoalmente, encontrar-se com Jesus, na narrativa de Lucas ele envia alguns anciãos para pedir a Jesus por seu servo. Lucas realça a ação à distância de Jesus, mantendo-o afastado do centurião e do servo doente. Mesmo quando Jesus se dirige à casa do centurião, este, através de emissários, humildemente dispensa a entrada de Jesus em sua casa, pedindo apenas por uma palavra sua. A fé do centurião foi tão grande, sem igual em Israel.
A narrativa inspira a universalidade da missão. A presença do amor vivificante faz germinar a fé em qualquer povo ou nação, em qualquer época.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
UM EXEMPLO DE BONDADE
A atitude do oficial romano de Cafarnaum é um modelo de bondade. Apesar de ser estrangeiro, portanto, um pagão e de estar a serviço dos opressores, era amado pelo povo. Sua bondade manifestava-se na forma caridosa como tratava seus empregados, preocupando-se com a sua saúde deles. Mas expressava-se, também, no trato gentil com o povo da cidade, pois até mandou construir para estes a sinagoga local. Longe de ser uma pessoa arrogante e prepotente, sabia cativar as pessoas e manifestar-lhes apreço.
Sua relação com Jesus foi igualmente exemplar. Apesar do cargo que ocupava e ter muita gente sob seu comando, sentia-se indigno de encontrar-se com Jesus e acolhê-lo em sua casa. Por isso, mandou-lhe mensageiros. Bastaria que o Mestre, mesmo de longe, ordenasse a cura de seu servo, pois acreditava no poder de Jesus.
A reação do Mestre foi de profunda admiração. Entre os judeus, ele não havia encontrado tamanha fé como a daquele pagão. Fé que se manifestava num amor entranhado ao próximo. Por isso, fez exatamente como o oficial romano havia sugerido. Os enviados voltaram para casa e encontraram o servo em perfeita saúde.
A bondade do oficial romano, para com seus súditos e o povo da Galiléia, teve como contrapartida a misericórdia de Jesus.
Oração
Senhor Jesus, dá-me um coração amável e bondoso que saiba compadecer-se e ser solidário com o sofrimento e as necessidades dos outros.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
O poder da fé
Enquanto no evangelho de Mateus o centurião romano vai, pessoalmente, encontrar-se com Jesus, na narrativa de Lucas ele envia alguns anciãos para pedir a Jesus por seu servo. Lucas realça a ação à distância de Jesus, mantendo-o afastado do centurião e do servo doente. Mesmo quando Jesus se dirige à casa do centurião, este, através de emissários, humildemente dispensa a entrada de Jesus em sua casa, pedindo apenas por uma palavra sua. A fé do centurião foi tão grande, sem igual em Israel.
A narrativa inspira a universalidade da missão. A presença do amor vivificante faz germinar a fé em qualquer povo ou nação, em qualquer época.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
UM EXEMPLO DE BONDADE
A atitude do oficial romano de Cafarnaum é um modelo de bondade. Apesar de ser estrangeiro, portanto, um pagão e de estar a serviço dos opressores, era amado pelo povo. Sua bondade manifestava-se na forma caridosa como tratava seus empregados, preocupando-se com a sua saúde deles. Mas expressava-se, também, no trato gentil com o povo da cidade, pois até mandou construir para estes a sinagoga local. Longe de ser uma pessoa arrogante e prepotente, sabia cativar as pessoas e manifestar-lhes apreço.
Sua relação com Jesus foi igualmente exemplar. Apesar do cargo que ocupava e ter muita gente sob seu comando, sentia-se indigno de encontrar-se com Jesus e acolhê-lo em sua casa. Por isso, mandou-lhe mensageiros. Bastaria que o Mestre, mesmo de longe, ordenasse a cura de seu servo, pois acreditava no poder de Jesus.
A reação do Mestre foi de profunda admiração. Entre os judeus, ele não havia encontrado tamanha fé como a daquele pagão. Fé que se manifestava num amor entranhado ao próximo. Por isso, fez exatamente como o oficial romano havia sugerido. Os enviados voltaram para casa e encontraram o servo em perfeita saúde.
A bondade do oficial romano, para com seus súditos e o povo da Galiléia, teve como contrapartida a misericórdia de Jesus.
Oração
Senhor Jesus, dá-me um coração amável e bondoso que saiba compadecer-se e ser solidário com o sofrimento e as necessidades dos outros.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Evangelho do dia 14/09/2012
Na cruz, a salvação
Jo 3,13-17
Ninguém subiu ao céu, a não ser o Filho do Homem, que desceu do céu.
- Assim como Moisés, no deserto, levantou a cobra de bronze numa estaca, assim também o Filho do Homem tem de ser levantado, para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna. Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna. Pois Deus mandou o seu Filho para salvar o mundo e não para julgá-lo.
Oração
Pai, ao exaltar a cruz de teu Filho Jesus, quero abrir meu coração para que ela frutifique em mim, renovando minha disposição de ser totalmente fiel a ti.
Jo 3,13-17
Ninguém subiu ao céu, a não ser o Filho do Homem, que desceu do céu.
- Assim como Moisés, no deserto, levantou a cobra de bronze numa estaca, assim também o Filho do Homem tem de ser levantado, para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna. Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna. Pois Deus mandou o seu Filho para salvar o mundo e não para julgá-lo.
Oração
Pai, ao exaltar a cruz de teu Filho Jesus, quero abrir meu coração para que ela frutifique em mim, renovando minha disposição de ser totalmente fiel a ti.
Comentário do Evangelho
Jesus, fonte de vida eterna
Neste texto temos um trecho da resposta de Jesus a Nicodemos que, interpretando ao pé da letra as palavras de Jesus, questiona como um homem, sendo velho, pode nascer de novo. Jesus é a fonte da vida eterna. Em sua trajetória, vindo do Pai e ao Pai voltando, Jesus, Filho do Homem, isto é, plenamente humano, realiza a salvação, que é a comunicação da vida divina e eterna a todos que creem nele. São os que creem no amor, na justiça e no direito, e que se empenham no serviço à vida, na preservação da natureza e na promoção humana dos pequeninos e excluídos.
Jesus de Nazaré, na plenitude de sua humanidade, é o dom de amor de Deus ao mundo. É a Palavra que se fez carne e veio morar entre nós. A elevação do Filho do Homem é a elevação do humano, com o resgate de sua dignidade. O antigo modelo da serpente de bronze no deserto (Nm 21,9), que motivava a fé, dá lugar a Jesus que comunica a vida e a todos atrai pela manifestação da graça e da verdade (Jo 1,17). A missão de Jesus não é a de condenação do mundo, mas de salvação, pela comunicação da vida divina e eterna a todos. É a missão da misericórdia e do amor, a que todos somos chamados.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
SALVOS PELA CRUZ
A expressão “exaltação da cruz” deve ser corretamente compreendida para se evitar mal entendidos. Erraria quem a interpretasse como uma apologia do sofrimento, privando-a do contexto em que se deu na vida de Jesus.
O diálogo com Nicodemos ajuda-nos a encontrar o sentido da cruz, no conjunto do ministério do Mestre. Evocando a serpente de bronze erguida por Moisés no deserto, Jesus afirmava ser necessário que ele também fosse elevado para salvar os que haveriam de crer nele. Como a serpente de bronze era penhor de vida para o povo pecador que a contemplava no alto do mastro, o mesmo aconteceria com o Messias. A força salvadora do Filho erguido na cruz era uma clara manifestação da presença do Pai em sua vida. Afinal, na cruz, o Filho revelava sua mais absoluta fidelidade ao Pai. Por se recusar a não trilhar o caminho traçado pelo Pai, teve de se confrontar com a terrível experiência de sofrer a morte dos malfeitores. Assim, tornou-se fonte de salvação.
A exaltação da cruz tem por objetivo glorificar Jesus por seu testemunho de adesão incondicional ao querer do Pai. Só é capaz deste gesto quem acolheu a salvação de que é portadora, e deseja mostrar-se agradecido a Jesus, por tamanha prova de amor. Quem se dispõe a abrir o coração e deixar a cruz dar seus frutos de vida e salvação, irá beneficiar-se do amor infinito que o Pai demonstrou pela humanidade pecadora.
Oração
Pai, ao exaltar a cruz de teu Filho Jesus, quero abrir meu coração para que ela frutifique em mim, renovando minha disposição de ser totalmente fiel a ti.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Jesus, fonte de vida eterna
Neste texto temos um trecho da resposta de Jesus a Nicodemos que, interpretando ao pé da letra as palavras de Jesus, questiona como um homem, sendo velho, pode nascer de novo. Jesus é a fonte da vida eterna. Em sua trajetória, vindo do Pai e ao Pai voltando, Jesus, Filho do Homem, isto é, plenamente humano, realiza a salvação, que é a comunicação da vida divina e eterna a todos que creem nele. São os que creem no amor, na justiça e no direito, e que se empenham no serviço à vida, na preservação da natureza e na promoção humana dos pequeninos e excluídos.
Jesus de Nazaré, na plenitude de sua humanidade, é o dom de amor de Deus ao mundo. É a Palavra que se fez carne e veio morar entre nós. A elevação do Filho do Homem é a elevação do humano, com o resgate de sua dignidade. O antigo modelo da serpente de bronze no deserto (Nm 21,9), que motivava a fé, dá lugar a Jesus que comunica a vida e a todos atrai pela manifestação da graça e da verdade (Jo 1,17). A missão de Jesus não é a de condenação do mundo, mas de salvação, pela comunicação da vida divina e eterna a todos. É a missão da misericórdia e do amor, a que todos somos chamados.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
SALVOS PELA CRUZ
A expressão “exaltação da cruz” deve ser corretamente compreendida para se evitar mal entendidos. Erraria quem a interpretasse como uma apologia do sofrimento, privando-a do contexto em que se deu na vida de Jesus.
O diálogo com Nicodemos ajuda-nos a encontrar o sentido da cruz, no conjunto do ministério do Mestre. Evocando a serpente de bronze erguida por Moisés no deserto, Jesus afirmava ser necessário que ele também fosse elevado para salvar os que haveriam de crer nele. Como a serpente de bronze era penhor de vida para o povo pecador que a contemplava no alto do mastro, o mesmo aconteceria com o Messias. A força salvadora do Filho erguido na cruz era uma clara manifestação da presença do Pai em sua vida. Afinal, na cruz, o Filho revelava sua mais absoluta fidelidade ao Pai. Por se recusar a não trilhar o caminho traçado pelo Pai, teve de se confrontar com a terrível experiência de sofrer a morte dos malfeitores. Assim, tornou-se fonte de salvação.
A exaltação da cruz tem por objetivo glorificar Jesus por seu testemunho de adesão incondicional ao querer do Pai. Só é capaz deste gesto quem acolheu a salvação de que é portadora, e deseja mostrar-se agradecido a Jesus, por tamanha prova de amor. Quem se dispõe a abrir o coração e deixar a cruz dar seus frutos de vida e salvação, irá beneficiar-se do amor infinito que o Pai demonstrou pela humanidade pecadora.
Oração
Pai, ao exaltar a cruz de teu Filho Jesus, quero abrir meu coração para que ela frutifique em mim, renovando minha disposição de ser totalmente fiel a ti.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Sustentabilidade hoje quer dizer tudo e nada
Por Simone Iwasso*
Sustentabilidade, por enquanto, é um recurso usado pelos departamentos de marketing de empresas
O rótulo "sustentável" se transformou mais em um recurso usado à exaustão pelos departamentos de marketing de empresas do que conceito norteador de propostas.
"Hoje tenho até medo de falar em sustentabilidade, porque é tudo e ao mesmo tempo é completamente nada", diz a pedagoga Heloisa Amorim, da Secretaria de Educação e Cultura de São Paulo, que fundou, em 1994, uma empresa que se dedica a desenhar e colocar em prática projetos sustentáveis para empresas, que vão da área de energia à cultura.
Sustentabilidade, por enquanto, é um recurso usado pelos departamentos de marketing de empresas
O rótulo "sustentável" se transformou mais em um recurso usado à exaustão pelos departamentos de marketing de empresas do que conceito norteador de propostas.
"Hoje tenho até medo de falar em sustentabilidade, porque é tudo e ao mesmo tempo é completamente nada", diz a pedagoga Heloisa Amorim, da Secretaria de Educação e Cultura de São Paulo, que fundou, em 1994, uma empresa que se dedica a desenhar e colocar em prática projetos sustentáveis para empresas, que vão da área de energia à cultura.
O que é um projeto ou uma empresa sustentável?
Sustentável é a empresa que consegue tratar seus negócios pensando nas pessoas que estão trabalhando nele e nas pessoas que vão ser impactadas por ele. É a empresa que pensa em como desenvolver uma proposta de forma que este planeta esteja sendo cuidado e pensado e, ao mesmo tempo, como fazer com que esse projeto seja viabilizado. Pelo que vejo no mundo empresarial, essa é a parte mais complicada.
Por que é tão complicado?
O que vejo muitas vezes no mundo corporativo são empresas que têm dificuldades muito grande em trabalhar simultaneamente os três pilares que sustentam a ideia de sustentabilidade. Vejo empresas que cuidam muito bem do meio ambiente, que têm dezenas de pessoas pensando, elaborando políticas de preservação, de proteção, de crédito de carbono, de como fazer o descarte correto de resíduos.
Só que essas mesmas empresas, super preocupadas com seu cliente, com seu consumidor, também adotam políticas bastante leoninas com seus funcionários e com os seus fornecedores. Uma empresa para que seja sustentável tem de entender primeiro o que é cadeia de valor no seu sentido mais amplo, e como isso se traduz no preço e no custo dos seus produtos e serviços. E, como esses produtos e serviços vão trabalhar a favor do meio ambiente, o que é diferente de pensar em como não vão atrapalhar. Já passamos dessa fase de apenas não prejudicar. Somente no momento em que isso acontecer, essa empresa pode dizer que tem uma política de sustentabilidade.
As empresas ainda não entenderam o conceito ou usam a sustentabilidade como um braço do marketing?
O conceito da sustentabilidade surgiu como contraponto ou no lugar da responsabilidade social. Ele ganhou força no mesmo momento que se popularizou no mundo o debate sobre o aquecimento global, com as conferências e as publicações de cientistas. Então ele ganha força dentro do contexto da discussão em torno das mudanças climáticas. Esse é um dos problemas que faz com que o conceito da sustentabilidade, em muitas empresas, esteja focado apenas na área de meio ambiente. Conheci uma empresa que tinha dois departamentos: o de sustentabilidade e o de responsabilidade social. A de sustentabilidade cuidava das coisas verdes e o de responsabilidade social cuidava dos projetos.
Por que essa divisão?
São conceitos muito recentes. Estamos falando de, no máximo, 30 anos. Executivos atuais ainda foram educados para gerar lucro, entendido como resultado entre receita e despesa. Quando apareceu o conceito da sustentabilidade, muito do que eles aprenderam virou de ponta cabeça. Eles precisam absorver a ideia que uma série de itens que frequentavam a coluna dos custos passou a estar na coluna de investimentos.
E não podemos esquecer que muitas empresas não estão nem um pouco preocupadas em entender o que é sustentabilidade, mas já entenderem muito bem que esse conceito pode realmente aumentar os lucros, não do jeito que a gente entende, mas como peça de marketing, de propaganda, de forma até vil. Hoje tenho até medo de falar em sustentabilidade, porque é tudo e, ao mesmo tempo, é complemente nada.
Como a gente consegue qualificar o debate em torno do tema?
O papel que os organismos nacionais e internacionais de controle exercem sobre as empresas é importante. Ethos, Gife, Akatu são exemplos de instituições que cobram algumas medidas de governança das empresas, que fazem com que elas tenham de avançar, querendo ou não querendo. Esses organismos ligados ao mundo econômico que empresários bem conhecem podem ser pontas de lança para avançar esse pensamento dentro das empresas. Estão fazendo debates, cursos, conferências para esse público corporativo. E também o papel das empresas que prestam serviço para essas corporações. Existem diversas consultorias que, de uma forma geral, são sérias, apesar de discordarem entre si em alguns pontos do que é sustentabilidade.
Independentemente das divergências, elas prestam um serviço na medida em que colocam a sustentabilidade dentro do pensamento estratégico das empresas. Isso faz com que o tema saia do nível gerencial e assuma seu lugar na diretoria, nas presidências. Existem também as empresas que fazem projetos para essas empresas, como nós. Corporações começam a ter necessidade, até por cobrança dos reguladores, de começar a encontrar elementos que ajudam a separar o joio do trigo. Algumas empresas conseguem reconhecer as que estão alinhadas somente a uma política de comunicação e marketing e as que estão alinhadas a uma mudança profunda.
Quais os maiores empecilhos na hora de fazer um projeto com uma empresa?
Existem empresas cujo gerente ou executivo tem desejo grande de fazer alguma coisa de verdade. Desenhamos um projeto para aquilo que esse executivo pediu. Na hora de aprovar o custo desse projeto, dentro da empresa, aparecem os problemas. Sempre aparece o questionamento do custo, do tempo de retorno, do que a empresa vai ganhar com isso e como ela vai aparecer.
Essas são as perguntas básicas que escutamos. E, em um projeto que trabalhe com sustentabilidade, esse reconhecimento demora. Ele é feito para as pessoas e as pessoas têm um tempo de transformação. Quando a gente conta esse tempo para a empresa, ela, de forma geral, diz que não tem esse tempo, que precisa de um projeto de maior visibilidade. Quando percebo isso, já procuro propor um projeto de marketing relacionado à causa que tenha em si capacidade de se transformar num projeto verdadeiro de responsabilidade social e sustentabilidade.
As empresas aceitam?
É um caminho que pressupõe uma separação entre a ação da comunidade e a área de comunicação e marketing que existe dentro da empresa. Quem nos chama para isso é o diretor de planejamento estratégico, que cuida da área institucional da empresa. Isso já muda até qual a função de quem nos contrata. Já chega com uma demanda. A gente tem muitos clientes cuja causa é o consumo consciente, muitos que trabalham com eficiência energética. Eles querem trabalhar isso de uma forma que as pessoas percebam qual a responsabilidade delas na difusão e no fomento de boas práticas em relação ao consumo consciente. É diferente daquela empresa que também nos chama porque quer cumprir uma meta estabelecida pela agência reguladora. Por essa razão sempre gera uma discussão dentro da empresa, que, para a gente, é positiva para o processo de educação.
Ao longo dos anos, essas resistências têm diminuído?
O que mais me encanta são aquelas empresas onde as pessoas querem fazer de verdade, e elas existem. O maior desencanto são aquelas que estudam muito, porque não falta no mercado MBA e pós-graduação que trata de sustentabilidade. E vemos um monte de empresa que paga para seus executivos fazerem os cursos, para que eles possam falar com mais amplitude sobre o tema e usar esses conceitos. Então, o que me encanta, como eu falei, são as empresas nas quais os executivos, tendo ou não feito esses cursos, acreditam de verdade que a empresa, apesar de privada, tem uma responsabilidade com o que é da sociedade, porque seu produto e seu serviço é colocado à disposição de todos.
Sustentável é a empresa que consegue tratar seus negócios pensando nas pessoas que estão trabalhando nele e nas pessoas que vão ser impactadas por ele. É a empresa que pensa em como desenvolver uma proposta de forma que este planeta esteja sendo cuidado e pensado e, ao mesmo tempo, como fazer com que esse projeto seja viabilizado. Pelo que vejo no mundo empresarial, essa é a parte mais complicada.
Por que é tão complicado?
O que vejo muitas vezes no mundo corporativo são empresas que têm dificuldades muito grande em trabalhar simultaneamente os três pilares que sustentam a ideia de sustentabilidade. Vejo empresas que cuidam muito bem do meio ambiente, que têm dezenas de pessoas pensando, elaborando políticas de preservação, de proteção, de crédito de carbono, de como fazer o descarte correto de resíduos.
Só que essas mesmas empresas, super preocupadas com seu cliente, com seu consumidor, também adotam políticas bastante leoninas com seus funcionários e com os seus fornecedores. Uma empresa para que seja sustentável tem de entender primeiro o que é cadeia de valor no seu sentido mais amplo, e como isso se traduz no preço e no custo dos seus produtos e serviços. E, como esses produtos e serviços vão trabalhar a favor do meio ambiente, o que é diferente de pensar em como não vão atrapalhar. Já passamos dessa fase de apenas não prejudicar. Somente no momento em que isso acontecer, essa empresa pode dizer que tem uma política de sustentabilidade.
As empresas ainda não entenderam o conceito ou usam a sustentabilidade como um braço do marketing?
O conceito da sustentabilidade surgiu como contraponto ou no lugar da responsabilidade social. Ele ganhou força no mesmo momento que se popularizou no mundo o debate sobre o aquecimento global, com as conferências e as publicações de cientistas. Então ele ganha força dentro do contexto da discussão em torno das mudanças climáticas. Esse é um dos problemas que faz com que o conceito da sustentabilidade, em muitas empresas, esteja focado apenas na área de meio ambiente. Conheci uma empresa que tinha dois departamentos: o de sustentabilidade e o de responsabilidade social. A de sustentabilidade cuidava das coisas verdes e o de responsabilidade social cuidava dos projetos.
Por que essa divisão?
São conceitos muito recentes. Estamos falando de, no máximo, 30 anos. Executivos atuais ainda foram educados para gerar lucro, entendido como resultado entre receita e despesa. Quando apareceu o conceito da sustentabilidade, muito do que eles aprenderam virou de ponta cabeça. Eles precisam absorver a ideia que uma série de itens que frequentavam a coluna dos custos passou a estar na coluna de investimentos.
E não podemos esquecer que muitas empresas não estão nem um pouco preocupadas em entender o que é sustentabilidade, mas já entenderem muito bem que esse conceito pode realmente aumentar os lucros, não do jeito que a gente entende, mas como peça de marketing, de propaganda, de forma até vil. Hoje tenho até medo de falar em sustentabilidade, porque é tudo e, ao mesmo tempo, é complemente nada.
Como a gente consegue qualificar o debate em torno do tema?
O papel que os organismos nacionais e internacionais de controle exercem sobre as empresas é importante. Ethos, Gife, Akatu são exemplos de instituições que cobram algumas medidas de governança das empresas, que fazem com que elas tenham de avançar, querendo ou não querendo. Esses organismos ligados ao mundo econômico que empresários bem conhecem podem ser pontas de lança para avançar esse pensamento dentro das empresas. Estão fazendo debates, cursos, conferências para esse público corporativo. E também o papel das empresas que prestam serviço para essas corporações. Existem diversas consultorias que, de uma forma geral, são sérias, apesar de discordarem entre si em alguns pontos do que é sustentabilidade.
Independentemente das divergências, elas prestam um serviço na medida em que colocam a sustentabilidade dentro do pensamento estratégico das empresas. Isso faz com que o tema saia do nível gerencial e assuma seu lugar na diretoria, nas presidências. Existem também as empresas que fazem projetos para essas empresas, como nós. Corporações começam a ter necessidade, até por cobrança dos reguladores, de começar a encontrar elementos que ajudam a separar o joio do trigo. Algumas empresas conseguem reconhecer as que estão alinhadas somente a uma política de comunicação e marketing e as que estão alinhadas a uma mudança profunda.
Quais os maiores empecilhos na hora de fazer um projeto com uma empresa?
Existem empresas cujo gerente ou executivo tem desejo grande de fazer alguma coisa de verdade. Desenhamos um projeto para aquilo que esse executivo pediu. Na hora de aprovar o custo desse projeto, dentro da empresa, aparecem os problemas. Sempre aparece o questionamento do custo, do tempo de retorno, do que a empresa vai ganhar com isso e como ela vai aparecer.
Essas são as perguntas básicas que escutamos. E, em um projeto que trabalhe com sustentabilidade, esse reconhecimento demora. Ele é feito para as pessoas e as pessoas têm um tempo de transformação. Quando a gente conta esse tempo para a empresa, ela, de forma geral, diz que não tem esse tempo, que precisa de um projeto de maior visibilidade. Quando percebo isso, já procuro propor um projeto de marketing relacionado à causa que tenha em si capacidade de se transformar num projeto verdadeiro de responsabilidade social e sustentabilidade.
As empresas aceitam?
É um caminho que pressupõe uma separação entre a ação da comunidade e a área de comunicação e marketing que existe dentro da empresa. Quem nos chama para isso é o diretor de planejamento estratégico, que cuida da área institucional da empresa. Isso já muda até qual a função de quem nos contrata. Já chega com uma demanda. A gente tem muitos clientes cuja causa é o consumo consciente, muitos que trabalham com eficiência energética. Eles querem trabalhar isso de uma forma que as pessoas percebam qual a responsabilidade delas na difusão e no fomento de boas práticas em relação ao consumo consciente. É diferente daquela empresa que também nos chama porque quer cumprir uma meta estabelecida pela agência reguladora. Por essa razão sempre gera uma discussão dentro da empresa, que, para a gente, é positiva para o processo de educação.
Ao longo dos anos, essas resistências têm diminuído?
O que mais me encanta são aquelas empresas onde as pessoas querem fazer de verdade, e elas existem. O maior desencanto são aquelas que estudam muito, porque não falta no mercado MBA e pós-graduação que trata de sustentabilidade. E vemos um monte de empresa que paga para seus executivos fazerem os cursos, para que eles possam falar com mais amplitude sobre o tema e usar esses conceitos. Então, o que me encanta, como eu falei, são as empresas nas quais os executivos, tendo ou não feito esses cursos, acreditam de verdade que a empresa, apesar de privada, tem uma responsabilidade com o que é da sociedade, porque seu produto e seu serviço é colocado à disposição de todos.
Cruzeiro perde a terceira partida seguida
O Cruzeiro sofreu a terceira derrota seguida e se distanciou do G-4. O algoz da vez foi Figueirense que manteve sua arrancada no segundo turno do Brasileirão. O time catarinense completou a quarta partida consecutiva sem derrota, ao derrotar o Cruzeiro em Florianópolis, pelo placar de 2 a 0.
Agora, o Figueira tem confronto direto no próximo domingo, quando viaja até Salvador e enfrenta o Bahia, às 16h. Se vencer, o Furacão tem a chance de deixar a zona de rebaixamento. No mesmo dia, a Raposa recebe o Vasco da Gama, em Varginha, às 16h, no primeiro jogo da punição de perda de seis mandos de campo.
domtotal.com
Agora, o Figueira tem confronto direto no próximo domingo, quando viaja até Salvador e enfrenta o Bahia, às 16h. Se vencer, o Furacão tem a chance de deixar a zona de rebaixamento. No mesmo dia, a Raposa recebe o Vasco da Gama, em Varginha, às 16h, no primeiro jogo da punição de perda de seis mandos de campo.
domtotal.com
Evangelho do dia 13/09/2012)
Isso é amor misericordioso!
Lc 6,27-38
- Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: amem os seus inimigos e façam o bem para os que odeiam vocês. Desejem o bem para aqueles que os amaldiçoam e orem em favor daqueles que maltratam vocês. Se alguém lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também. Se alguém tomar a sua capa, deixe que leve a túnica também. Dê sempre a qualquer um que lhe pedir alguma coisa; e, quando alguém tirar o que é seu, não peça de volta. Façam aos outros a mesma coisa que querem que eles façam a vocês.
- Se vocês amam somente aqueles que os amam, o que é que estão fazendo de mais? Até as pessoas de má fama amam as pessoas que as amam. E, se vocês fazem o bem somente para aqueles que lhes fazem o bem, o que é que estão fazendo de mais? Até as pessoas de má fama fazem isso. E, se vocês emprestam somente para aqueles que vocês acham que vão lhes pagar, o que é que estão fazendo de mais? Até as pessoas de má fama emprestam aos que têm má fama, para receber de volta o que emprestaram. Façam o contrário: amem os seus inimigos e façam o bem para eles. Emprestem e não esperem receber de volta o que emprestaram e assim vocês terão uma grande recompensa e serão filhos do Deus Altíssimo. Façam isso porque ele é bom também para os ingratos e maus. Tenham misericórdia dos outros, assim como o Pai de vocês tem misericórdia de vocês.
- Não julguem os outros, e Deus não julgará vocês. Não condenem os outros, e Deus não condenará vocês. Perdoem os outros, e Deus perdoará vocês. Dêem aos outros, e Deus dará a vocês. Ele será generoso, e as bênçãos que ele lhes dará serão tantas, que vocês não poderão segurá-las nas suas mãos. A mesma medida que vocês usarem para medir os outros Deus usará para medir vocês.
Oração
Pai, predispõe-me a amar meus inimigos e perseguidores. Só assim estarei dando testemunho do amor que devotas a cada ser humano.
Lc 6,27-38
- Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: amem os seus inimigos e façam o bem para os que odeiam vocês. Desejem o bem para aqueles que os amaldiçoam e orem em favor daqueles que maltratam vocês. Se alguém lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também. Se alguém tomar a sua capa, deixe que leve a túnica também. Dê sempre a qualquer um que lhe pedir alguma coisa; e, quando alguém tirar o que é seu, não peça de volta. Façam aos outros a mesma coisa que querem que eles façam a vocês.
- Se vocês amam somente aqueles que os amam, o que é que estão fazendo de mais? Até as pessoas de má fama amam as pessoas que as amam. E, se vocês fazem o bem somente para aqueles que lhes fazem o bem, o que é que estão fazendo de mais? Até as pessoas de má fama fazem isso. E, se vocês emprestam somente para aqueles que vocês acham que vão lhes pagar, o que é que estão fazendo de mais? Até as pessoas de má fama emprestam aos que têm má fama, para receber de volta o que emprestaram. Façam o contrário: amem os seus inimigos e façam o bem para eles. Emprestem e não esperem receber de volta o que emprestaram e assim vocês terão uma grande recompensa e serão filhos do Deus Altíssimo. Façam isso porque ele é bom também para os ingratos e maus. Tenham misericórdia dos outros, assim como o Pai de vocês tem misericórdia de vocês.
- Não julguem os outros, e Deus não julgará vocês. Não condenem os outros, e Deus não condenará vocês. Perdoem os outros, e Deus perdoará vocês. Dêem aos outros, e Deus dará a vocês. Ele será generoso, e as bênçãos que ele lhes dará serão tantas, que vocês não poderão segurá-las nas suas mãos. A mesma medida que vocês usarem para medir os outros Deus usará para medir vocês.
Oração
Pai, predispõe-me a amar meus inimigos e perseguidores. Só assim estarei dando testemunho do amor que devotas a cada ser humano.
Comentário do Evangelho
Amor sem julgamento e exclusões
Lucas reúne aqui uma série de ditos de Jesus sobre a misericórdia. O amor misericordioso de Deus, revelado em Jesus e comunicado a todos nós, é a grande novidade do Reino. A sentença: "Assim como desejais que os outros vos tratem, tratai-os do mesmo modo", conforme o evangelho de Mateus, é o resumo da Lei e dos Profetas. Esta é uma máxima universal, e veiculada no mundo helênico, no tempo de Jesus. Com o imperativo: "Amai os vossos inimigos", Jesus remove a figura do inimigo, dominante no Primeiro Testamento. O Deus do amor e da paz é bondoso e misericordioso para com todos, sem exclusões.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
O PAI, MODELO DE MISERICÓRDIA
O ensinamento de Jesus a respeito do amor aos inimigos é o maior desafio para quem aceita tornar-se seu discípulo. Este amor aos inimigos foi especificado de várias maneiras. Responder o ódio com a prática do bem, a maldição com a bênção e a calúnia com a oração são todas formas de amar os inimigos e, assim, quebrar a espiral da violência. Oferecer a outra face a que o esbofeteou e dar a túnica a quem lhe tirou o manto são também sinais deste amor. O discípulo, agindo assim, reverte uma maneira esteriotipada de reagir, pela qual as pessoas tendem a revidar o mal com o mal e a violência com violência. Só é capaz de agir assim quem tem o coração repleto da misericórdia do Pai. Caso contrário, não terá condições de realizar os gestos heróicos propostos por Jesus.
O modelo inspirador da ação cristã é a misericórdia do Pai. Ele é igualmente bondoso para bons e maus. Se ele respondesse às ofensas humanas, eliminando o pecador, boa parte da humanidade deveria desaparecer. O Pai tem paciência com os ingratos e malvados por nutrir a esperança de que se convertam para a misericórdia no trato mútuo.
O mesmo se dá com o discípulo. A capacidade de fazer frente à violência, com o amor, justifica-se pela esperança de conquistar o malvado para o Reino. A atitude cristã pode fazer o perverso abandonar seu caminho de violência e levá-lo a optar pelo caminho indicado por Jesus.
Oração
Senhor Jesus, dá-me força e coragem para retribuir o ódio com o amor e, assim, poder conquistar meus inimigos para o Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Amor sem julgamento e exclusões
Lucas reúne aqui uma série de ditos de Jesus sobre a misericórdia. O amor misericordioso de Deus, revelado em Jesus e comunicado a todos nós, é a grande novidade do Reino. A sentença: "Assim como desejais que os outros vos tratem, tratai-os do mesmo modo", conforme o evangelho de Mateus, é o resumo da Lei e dos Profetas. Esta é uma máxima universal, e veiculada no mundo helênico, no tempo de Jesus. Com o imperativo: "Amai os vossos inimigos", Jesus remove a figura do inimigo, dominante no Primeiro Testamento. O Deus do amor e da paz é bondoso e misericordioso para com todos, sem exclusões.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
O PAI, MODELO DE MISERICÓRDIA
O ensinamento de Jesus a respeito do amor aos inimigos é o maior desafio para quem aceita tornar-se seu discípulo. Este amor aos inimigos foi especificado de várias maneiras. Responder o ódio com a prática do bem, a maldição com a bênção e a calúnia com a oração são todas formas de amar os inimigos e, assim, quebrar a espiral da violência. Oferecer a outra face a que o esbofeteou e dar a túnica a quem lhe tirou o manto são também sinais deste amor. O discípulo, agindo assim, reverte uma maneira esteriotipada de reagir, pela qual as pessoas tendem a revidar o mal com o mal e a violência com violência. Só é capaz de agir assim quem tem o coração repleto da misericórdia do Pai. Caso contrário, não terá condições de realizar os gestos heróicos propostos por Jesus.
O modelo inspirador da ação cristã é a misericórdia do Pai. Ele é igualmente bondoso para bons e maus. Se ele respondesse às ofensas humanas, eliminando o pecador, boa parte da humanidade deveria desaparecer. O Pai tem paciência com os ingratos e malvados por nutrir a esperança de que se convertam para a misericórdia no trato mútuo.
O mesmo se dá com o discípulo. A capacidade de fazer frente à violência, com o amor, justifica-se pela esperança de conquistar o malvado para o Reino. A atitude cristã pode fazer o perverso abandonar seu caminho de violência e levá-lo a optar pelo caminho indicado por Jesus.
Oração
Senhor Jesus, dá-me força e coragem para retribuir o ódio com o amor e, assim, poder conquistar meus inimigos para o Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Veleiro navega por rota marítima antes congelada no Ártico
Uma expedição composta por três tripulantes navegou pela primeira vez na Passagem Noroeste, uma perigosa via marítima do Ártico, antes congelada e só acessível agora devido ao derretimento provocado pelo aquecimento global.
O veleiro sueco Belzebub II, com 9,4 metros, navegou pelo estreito de McClure, a rota marítima mais ao norte, nos limites dos Territórios do Noroeste do Canadá.
O veleiro sueco Belzebub II, com 9,4 metros, navegou pelo estreito de McClure, a rota marítima mais ao norte, nos limites dos Territórios do Noroeste do Canadá.
Os tripulantes, o americano Morgan Peissel, o canadense Nicolas Peissel e o proprietário do barco, o sueco Edvin Buregren, disseram ter sido a primeira vez que uma embarcação atravessou a passagem, com exceção dos barcos quebra-gelo.
Eles relataram a expedição de três meses de duração no site belzebub2.com.
A viagem começou em Newfoundland, no Canadá, seguiu para a Groenlândia, e através do Ártico canadense, buscando documentar o rápido recuo do gelo polar e provocar conscientização sobre os efeitos do aquecimento global.
"Ao navegar por esta rota recém aberta, esperamos que nossa expedição tenha um pequeno papel em chamar mais atenção para as mudanças climáticas e contribuir para uma mudança mais ampla de atitude", escreveram no site.
"O Ártico está derretendo a uma taxa alarmante e esta é a prova clara da nossa desarmonia com o planeta", acrescentaram.
"Nossa intenção de navegar por um histórico trecho marítimo que tradicionalmente costuma ser congelado foi dar um claro exemplo visual da extensão do recuo do gelo polar", emendaram.
A chegada do veleiro em Nome, Alasca, é aguardada para esta quarta-feira.
AFP (domtotal.com)
Eles relataram a expedição de três meses de duração no site belzebub2.com.
A viagem começou em Newfoundland, no Canadá, seguiu para a Groenlândia, e através do Ártico canadense, buscando documentar o rápido recuo do gelo polar e provocar conscientização sobre os efeitos do aquecimento global.
"Ao navegar por esta rota recém aberta, esperamos que nossa expedição tenha um pequeno papel em chamar mais atenção para as mudanças climáticas e contribuir para uma mudança mais ampla de atitude", escreveram no site.
"O Ártico está derretendo a uma taxa alarmante e esta é a prova clara da nossa desarmonia com o planeta", acrescentaram.
"Nossa intenção de navegar por um histórico trecho marítimo que tradicionalmente costuma ser congelado foi dar um claro exemplo visual da extensão do recuo do gelo polar", emendaram.
A chegada do veleiro em Nome, Alasca, é aguardada para esta quarta-feira.
AFP (domtotal.com)
Evangelho do dia 12/09/2012)
Felizes são vocês...
Lc 6,20-26
Jesus olhou para os seus discípulos e disse:
- Felizes são vocês, os pobres, pois o Reino de Deus é de vocês.
- Felizes são vocês que agora têm fome, pois vão ter fartura.
- Felizes são vocês que agora choram, pois vão rir.
- Felizes são vocês quando os odiarem, rejeitarem, insultarem e disserem que vocês são maus por serem seguidores do Filho do Homem. Fiquem felizes e muito alegres quando isso acontecer, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês. Pois os antepassados dessas pessoas fizeram essas mesmas coisas com os profetas.
- Mas ai de vocês que agora são ricos, pois já tiveram a sua vida boa.
- Ai de vocês que agora têm tudo, pois vão passar fome.
- Ai de vocês que agora estão rindo, pois vão chorar e se lamentar.
- Ai de vocês quando todos os elogiarem, pois os antepassados dessas pessoas também elogiaram os falsos profetas.
Oração
Pai, faze-me solidário com os mais pobres deste mundo, e ensina-me a partilhar, de modo que chegue até eles a esperança e a alegria que Jesus veio nos trazer.
Lc 6,20-26
Jesus olhou para os seus discípulos e disse:
- Felizes são vocês, os pobres, pois o Reino de Deus é de vocês.
- Felizes são vocês que agora têm fome, pois vão ter fartura.
- Felizes são vocês que agora choram, pois vão rir.
- Felizes são vocês quando os odiarem, rejeitarem, insultarem e disserem que vocês são maus por serem seguidores do Filho do Homem. Fiquem felizes e muito alegres quando isso acontecer, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês. Pois os antepassados dessas pessoas fizeram essas mesmas coisas com os profetas.
- Mas ai de vocês que agora são ricos, pois já tiveram a sua vida boa.
- Ai de vocês que agora têm tudo, pois vão passar fome.
- Ai de vocês que agora estão rindo, pois vão chorar e se lamentar.
- Ai de vocês quando todos os elogiarem, pois os antepassados dessas pessoas também elogiaram os falsos profetas.
Oração
Pai, faze-me solidário com os mais pobres deste mundo, e ensina-me a partilhar, de modo que chegue até eles a esperança e a alegria que Jesus veio nos trazer.
Comentário do Evangelho
As bem-aventuranças
Lucas, como Mateus, apresenta Jesus proclamando as bem-aventuranças na fase inicial do seu ministério, na Galileia, seguindo-se uma série de sentenças instrutivas sobre as práticas essenciais do Reino, a serem assumidas pelos discípulos. As bem-aventuranças são um estado particular de felicidade decorrente da comunhão com Deus, que por elas se alcança. Jesus revela que Deus vem ao encontro daqueles que são pobres, que passam fome, que estão chorando e que são vítimas das perseguições dos poderosos que rejeitam a libertação e a vida que Jesus veio comunicar a todos. Às quatro bem-aventuranças se contrapõe a advertência dos quatro "ais" dirigidos aos ambiciosos da riqueza, que na acumulação e no luxo espoliam os pobres. Estes estão convidados a aderir às bem-aventuranças, à solidariedade e à partilha, características do mundo novo possível.
José Raimundo Oliva
Comentário do Evangelho
BEM-AVENTURANÇAS E MALDIÇÕES
A postura diante de Deus e de seu Reino gerava um nítido contraste mesmo entre os discípulos de Jesus. De um lado, estavam os declarados bem-aventurados. Do outro, os que se tornaram objeto de maldição. Os primeiros eram os que viviam na pobreza, padeciam fome e choravam e eram odiados por causa de Jesus. Sua opção pelo Reino não lhes permitia pactuar com a maldade do mundo, nem os deixava cair na tentação de serem aliciados por suas falsas promessas de riqueza e bem-estar. Sua recompensa só podia vir do Pai. Assim, era possível rejubilar e saltar de alegria, mesmo padecendo privações.
No polo oposto, estavam os que não contavam efetivamente com Deus e julgavam poder construir sua salvação com as próprias mãos. Confiavam na riqueza e viviam na fartura. Sua vida era feita de alegrias efêmeras. Cuidavam de ser louvados e bem-vistos por todos. Este projeto de vida, a longo prazo, se mostraria inconsistente e seu resultado, desolador. A riqueza transformar-se-ia em privação, a fartura em fome, a alegria em luto e pranto, a fama em opróbrio. Trata-se, portanto, de um projeto de vida do qual o discípulo deve precaver-se.
Tanto as bem-aventuranças quanto as maldições referem-se aos discípulos de Jesus. Ou seja, o seguimento do Mestre nem sempre os levava a comungarem efetivamente com o projeto de Jesus. As palavras dele, pois, funcionavam como um forte alerta.
Oração
Senhor Jesus, faze-me sempre trilhar o caminho das bem-aventuranças, colocando toda minha vida e minha esperança nas mãos do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
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